Dinâmica econômica e a distribuição da população no Parque Estadual do Rio Doce (Minas Gerais)

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DOI:

https://doi.org/10.26767/colquio.22.3602

Resumo

O Parque Estadual do Rio Doce (PERD), considerando a sua área e sua zona de amortecimento, ocupa mais de 80 mil hectares da área dos municípios de Timóteo, Pingo D’água, Marliéria, Jaguaraçu, Dionísio, Córrego Novo, Caratinga e Bom Jesus do Galho, no estado de Minas Gerais. Com exceção dos dois últimos, os outros municípios fazem parte da Região Geográfica Imediata (RGIm) de Ipatinga. O objetivo deste artigo é caracterizar a RGIm de Ipatinga com relação à dinâmica econômica e distribuição de população buscando identificar como estes fatores podem afetar de forma negativa o PERD. Como metodologia, utilizou-se a pesquisa bibliográfica e documental. Além disso, foram analisados os dados dos Censos Demográficos de 2010 e 2022 e o PIB dos Municípios de Minas Gerais no ano de 2021. Os resultados mostram que dois distritos, cujas áreas foram excluídas da zona de amortecimento do parque no último plano de manejo, aprovado em 2023, apresentaram um crescimento muito superior a todos os municípios da RGIm – incluindo o município polo, Ipatinga – havendo fortes indícios de que esse crescimento muito acima do registrado pelo estado de Minas Gerais e pelo Brasil, esteja associado a segregação socioespacial nos principais municípios da RGIm.

Biografia do Autor

Mauro Augusto dos Santos, Universidade Vale do Rio Doce (UNIVALE).

Doutorado em Demografia (UFMG). Professor do Programa de Pós-Graduação em Gestão Integrada do Território da Universidade Vale do Rio Doce (UNIVALE).

Luiz Gustavo Torres Barroso, Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG)

Mestrado em Gestão Integrada do Território da Universidade Vale do Rio Doce (UNIVALE). Técnico administrativo em educação no Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG).

Referências

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2025-09-11

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Artigos