Práticas de ESG (environmental, social, and governance) no âmbito das incubadoras empresariais

Autores

Palavras-chave:

Startups, Incubadoras, Ambientes de inovação, ESG, Stakeholders

Resumo

As incubadoras empresariais constituíram-se, ao longo dos anos, num importante mecanismo de geração de novos empreendimentos. No entanto se durante o século XX os empreendedores contavam com o apoio das incubadoras para o enfrentamento de um ambiente competitivo, no século, XXI os desafios são mais complexos, pois é preciso desenvolver negócios e preservar o meio ambiente. A realização de estudos que busquem verificar se as incubadoras estão tendo um olhar voltado ao ESG (environmental, social and governance), além de gerarem uma melhor compreensão desse novo conceito organizacional podem resultar em contribuições ao aperfeiçoamento do processo de incubação. Assim, esta pesquisa analisa como as incubadoras podem colaborar com as empresas incubadas na implantação de uma estratégia organizacional concebida a partir das premissas do ESG. A metodologia utilizada na elaboração desse estudo quanto ao tipo de pesquisa é descritiva, utilizando como procedimento técnico a pesquisa de campo. O problema foi abordado de forma qualitativa tendo um roteiro de entrevista semiestruturado como instrumento de coleta de dados, aplicado junto a gestores de ambientes de inovação, cujas respostas foram posteriormente analisadas por meio da técnica de análise comparativa de entrevistas. Os resultados do estudo apontam a ocorrência de iniciativas das incubadoras que atendem as premissas do ESG, porém essas ações ainda não estão incorporadas definitivamente ao processo de incubação e tão pouco há uma uniformidade quanto a forma de implantação dessas iniciativas.  

Biografia do Autor

Matusalem Fagundes da Silva, Universidade Feevale

Mestrado em Administração (Unisc). 

Referências

ALMEIDA, C. ; BARCHE, C. K. ; Segatto, A. P. . Análise da implantação da metodologia Cerne - estudo de caso em duas incubadoras nucleadoras do Paraná. REGEPE, São Paulo, v. 3, p. 194-210, 2014.

ANDINO, B. F. A.; FRACASSO, E. M.. Efetividade do Processo de Incubação de Empresas. In: Encontro Nacional da Associação de Pós-Graduação em Administração – ENANPAD 2005, 2005, Brasília. ENANPAD 2005.

ARANHA, J. A. S. Mecanismos de geração de empreendimentos inovadores: mudança na organização e na dinâmica dos ambientes e o surgimento de novos atores [recurso eletrônico]. Brasília, DF: ANPROTEC, 2016.

ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE ENTIDADES PROMOTORAS DE EMPREENDIMENTOS INOVACORES. Sumário Executivo Cerne. Brasília, ANPROTEC, 2018. 31 p.

AUDY, J. L. N.; PIQUÉ, J. Dos parques científicos e tecnológicos aos ecossistemas de inovação: Desenvolvimento social e econômico na sociedade do conhecimento [recurso eletrônico]. Brasília, DF: ANPROTEC, 2016.

BELINKY, A. Seu ESG é sustentável. GVEXECUTIVO, São Paulo, v. 20, p. 37-43, 2021.

BELTRAMI, F. B.; VERSCHOORE, J. R. O Papel das Aceleradoras na Evolução das Startups. Teoria e Prática em Administração, v. 11, n. 2, p. 1-12., 2021.

BIZZOTO, C. E.; PIRES, S.; CHIERIEGHINI, T. Incubadoras de empresas: conceituação, implantação e desafios [recurso eletrônico]. Brasília, ANPROTEC, 2019. 25 p.

COSTA, E.; FEREZIN, N. B. ESG (Environmental, Social and Corporate Governance) e a comunicação: o tripé da sustentabilidade aplicado às organizações globalizadas. Revista Alterjor, v. 24, n. 2, p. 79-95, 2021.

COSTA, T. P.; COSTA, R. ; CONCEICAO, M. M. ; CONCEICAO, J. T. P. . ESG – Os pilares para os desafios da sustentabilidade. Recima21, v. 3, p. 1, 2022.

EDMANS, A. The end of ESG. Financial Management, v. 52, p. 3–17, 2023.

ELKINGTON, J. Towards the sustainable corporation: win-win-win business strategies for sustainable development. California Management Review, v. 36, n. 2, 1994.

ENGELMAN, R.; FRACASSO, E. M. A Contribuição das Incubadoras Tecnológicas na Internacionalização das Empresas Incubadas. RAUSP-e, v. 48, p. 165-178, 2013.

ENGELMANN, W.; NASCIMENTO, H. C. P. . O desenvolvimento dos direitos humanos nas empresas por meio do ESG como forma de qualificar as relações de trabalho. Revista da Escola Judicial do TRT4, v. 3, p. 113-135, 2021.

