Imigração, ocupação e logística: o Nordeste do Estado de Mato Grosso
DOI:
https://doi.org/10.26767/1668Abstract
O presente artigo visa analisar os efeitos da infraestrutura de transporte, em especial da BR-158, no processo de ocupação das terras e no processo de desenvolvimento econômico da Mesorregião Nordeste de Mato Grosso. Foram analisados os efeitos de investimentos em transporte em diferentes contextos de inserção, aspectos históricos regionais e coleta de dados de indicadores econômicos e fundiários, no qual foi possível quantificar e verificar a distribuição das variáveis no espaço. As conclusões apontam que a BR-158 foi fator estruturador do espaço geoeconômico da região, visto que influenciou diretamente na produção agropecuária. Verificou-se, ainda, que os pequenos produtores rurais são mais dependentes de uma infraestrutura de transporte adequada e que, no geral, necessitam de apoio estatal para manter uma produção agrícola em escala comercial.References
AZANHA, G. Estudos etnoecológicos dos impactos nas TIs Parabubu-Culuene, Areões, Pimentel Barbosa e Marechal Rondon. Componente Indígena do Processo de Licenciamento da EF 354, 2013. https://www.academia.edu/27927588/Os_Xavante_a_ferrovia_EF_354?auto=download. Acesso em: 25/11/2016.
BARAT, J. A evolução dos transportes no Brasil. Rio de Janeiro: IBGE; IPEA, 1978.
BORGES, D. R. Rio Araguaia: corpo e alma. São Paulo: Ibrasa, 1987.
BRASIL. Missão Rondon: apontamentos sobre os trabalhos realizados pela Comissão de Linhas Telegráficas Estratégicas de Mato Grosso ao Amazonas, sob a direção do Coronel de Engenharia Cândido Mariano da Silva Rondon, de 1907 a 1915. Brasília: Senado Federal, 2003.
DALOSTO, C. D. Políticas Públicas e os direitos quilombolas no brasil: o exemplo Kalunga. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2016.
DALOSTO, J. A. D.; COLTURATO, S. C. O.; PASQUALETTO, A. Estradas Vicinais de Terra: estudo técnico da rodovia MT-336. Enciclopédia Biosfera, v. 13, n. 23, p. 1637-1648, jun. 2016. Disponível em: http://www.conhecer.org.br/enciclop/2016a/engenharias/Estradas%20vicinais.pdf. Acesso em: 25/11/2016.
BRASIL. Decreto n. 5.878, de 4 de outubro de 1943. Considera de interesse militar a Expedição Roncador-Xingu, 1943. Disponível em: http://legis.senado.gov.br/legislacao/ListaPublicacoes.action?id=32686. Acesso em: 25/11/2016.
BRASIL. Decreto-Lei nº 1.179, de 6 de julho de 1971. Institui o Programa de Redistribuição de Terras e de Estímulo à Agro-indústria do Norte e do Nordeste (PROTERRA), altera a legislação do imposto de renda relativa a incentivos fiscais e dá outras providências, 1971a. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/1965-1988/Del1179.htm. Acesso em: 11/01/2018.
DELGADO, G. C. Capital Financeiro e Agricultura no Brasil. São Paulo: Ícone; UNICAMP, 1985.
DELGADO, G. C. A questão agrária no Brasil: 1950-2003. In: JACCOUD, L. Questão social e políticas sociais no Brasil contemporâneo. 2. ed. Brasília: IPEA, 2005. p. 51-90.
DNIT. Mapa Multimodal, 2012. http://www.mt.gov.br/documents/363190/2303883/MAPA_RODOVIARIO_2012.pdf/71d4c9e8-b9cb-4581-8fd6-12ec7761195a. Acesso em: 11/01/2018.
DNIT. Terminologias rodoviárias usualmente utilizadas, 2007. http://www.dnit.gov.br/download/rodovias/rodovias-federais/terminologias-rodoviarias/terminologias-rodoviarias-versao-11.1.pdf.
DNIT. Dados fornecidos pelo engenheiro Otto Zittlau, 2017.
DUNCK, E. M. S. Canarana: um projeto de colonização cooperativista. 1997. Dissertação (Mestrado em Direito Agrário). Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 1997.
DUNCK, A. Diamantes. Canarana: Cegraf, 2014.
ELBAZ-BENCHETRIT, V. Autoroutes: impacts sur l’économie et l’environnement. Paris: Presse de l’Ecole Nationale des Pontes er Chaussees, 1997.
HIRSCHMAN, A. O. Estratégia do desenvolvimento econômico. Rio de Janeiro: Fundo de Cultura S.A., 1961.
IBGE. Censo Demográfico. Rio de Janeiro: IBGE, 2010. Disponível em: https://sidra.ibge.gov.br/pesquisa/censo-demografico/demografico-2010/inicial. Acesso em: 11/01/2018.
