Envelhecimento populacional: um olhar sobre as melhores cidades brasileiras para se envelhecer e a influência da cultura da cooperação
DOI:
https://doi.org/10.26767/coloquio.v20i3,%20jul./set..2538Palabras clave:
Envelhecimento populacional, Cidades, Cultura da Cooperação, Qualidade de vidaResumen
Em um mundo em que mais da metade das pessoas vivem em cidades é preciso pensar em políticas públicas voltadas para a infraestrutura, qualidade de vida, serviços adequados para os idosos envelhecer nos centros urbanos. É nesta perspectiva que o presente estudo busca analisar o índice de desenvolvimento urbano para a longevidade (IDL), verificando quais são as cidades brasileiras que estão mais preparadas para o envelhecimento de sua população e como a cultura da cooperação contribui através de políticas públicas voltadas para a melhoria da qualidade de vida da população idosa nas cidades brasileiras. As principais cidades brasileiras (grandes e pequenas) para se envelhecer segundo o índice de Desenvolvimento Urbano para a Longevidade (IDL) de 2020, são: São Caetano do Sul (SP), Santos (SP) e Porto Alegre (RS). Já as cidades pequenas mais bem colocadas são: Adamantina (SP), Vinhedo (SP) e Lins (SP). O índice apresenta indicadores agrupados em 7 variáveis que são avaliados conforme cada uma das cidades. Enfim, verificou-se que o número de brasileiros com idade superior aos 60 anos cresce ano após anos nos municípios e aumenta a preocupação com a preparação das cidades para suportar os desafios impostos pelo envelhecimento populacional. Percebe-se que algumas cidades, segundo o IDL possuem infraestrutura, políticas públicas e recursos plenamente satisfatórios para a qualidade de vida e bem-estar da população idosa em seu espaço urbano. Porém, ainda existem muitas cidades que enfrentam dificuldades para a construção de ambientes planejados que ofereçam oportunidades de manter ativos e engajados os idosos da sociedade.
Citas
EUSTÁQUIO, José; ALVES, Diniz; CAVENAGHI, Suzana. O rápido e intenso processo de envelhecimento populacional no Brasil. In: CÔRTE, Beltrina. LOPES, Ruth Gelehrter Costa (Orgs.). Longeviver, políticas e mercado. São Paulo. Portal Edições, 2019
ARRUDA, Marcos. Globalização e sociedade civil: repensando o cooperativismo no contexto da cidadania ativa. Rio de Janeiro: Pacs – Instituto Políticas Alternativas Para o Cone Sul, 1996.
BRASIL. Portaria n. 1395, de 10 de dezembro de 1999. O Ministro de Estado da Saúde, no uso de suas atribuições, e considerando a necessidade de o setor saúde dispor de uma política devidamente expressa relacionada à saúde do idoso; a conclusão do processo de elaboração da referida política, que envolveu consultas a diferentes segmentos direta e indiretamente envolvidos com o tema; e a aprovação da proposta da política mencionada pela Comissão Intergestores Tripartite e pelo Conselho Nacional de Saúde.
BRASIL. Lei n. 10.741, de 1º de outubro de 2003. Dispõe sobre o Estatuto do Idoso e dá outras providências. Brasília, DF, 2003.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Centro Gráfico, 1988
BRASIL. Lei nº. 8. 842, de 4 de janeiro de 1994. Dispõe sobre a política nacional do idoso, cria o Conselho Nacional do Idoso e dá outras providências. Brasília, DF, 1994.
COLET, Daniela Siqueira. A cooperação no contexto das transformações sociais e do desenvolvimento local: o caso da rota das salamarias – RS. Gestão & Regionalidade – n. 102, v. 34, set-dez/2018. Disponível em :https://seer.uscs.edu.br/index.php/revista_gestao/article/view/4180/2576. Acesso em 21 abri 2021.
FRANTZ, Walter, 2002: Afinal, por que existem cooperativas e qual seu significado social? In: MÂNFIO, Antônio João (coord). Capacitação para um jeito novo de ser colono. Frederico Westphalen, Ed. da URI, 2002, (Coleção Universidade do Agricultor, 2), pág. 28-35.
FRANTZ, Walter; HILGERT, Vagner; CORRÊA, Ricardo. A história do cooperativismo de crédito em Panambi: uma trajetória de 75 anos. Ijuí. Editora: Unijuí, 2006.
FRANTZ, Walter. Sociologia do desenvolvimento I. Ijuí. Editora: Unijuí, 2010.
HADDAD, Eduardo. A.; VIEIRA, Renato. S. Mobilidade, acessibilidade e produtividade: nota sobre a valoração econômica do tempo de viagem na região metropolitana de São Paulo. Revista de Economia Contemporânea, v. 19, n. 3, 2015.
