Tendências das exportações do complexo soja sul-americano (1990 a 2019)

Autores

  • Maiara Thaís Tolfo Gabbi Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ/USP)
  • Nilson Luiz Costa Professor do Programa de Pós-Graduação em Agronegócio da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)
  • Elisangela Gelatti Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ/USP)
  • Gabriel Nunes de Oliveira Professor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)

DOI:

https://doi.org/10.26767/coloquio.v19i2,%20abr./jun..2494

Palavras-chave:

Soja, Comércio, Brasil, Argentina e Paraguai.

Resumo

Ao longo dos anos o complexo soja cresceu expressivamente no comércio internacional por seu importante uso como matéria prima para a indústria de processamento. Neste contexto, o presente estudo se propõe a analisar as tendências e diferentes perfis de exportação de produtos do complexo soja de Argentina, Brasil e Paraguai no período de 1990 a 2019. O método empregado contempla a análise quantitativa através do modelo de tendência e taxa de crescimento log-linear, a partir de dados secundários obtidos junto ao United States Department of Agriculture (USDA). Entre os principais resultados encontrados constatou-se as taxas geométricas de crescimento foram maiores para a exportação de soja em grãos por parte do Brasil (12,02%), importação de soja em grãos pela Argentina (16,74%) e esmagamento doméstico pelo Paraguai (8,07%). No farelo de soja, as taxas geométricas de crescimento destacadas foram para a produção (8,04%) e exportação (8,80%) do Paraguai. E por último, no óleo de soja, a produção (8,14%), exportação (9,08%) e importação (9,08%) do Paraguai. O Paraguai é o país com menor produção de grãos, consequentemente, menor exportação, importação e consumo doméstico, mas com maiores taxas de crescimento nos dados de consumo de grãos, produção de farelo e produção, exportação e importação de óleo. Por fim, os fatores que motivaram a esses perfis de exportação na Argentina foram principalmente devido a política de processamento interno, no Brasil foi resultado de incentivos governamentais na exportação de grãos e no Paraguai foi a partir de estratégias de agregação de valor.

Biografia do Autor

Maiara Thaís Tolfo Gabbi, Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ/USP)

Doutoranda em Economia Aplicada na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ/USP). 

Nilson Luiz Costa , Professor do Programa de Pós-Graduação em Agronegócio da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)

Doutorado em Ciências Agrárias (UFRA).  

Elisangela Gelatti, Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ/USP)

Doutoranda em Economia Aplicada na ESALQ/USP.   

Gabriel Nunes de Oliveira, Professor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)

Doutorado em Extensão Rural (UFSM).  

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Publicado

2022-04-04

Edição

Seção

Artigos