Desenvolvimento Regional Sustentável: indicadores e qualidade de vida no Vale do Taquari/RS

Autores

  • Cíntia Agostini
  • Silvio Cezar Arend

DOI:

https://doi.org/10.26767/314

Resumo

Crescimento e desenvolvimento são conceitos, concepções e temas debatidos em todos os ambientes; no entanto, as percepções variam e, por vezes, são contraditórias. Atualmente se tem maior clareza de que crescimento é resultado de aspectos econômicos, e de que desenvolvimento é também resultado econômico, no entanto, inclui ainda aspectos qualitativos, avanços na qualidade de vida. Mesmo sem ter clareza do próprio conceito e das possíveis formas de mensurar o desenvolvimento, a sustentabilidade tornou-se o tema atual, um conceito amplo e com muitas variações. Apesar de expressas e propostas de forma diferente, há um consenso de que é necessária uma consciência imediata da relevância das questões ambientais no contexto do desenvolvimento. Como base nessas premissas, o objetivo do presente artigo é identificar indicadores que mensurem a qualidade de vida no Vale do Taquari. A coleta do material se deu a partir de dados bibliográficos e levantamento de indicadores de medição de qualidade de vida. Os indicadores utilizados foram PIB e PIB per capita, para determinar as condições de renda; IDESE e IDHM, buscando tratar dos temas da educação, saúde, longevidade e renda, além de informações de programas de transferência de renda, de oferta de serviços de coleta de lixo, de saneamento e abastecimento com rede de água potável, poluição das águas e do Índice do Potencial Poluidor das Indústrias para o Vale do Taquari. A partir deste conjunto de informações, identificou-se que os aspectos de renda e sociais são parcialmente atendidos, e que os aspectos ambientais, numa concepção mais atual de quais dimensões o desenvolvimento incorpora, ainda deixam a desejar e devem ser melhor tratados pelo Vale do Taquari.

Referências

AMAZONAS, M. de C. Desenvolvimento sustentável e teoria econômica: o debate conceitual nas perspectivas neoclássica, institucionalista e da economia ecológica. In: NOBRE, M.; AMAZONAS, M. de C. (Orgs.). Desenvolvimento sustentável: a institucionalização de um conceito. Parte II. Brasília: IBAMA, 2002. p. 107-279.

BARBIERI, J. C. Desenvolvimento e meio ambiente: as estratégias de mudanças da agenda 21. Petrópolis: Vozes, 1997.

BARTELMUS, P. A contabilidade verde para o desenvolvimento sustentável. In: MAY, P. H.; MOTTA, R. S. da (Orgs.). Valorando a natureza: análise econômica para o desenvolvimento sustentável. Rio de Janeiro: Campus, 1993. p. 157-104.

CAVALCANTI, C. (Org.). Meio ambiente, desenvolvimento sustentável e políticas públicas. São Paulo: Cortez, 2001.

CLEMENTE, A.; HIGACHI, H. Y. Economia e Desenvolvimento Regional. São Paulo: Atlas, 2000.

CODEVAT. Planejamento Estratégico Regional do Vale do Taquari. Lajeado: CODEVAT, 2009. Disponível em: <http://www.codevat.org.br/site/home/pagina/id/51/?Planejamento-Estrategico-Regional-2009-2010.html>. Acesso em 14 jun. 2014.

CODEVAT. Conselho de Desenvolvimento do Vale do Taquari. Disponível em: <http://www.codevat.org.br/site/home>. Acesso em: 14 jun. 2014.

COMUNE, A. E. Meio ambiente, economia e economistas. In: MAY, P. H.; MOTTA, R. S. da (Orgs.). Valorando a natureza: análise econômica para o desenvolvimento sustentável. Rio de Janeiro: Campus, 1993. p. 45-58.

DALY, H. E. Políticas para o desenvolvimento sustentável. In: CAVALCANTI, C. (Org.). Meio ambiente, desenvolvimento sustentável e políticas públicas. São Paulo: Cortez, 2001.

p. 179-192.

DOWBOR, L. Indicadores: afinal o que estamos medindo? In: LOUETTE, A. (Org.). Indicadores de Nações: uma Contribuição ao Diálogo da Sustentabilidade: Gestão do Conhecimento/organização, pesquisa, textos e captação de recursos. São Paulo:

WHH – Willis Harman House, 2007.