IBGE. Divisão Regional do Brasil em Mesorregiões e Microrregiões Geográficas. Rio de Janeiro: IBGE, 1990a.
IBGE. Pesquisa Pecuária Municipal. Rio de Janeiro: IBGE, 1990b. Disponível em: https://sidra.ibge.gov.br/pesquisa/ppm/quadros/brasil/2016. Acesso em: 11/01/2018.
IBGE. Censo Demográfico. Rio de Janeiro: IBGE, 1991. Disponível em: https://sidra.ibge.gov.br/pesquisa/censo-demografico/demografico-2010/inicial. Acesso em: 11/01/2018.
IBGE. Censo Agropecuário. Rio de Janeiro: IBGE, 2006. Disponível em: https://sidra.ibge.gov.br/pesquisa/censo-agropecuario/censo-agropecuario-2006/segunda-apuracao. Acesso em: 11/01/2018.
IBGE. Censo Demográfico. Rio de Janeiro: IBGE, 2010. Disponível em: https://sidra.ibge.gov.br/pesquisa/censo-demografico/demografico-2010/inicial. Acesso em: 11/01/2018.
IBGE. Produção Agrícola Municipal. Rio de Janeiro: IBGE, 2015. Disponível em: https://sidra.ibge.gov.br/pesquisa/pam/tabelas. Acesso em: 11/01/2018.
IBGE. Cidades. Rio de Janeiro: IBGE, 2018. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/. Acesso em: 11/01/2018.
INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS. Estradas vicinais de terra: manual técnico para conservação e recuperação. Brasília: IPT, 1988.
LIMA FILHO, M. F. Aragarças: a cidade encantada no sertão de Goiás. Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, n. 13, p. 65-87, 2000.
LINHARES, M. Y; SILVA, F. C. T. Terra prometida: uma história da questão agrária no Brasil. Rio de Janeiro: Campus, 1999.
MARQUES, B. F. Direito Agrário Brasileiro. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2012.
MARTINS, J. S. Fronteira: a degradação do Outro nos confins do humano. São Paulo: Hucitec, 1997.
MARZARI, M. R. Memória de migrantes: onde viver o fazer faz o saber. Barra do Garças: Cathedral, 2005.
MIGUEZ, J. M. G. Causas do Araguaia. Goiânia: Kelps, 2001.
NASCIMENTO, A. M. Barra do Garças, das pedras aos Grãos: uma história de migrações e ocupações (1960-1980). 2010 Dissertação (Mestrado em História). Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Goiânia, 2010.
NEW ZEALAND. Contribution of transport to economic development: International literature review with New Zealand perspectives, 2014. http://www.transport.govt.nz/assets/Uploads/Our-Work/Documents/edt-contribution-of-transport-lit-review.pdf. Acesso em: 11/01/2018.
OLIVEIRA, C. L. F. A construção histórica do agronegócio e a questão agrária. Revista de Direito Agrário e Agroambiental, v. 1, n. 1, p. 20-35, set. 2015.
NASCIMENTO, A. M. Barra do Garças, das pedras aos Grãos: uma história de migrações e ocupações (1960-1980). 2010. Dissertação (Mestrado em História). Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Goiânia, 2010.
RIBEIRO, A. R. A colonização promovida por empresas e famílias do Centro-Sul do Brasil na Amazônia Mato-Grossense. 2013. (Doutorado em Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido). Núcleo de Altos Estudos Amazônicos, Universidade Federal do Pará, Belém, 2013.
RURAL POLICY RESEARCH INSTITUTE. Rethinking Federal Investments in Rural Transportation: Rural Considerations Regarding Reauthorization of the Surface Transportation Act. 2011. http://www.rupri.org/Forms/RUPRI_Transportation_April2011.pdf.
SCHWANTES, N. (Produtor). (1980). Pioneiros na Amazônia [DVD] Produção: Norberto Schwantes. [s.l.]
SCHWANTES, N. Uma cruz em Terra Nova. Brasília: Edição do Autor, 2008.
STANDING ADVISORY COMMITTEE FOR TRUNK ROAD ASSESSMENT. Transport and the economy: full report, 1999. http://webarchive.nationalarchives.gov.uk/20050301192906/http:/dft.gov.uk/stellent/groups/dft_econappr/documents/pdf/dft_econappr_pdf_022512.pdf. Acesso em: 11/01/2018.
VARJÃO, V. Aragarças: portal da Marcha para o Oeste. Brasília: Senado Federal, 1989.
WISSENBACH, M. C. C. Da escravidão à liberdade: dimensão de uma privacidade possível. In: F. A. Novais; N. Sevcenko. História da vida privada no Brasil: República: da Belle Époque à Era do Rádio. 2. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1998, p. 49-130.