ENGELMANN, W. O tema ESG e o Agronegócio: desafios e oportunidades. 2022. Disponível em: https://linktr.ee/jusnano.unisinos?fbclid=IwAR0BF3qTJxseq3sCFxQ4QUUR9jzD4DrnAhkbqmi_cPGWMQPDAtaXz2gz0mw. Acesso em: 22 de abr. de 2023.

FIORILLO, C. A. P. ESG (Environmental, Social and Corporate Governance). Revista Direito Culturais, v. 17, p. 207-223, 2022.

FONSECA, M. L. M.; FERREIRA, S. Estudo do Ambiente de Inovação de Petrópolis, RJ: parque tecnológico, incubadora de empresa e atores do ecossistema. Cadernos de Prospecção, v. 16, p. 649, 2023.

FRACASSO, E. M.; WOLFFENBÜTTEL, A. P.; BIGNETTI, L. P. The University-Firm Interaction Process in a University Incubation: the case of the Vale do Rio dos Sinos University. REAd. Revista Eletrônica de Administração, v. 10, p. 1-18, 2004.

FUNDAÇÃO INSTITUTO DE ADMINISTRAÇÃO. Os impactos do modelo cerne [recurso eletrônico]. São Paulo, FIA, 2021. 39 p.

FREITAS, J.. Sustentabilidade: novo prisma hermenêutico. Novos Estudos Jurídicos, v. 23, p. 940-963, 2018.

GUERRA FILHO, W. S.; TUQUETI, TURQUETI, D. M. C. ; LIMA, M. V. R. . A responsabilidade pelo enfrentamento de demandas sociais: a assimilação empresarial do conceito e a nova onde ESG. Revista Jurídica- Unicuritiba, v. 1, p. 663-683, 2021.

IRIGARAY, H. A. R.; STOCKER, F. . ESG: novo conceito para velhos problemas. Cadernos Ebape (FGV), v. 20, p. 6, 2022.

HOHENDORFF, R.. Hélice quádrupla (ou quíntupla): uma possibilidade de concretização do ODS 12 através de autorregulação das inovações em um mundo permeado pelo ESG. Cadernos de Direito Actual, v. 18, p. 401-465, 2022.

LALKAKA, R.; JUNIOR, J. L. B.. Parques tecnológicos e incubadoras de empresas: o potencial de sinergia (p. 59 a 96), In: GUEDES, M.; FORMICA, P. A economia dos parques tecnológicos. Rio de Janeiro: Anprotec, 1997. 360 p.

LI, T.; WANG, K.; SUEYOSHI, T.; WANG, D.D.. ESG: Research progress and future prospects. Sustainability, v.13, 2021.

MAIA, M. M. Como as Start-ups crescem? Performances e discursos de empreendedores à procura de capital. Revista Brasileira de Ciências Sociais, v. 34, p. 1-17, 2019.

MONZONI, M.; CARREIRA, F. O metaverso do ESG. GVEXECUTIVO: os caminhos da sustentabilidade, v. 21, 2022.

PEDROZA-ZAPATA, A. R.; PUFFAL, D. P. Los Parques Tecnológicos Con Trayectoria De Triple Hélice. In: XXVIII Simpósio de Gestão da Inovação Tecnológica, 2014, Belo Horizonte. Anais do XXVIII Simpósio de Gestão da Inovação Tecnológica. Belo Horizonte, 2014.

RIES, E. A startup enxuta: como os empreendedores atuais utilizam a inovação contínua para criar empresas extremamente bem-sucedidas. Rio de Janeiro, RJ: Leya, 2012. 274 p.

RIBEIRO, M. N. Governança corporativa na nova economia: um tema tabu (p. 51-57). In: ARRUDA, C.; BRAGA, C.; SARDENBERG, D.; PITTA, E.; BARCELLOS, E.; GUIMARÂES (organizadores). Inovação: o motor do ESG [recurso eletrônico]. Nova Lima: Fundação Dom Cabral, 2022. 448 p.

ROCHA, L. S.; MAIA, S. J. ; BRAGA, D. L. . O direito do agronegócio transnacional e os códigos de conduta corporativos (corporate codes of conduct): a premência de uma heurística empresarial sistêmica a partir dos principios de Ruggie, ESG e OCDE no Agro Brasileiro. Revista Brasileira de Direito Empresarial, v. 8, p. 86-107, 2023.

SIQUEIRA, T. F.; RICHTER, M. F; MACHADO, As. Intersecções entre modelos de negócios, startups e ESG: um estudo bibliométrico. Recima21, v. 3, p. e311047, 2022.

Downloads

Publicado

2025-01-15

Edição

Seção

Artigos