Perfil tecnológico da pecuária bovina paraense e os desafios da sustentabilidade das pastagens

Autores

Palavras-chave:

Desmatamento. Recuperação de pastagens. Insumos agrícolas. Amazônia Legal.

Resumo

A pecuária bovina constitui um dos pilares da economia brasileira, sendo a atividade que ocupa a maior extensão de terras no país. O estado do Pará apresenta a quarta maior área com pastagens e o terceiro maior rebanho bovino nacional. Entretanto, ainda tem sido adotado o modelo de pecuária extensiva de baixa produtividade no estado, ocasionando o desmatamento e as queimadas da floresta densa e vegetação secundária para formação de pastos, que degradam rapidamente caso não sejam manejados adequadamente. Sendo assim, o objetivo deste estudo é analisar o perfil tecnológico da pecuária bovina paraense e os principais desafios para garantir a sustentabilidade das pastagens. Segundo o Censo Agropecuário 2017, existem 97.018 estabelecimentos com pecuária bovina no estado do Pará, dos quais 77,8% pertencem à agricultura familiar. No entanto, a produtividade estadual de carne e de leite é relativamente baixa, os estabelecimentos apresentam um baixo percentual de maquinários agrícolas, como a presença de tratores (9,7%), poucos recebem financiamento (6,3%), orientação técnica (8,9%), fazem adubação (18,7%) e correção do solo (4,9%). Diante do exposto, torna-se necessário aumentar a densidade de rebanho por hectare de pasto e a sua produtividade, ampliar o número de maquinários, insumos agrícolas, financiamentos, orientação técnica, disponibilidade de calcário e fosfato na região, adoção de sistemas de Integração Lavoura - Pecuária - Floresta (ILPF) e recuperação de pastagens degradadas, dentre outras práticas mais sustentáveis, reduzindo assim a contínua formação de pastos no estado do Pará.

Biografia do Autor

Thamires Beatriz dos Santos Caitano, Universidade do Estado do Pará (UEPA).

Doutoranda em Ciências Ambientais na Universidade do Estado do Pará (UEPA).

Alfredo Kingo Oyama Homma, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa Amazônia Oriental.

Doutorado em Economia Aplicada (UFV). Pesquisador da Embrapa Amazônia Oriental. Professor da Universidade do Estado do Pará (UEPA). 

Marcos Antônio Souza dos Santos, Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA).

Doutorado em Ciência Animal (UEPA). Professor do Programa de Pós-Graduação em Agronomia (PGAGRO-UFRA) da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA).

Edilson Carvalho Brasil, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa Amazônia Oriental.

Doutorado em Ciência do Solo (UFLA). Pesquisador da Embrapa Amazônia Oriental.

Norma Ely Santos Beltrão, Universidade do Estado do Pará (UEPA).

Doutorado em Economia Agrícola (Justus-Liebig Universität Giessen, Alemanha). Professora da Universidade do Estado do Pará (UEPA).

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Publicado

2023-10-31

Edição

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Artigos