A Nova Economia Institucional e a Ecologia Organizacional aplicadas à heterogeneidade agrícola

Autores

  • Joice Zagna Valent
  • Glauco Schultz
  • Leonardo Xavier da Silva

DOI:

https://doi.org/10.26767/1203

Resumo

A Nova Economia Institucional e a Ecologia Organizacional são teorias que podem ajudar no entendimento da heterogeneidade agrícola brasileira. Esta diversidade é marcada por fortes desigualdades sociais e econômicas, causadas por desequilíbrios regionais, concentração produtiva em poucas atividades e fatores de produção. A Nova Economia Institucional contempla as estruturas de governança e o ambiente institucional, possibilitando o estudo das relações no meio rural. Já a Ecologia Organizacional pode explicar a existência da heterogeneidade das organizações agrícolas, destacando a sua adaptação a essa diversidade. Assim, o objetivo deste trabalho foi comparar as duas teorias expostas e as suas respectivas aplicações no estudo da heterogeneidade agrícola, por meio de pesquisa bibliográfica. Os resultados demonstram que a Nova Economia Institucional relata a heterogeneidade agrícola com mais clareza do que a Ecologia Organizacional.

Referências

ALDRICH, H. E.; PFEFFER, J. Environments of Organizations. Annual Review of Sociology, n. 2, p. 79-105, 1976.

ALDRICH, H. E. Organizations and environments. Englewood-Cliffs: Prentice Hall, 1979.

ALDRICH, H. E.; WIEDENMAYER, G. From traits to rates: An ecological perspective on organizational foundings. Advances in Entrepreneurship, Firm Emergence, and Growth, n. 1, p. 145–195, 1993.

AZEVEDO, P. F. NOVA ECONOMIA INSTITUCIONAL: referencial geral e aplicações para a agricultura. Agric. São Paulo, n. 47, p. 33-52, 2000.

BAUM, J. A. C. Ecologia Organizacional. In: CLEGG, S. R.; HARDY, C.; NORD, W. R. Handbook de estudos organizacionais: Modelos de Análise e Novas Questões em Estudos Organizacionais. São Paulo: Atlas, 1998.

BAUM, J. A. C.; OLIVER, C. Institutional linkages and organizational mortality. Administrative Science Quarterly, n. 36, p. 187-218, 1991.

BELIK, Walter. A Heterogeneidade e suas Implicações para as Políticas Públicas no Rural Brasileiro. Revista de Economia e Sociologia Rural – RESR, Piracicaba, v. 53, n. 1, p. 9-30, 2015.

CAMPBELL, D. T. Variation and selective retention in sociocultural evolution. In: BARRINGER, H. R., BLANKSTEN, G. I., MACK, R. W. (Eds.), Social change in developing areas: A reinterpretation of evolutionary theory. Cambridge: Schenkman, 1965. p. 19–48.

FLORES, A. W.; RIES, L. R.; ANTUNES, L. M. Gestão Rural. Porto Alegre: Editora dos Autores, 2006.

FONSECA, J. J. S. Metodologia da pesquisa científica. Fortaleza: UEC, 2002. GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2007.

HANNAN, Michael T.; FREEMAN, John H. The population ecology of organizations. American Journal of Sociology, n. 82, v. 5, p. 929-964, 1977.

______; ______. Structural inertia and Organizational change. American Sociological Review, n. 49, v. 2, p. 149-164, 1984.

______; ______. Ecologia populacional das organizações. RAE - Revista de Administração de Empresas, v. 45, n. 3, 2005.

LINDE, K.; WILLICH, S. N. How objective are systematic reviews? Differences between reviews on complementary medicine. J R Soc Med. n. 96, p. 17-22, 2003.

LONG, N. Development Sociology: actor perspectives. London: Routledge, 2001. McKELVEY, B., ALDRICH, H. Populations, natural selection and applied organizational science. Administrative Science Quarterly, v. 28, p. 101-128, 1983.

NORTH, D. C. Institutions, Institutional Change and Economic Performance. Cambridge, University Press, p. 152, 1990.

NORTH, D. C. Custos de Transação, Instituições e Desempenho Econômico. 3. ed. Rio de Janeiro: Instituto Liberal, 2006.

PLOEG, J. D. O modo de produção camponês revisitado. In: SCHNEIDER, S. (Ed.). A diversidade da agricultura familiar. Porto Alegre: UFRGS, 2006. p.13-54.

ROSSONI, Luciano. O que é legitimidade organizacional? Organizações & Sociedade – O&S, Salvador, v. 23, n. 76, p. 110-129, 2016.

SCHNEIDER, Sergio. Ciências sociais, ruralidade e territórios: em busca de novas referências para pensar o desenvolvimento. Campo e Território, Uberlândia, v. 4, n. 7, p. 24-62, fev. 2009.

SIMON, Herbert Alexander. Comportamento Administrativo: Estudos dos Processos Decisórios nas Organizações Administrativas. Rio de Janeiro: FGV, 1970.

SINGH, J. V.; LUMSDEN, C. J. Theory and research in organizational ecology. Annual Review of Sociology, n. 16. p. 161-195, 1990.

WILLIAMSON, Oliver E. The economic institutions of capitalism. London: Free Press, 1985.

WILLIAMSON, Oliver E. Transaction Cost Economics and Organization Theory, Journal of Industrial and Corporate Change, n. 2, p. 107-156, 1993.

ZYLBERSZTAJN, Decio. Estruturas de Governança e Coordenação do Agribusiness: uma plicação da Nova Economia das Instituições. 1995. 239 f. Tese (Tese de Livre Docência em Administração – Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade) - Universidade de São Paulo, São Paulo, 1995.

Downloads

Publicado

2018-12-30

Edição

Seção

Artigos