(Re)pensando o passado e presente dos afrodescendentes a partir da Fortaleza de São José de Macapá
DOI:
https://doi.org/10.26767/319Abstract
A Fortaleza de São José de Macapá, localizada no Amapá, possui registros de histórias, sentidos e apropriações variadas de afrodescendentes que construíram identificações culturais com o passado no presente. Este artigo conta essa história, considerando o registro fotográfico, mas, especialmente, as memórias dos afrodescendentes. Essas memórias remetem a um passado mais remoto, ligado à construção da fortaleza, através da mão de obra escrava, assim como outro passado mais próximo, no Estado Novo, quando os afrodescendentes foram removidos do entorno do monumento que haviam construído. Ao mesmo tempo, este artigo também procura capturar, nessas memórias, seu lugar no presente, os sentidos e apropriações dos afrodescendentes a este monumento - a Fortaleza de São José de Macapá -, expressados na importância da dança do marabaixo, uma representação cultural afro-brasileira que faz parte das representações culturais da cidade e que vem sendo remodelada, no presente, por um grupo de jovens, com novos traços de identificação.
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