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Populações e cidades. Portal Eletrônico do IBGE, 2018. Disponível em: https:// www.ibge.gov.br. Acesso em: 18 jun/2021.
INSTITUTO MONGERAL AEGON. Índice de Desenvolvimento Urbano para Longevidade (IDL). 2020. Disponível em: https://institutodelongevidademag.org/longevidade-e-cidades/idl/relatorios# Acesso em 08 jul 2021.
KALACHE, Alexandre; VERAS, Renato Peixoto; RAMOS, Luiz Roberto. O envelhecimento da população mundial. Um desafio novo. Revista de Saúde pública. São Paulo, v. 21, n.3, 200-10, 1987.
MACHADO, Mariza Helena; LIMA, Josiane Palma. Avaliação multicritério da acessibilidade de pessoas com mobilidade reduzida: um estudo na região central de Itajubá (MG). Urbe. Revista Brasileira de Gestão Urbana, v. 7, n. 3, 2015.
MONTEIRO, Luiz Cristina Antoniossi; ZAZZETTA, Marisa Silvana; JUNIOR, Miguel Etinger de Araújo. Sustentabilidade: relação entre espaço urbano e envelhecimento ativo. Portal de Periódicos da Univali. Disponível em https://siaiap32.univali.br/seer/index.php/nej/article/view/7197. Acesso em Jul 2021
OCERGS- SESCOOP/RS. Expressão do cooperativismo gaúcho ano-base 2019. 2020. Disponível em: https://www.sescooprs.coop.br/app/uploads/2020/07/expressao-cooperativismo-gaucho-2020-ano-base-2019-consolidado.pdf. Acesso em 21 abr 2021.
OLIVEIRA, Antônio Deusivam de; RAMOS, Oswaldo Alcanfor; PANHOCA, Ivone; ALVES, Vera Lúcia dos Santos. A intersetorialidade nas políticas públicas para o envelhecimento no Brasil. Revista Kairós, São Paulo (SP), v.17, n. 2, p.91-103, 2014. Disponível em: https://olhe.org.br/biblioteca/021-intersetorialidade.pdf. Acesso em 25 mai 2021.
OMS - ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Guia global das cidades amigas das pessoas idosas. 2008. Versão traduzida para o português. Disponível em: https://www.who.int/ageing/GuiaAFCPortuguese.pdf. Acesso em 16 Jul 2021.
ONU, United nations, department of economic and social affairs The United Nations, Population Division, Population Estimates and Projections Section, 2012. Disponível em: https://www-un-org.translate.goog/en/development/desa/publications/world-population-prospects-the-2012-revision.html?_x_tr_sl=en&_x_tr_tl=pt&_x_tr_hl=pt-BR&_x_tr_pto=sc. Acesso em 16 jul 2021.
ONU Assembleia Geral das Nações Unidas. Population Portal Eletrônico da ONU Brasil 2018. Disponível em: https://brasil.un.org/. Acesso em 13 mar 2020.
PIAGET, J. Estudos Sociológicos. Rio de Janeiro: Forense, 1973.
PINHO, Diva Benevides. Evolução do Pensamento Cooperativo e o Cooperativismo Brasileiro - Manual do Cooperativismo. São Paulo: CNPq /BNCC/OCB/BRASCOOP, 1984. v. 1.
RODRIGUES, Sérgio Luís Leal. Direito cooperativo. Ijuí. Editroa: Unijuí, 2011.
RODRIGUES, Rosalina Aparecida Partezani; KUSUMOTA, Luciana; MARQUES, Sueli; FABRÍCIO, Suzele Cristina Coelho; CRUZ, Idiane Rosset; LANGE, Celmira. Política nacional de atenção ao idoso e a contribuição da enfermagem. Texto Contexto Enferm. Florianópolis, 16 (3): 536-45, 2007;
ROCHA, Georgia Barreira Fernandes. Algumas políticas públicas para a pessoa idosa. Revista Longeviver. Ano I, n. 3, Jul/Ago/Set, São Paulo, 2019.
SOUSA, Liliana; GALANTE, Helena; FIGUEIREDO, Daniela. Qualidade de vida e bem estar dos idosos: um estudo exploratório na população portuguesa. Revista de Saúde Pública, v. 37, 2003.
SINGER, Paul. Introdução à economia solidária. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2002.
THESING, Nelson José. Por um mundo melhor: Cooperação e desenvolvimento. 1 ed. Porto Alegre, Editora: Buqui, 2015
UNITED NATIONS. Department of Economic Population Dynamics. World Population Prospects, 2019. Disponivel em: https://population.un.org/wpp/Graphs/DemographicProfiles/Pyramid/76. Acesso em 15 jul 2021.