FEE. Fundação de Economia e Estatística do Estado do Rio Grande do Sul. Indicadores do potencial poluidor das atividades industriais de transformação e extrativas no Rio Grande do Sul: metodologia. Porto Alegre: FEE, 2014. Disponível em: <http://www.fee.rs.gov.br/wp-content/uploads/2014/02/20140523metodologia_pp _2012.pdf>. Acesso em: 14 jun. 2014.

HAWKEN, P. et al. Capitalismo natural: criando a próxima revolução industrial. São Paulo: Cultrix, 1999.

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponível em: <http://www.ibge.com.br/home>. Acesso em: 14 jun. 2014.

LEFF, E. Racionalidade ambiental: a reapropriação social da natureza. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2006.

LEIS, H. R. A modernidade insustentável: as críticas do ambientalismo à sociedade contemporânea. Petrópolis: Vozes; Santa Catarina: UFSC, 1999.

MAWHINNEY, M. Desenvolvimento sustentável: uma introdução ao debate ecológico. São Paulo: Loyola, 2002.

MAY, P. H. Economia ecológica e o desenvolvimento equitativo no Brasil. In: CAVALCANTI, C. (Org.). Desenvolvimento e natureza: estudos para uma sociedade sustentável. São Paulo: Cortez, 1995. p. 235-255.

______; LUSTOSA, M. C.; VINHA, V. da. Economia do meio ambiente: teoria e prática. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003.

MINC, C. Ecologia e cidadania. São Paulo: Moderna, 2005.

MONTIBELLER-FILHO, G. O mito do Desenvolvimento Sustentável: meio ambiente e custos sociais no moderno sistema produtor de mercadorias. Florianópolis: UFSC, 2008.

MUELLER, C. C. Os economistas e as relações entre o sistema econômico e o meio ambiente. Brasília: Universidade de Brasília, 2012.

NORGAARD, R. Valoração ambiental na busca de um futuro sustentável. In: CAVALCANTI, C. (Org.). Meio ambiente, desenvolvimento sustentável e políticas públicas. São Paulo: Cortez, 2001. p. 83-92.

ORTIZ, R. A. Valoração econômica ambiental. In: MAY, P. H.; LUSTOSA, M. C.; VINHA, V. da. Economia do meio ambiente: teoria e prática. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003. p. 81-99.

RATTNER, H. Desenvolvimento sustentável – tendências e perspectivas. In: MAGALHÃES, L. E. (Coord.). A questão ambiental. São Paulo: Terragraph, 1994. p. 33-46.

RUSCHEINSKY, A. No conflito das interpretações: o enredo da sustentabilidade. In: ______. (Org.). Sustentabilidade: uma paixão em movimento. Porto Alegre: Sulina, 2004. p. 15-33.

SACHS, I. Caminhos para o desenvolvimento sustentável. Rio de Janeiro: Garamond, 2002.

_______. Desenvolvimento: includente, sustentável, sustentado. Rio de Janeiro: Garamond, 2004.

SEKIGUCHI, C.; PIRES, E. L. S. Agenda para uma economia política da sustentabilidade: potencialidades e limites para o seu desenvolvimento no Brasil. In: CAVALCANTI, C. (Org.). Desenvolvimento e natureza: estudos para uma sociedade sustentável. São Paulo: Cortez, 1995. p. 195-207.

SEMA. Plano da Bacia Hidrográfica Taquari-Antas. Porto Alegre: 2012. Disponível em: . Acesso em: 14 jun. 2014.

SERAFY, S. E. Contabilidade verde e política econômica. In: CAVALCANTI, C. (Org.). Meio ambiente, desenvolvimento sustentável e políticas públicas. São Paulo: Cortez, 2001.

p. 193-214.

SOUZA, R. Entendendo a questão ambiental: temas de economia, política e gestão do meio ambiente. Santa Cruz do Sul: Edunisc, 2000.

TOLMASQUIM, M. T. Economia do meio ambiente: forças e fraquezas. In: CAVALCANTI, C. (Org.). Desenvolvimento e natureza: estudos para uma sociedade sustentável. São Paulo: Cortez, 1995. p. 323-344.

VEIGA, J. E. Meio ambiente e desenvolvimento. São Paulo: Senac, 2006.

YOUNG, C. E. F. Contabilidade ambiental nacional: fundamentos teóricos e aplicação empírica no Brasil. In: MAY, P. H.; LUSTOSA, M. C.; VINHA, V. da. Economia do meio ambiente: teoria e prática. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003. p. 101-132.

Downloads

Publicado

2015-12-28

Edição

Seção

Artigos