Tecnologias e permanência de jovens na agricultura: uma análise dos agricultores familiares do Programa Nacional Alimentação Escolar (PNAE)
DOI:
https://doi.org/10.26767/1745Resumo
Este artigo visa acompanhar a questão do problema das tecnologias inovadoras que foram implantadas nas propriedades dos agricultores familiares, bem como, no modo de escoamento da produção, após a inserção ao Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), usando como local de estudo a cidade de São Lourenço do Oeste em Santa Catarina. Na pesquisa fez-se uma análise do resultado da implantação das tecnologias para o atendimento ao PNAE como incentivo à permanência do jovem no campo. Buscou-se entender quais as contribuições das inovações nas propriedades para o fortalecimento e a continuidade da agricultura familiar, bem como, para o desenvolvimento sustentável. A metodologia utilizada caracterizou-se como uma pesquisa qualitativa e um estudo de campo com entrevistas semiestruturadas, com os agricultores familiares cadastrados no PNAE de São Lourenço do Oeste-SC no ano de 2018. Os resultados identificam quais as inovações implantadas para atendimento do PNAE, bem como, quais as contribuições destas para a continuidade e fortalecimento da agricultura familiar e para o desenvolvimento sustentável.Referências
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Agrário. Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável. Brasil rural em debate: coletânea de artigos/ coord. de Nelson Giordano Delgado. Brasília: CONDRAF/MDA, v. 363 p. 21, 2010.
________. Lei n. 11.947, de 16 de junho de 2009. Dispõe sobre o Atendimento da Alimentação Escolar e do Programa Dinheiro Direto na Escola aos Alunos da Educação Básica. Brasília, 2009a. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/lei/l11947.htm>. Acesso em: 8 mar. 2018.
_________. SEAFDA. Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário. 2018. Disponível em: <http://www.mda.gov.br/sitemda/>. Acesso em: 04 nov. 2018.
CAMARANO, Ana Amélia; ABRAMOVAY, Ricardo. Êxodo rural, envelhecimento e masculinização no Brasil: panorama dos últimos 50 anos. Texto para Discussão, Rio de Janeiro, Ipea, n. 621, 1999.
CASSOL, A; SCHNEIDER, S. Construindo a confiança nas cadeias curtas: interações sócias, valores e qualidade na Feira do Pequeno Produtor de Passo Fundo/ RS. In: GAZOLLA, M; SCHNEIDER, S (Org.). Cadeias curtas e redes agroalimentares alternativas. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2017.
FRANÇA, Caio Galvão de.; DEL GROSSI, Mauro Eduardo.; MARQUES, Vicente P.M. de Azevedo. O censo agropecuário 2006 e a agricultura familiar no Brasil. Brasília: MDA, 2009.
EL TUGOZ, J. et al. O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) como instrumento de promoção do desenvolvimento sustentável da agricultura familiar. Revista Sustentabilidade e Responsabilidade Social, Belo Horizonte, v. 3, p. 81-91, 2017.
GAZOLLA, M.; SCHNEIDER, S. Qual “Fortalecimento” da Agricultura Familiar? Uma análise do Pronaf crédito de custeio e investimento no Rio Grande do Sul. Revista de Economia e Sociologia Rural, São Paulo, v. 51, n. 1, p. 45-68, 2013.
GAZOLLA, Márcio. Enfoques teóricos em tecnologia e inovação: aplicações aos estudos em desenvolvimento rural. In: CONTERATO, M. A.; RADOMSKY, G. F. W.; SCHNEIDER, S. (Orgs.). Pesquisa em desenvolvimento rural: aportes teóricos e proposições metodológicas. Porto Alegre: UFRGS. v. 1, p. 135-152, 2014.
GAZOLLA, M. Por que muitos agricultores não formalizam o comércio de alimentos através das cadeias curtas? In: Marcio Gazolla e Sergio Schneider. (Org.). Cadeias curtas e redes agroalimentares alternativas: negócios e mercados da agricultura familiar. 1ed.Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2017, v. 1, p. 445-472.
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo Agropecuário 2017. Calendários produtos previstos. Rio de Janeiro: IBGE, 2017. Disponível em: <https://censos.ibge.gov.br/agro/2017/resultados-censo-agro-2017.html>. Acesso em: 21 jan. 2019.
KISCHENER, Manoel Adir; KIYOTA, Norma; PERONDI, Miguel Angelo. Sucessão geracional na agricultura familiar: lições apreendidas em duas comunidades rurais. Mundo Agrário: Memória Acadêmica, La Plata, v. 16, n. 33, p.01-29, dez. 2015. Disponível em: . Acesso em: 04 nov. 2018.
LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. Fundamentos da metodologia científica. n. 7. São Paulo: Atlas, 2010.
MERA, C. P.; DIDONET, G. B. Aplicação dos recursos do PRONAF pelos agricultores familiares do município de Cruz Alta (RS). Perspectiva Econômica, São Leopoldo, v. 6, n. 2, p. 45-58, 2010.
MENASCHE, Renata. Campo e Cidade, comida e imaginário: percepções do rural à mesa. Ruris, Campinas, v. 3, p. 195-218, 2010.
MOREIRA, R. J. Críticas ambientalistas à Revolução Verde. Estudos Sociedade e Agricultura, 2000, p. 39-52. X World Congress of Rural Sociology – IRSA e no XXXVII Brazilian Congress of Rural Economic and Sociology – Sober, Workshop n. 38. Greening of agriculture. Rio de Janeiro, 2000.
OLIVEIRA, Daniela; GAZOLLA, Márcio; SCHNEIDER, Sérgio. Produzindo novidades na agricultura familiar: Agregação de valor e agroecologia para o desenvolvimento rural. Cadernos de Ciência & Tecnologia, Brasília, v. 28, n. 1, p.17-49, jan. 2011.
RESENDE, C. M.; MAFRA, R. L. M. Desenvolvimento Rural e Reconhecimento: tensões e dilemas envolvendo o Pronaf. Revista de Economia e Sociologia Rural, Brasília, v. 54, n. 2, p. 261-280, 2016.
SCARABELOT, M; SCHNEIDER, S. Cadeias agroalimentares curtas e desenvolvimento local – Um estudo de caso no município de Nova Veneza/SC. Disponível em: <http://e-revista.unioeste.br/index.php/fazciencia/article/viewFile/8028/8030>. Acesso em: 06 de março de 2018.
SAVIAN, Moisés. Sucessão geracional: garantindo-se renda continuaremos a ter agricultura familiar? Revista Espaço Acadêmico, Lund/copenhagen, v. 14, n. 159, p.97-106, ago. 2014.
SILVA, J. G. A atualidade da agricultura familiar. Síntese Anual da Agricultura de Santa Catarina. Florianópolis: Epagri/Cepa, 2013. v. 1, p. 11-12.
SILVESTRO, Milton Luiz. CORTINA, Nelson. Desenvolvimento rural. Desenvolvimento rural sem jovens? Agrop. Catarinense, v.11, n.4, dez. 1998.
WANDERLEY, M. N. B. Agricultura familiar e campesinato: rupturas e continuidade. Estudos Sociedade e Agricultura, Rio de Janeiro, v. 25, n. 3, 2003. Disponível em: <http://r1.ufrrj.br/esa/V2/ojs/index.php/esa/article/view/238/234>. Acesso em: 04 nov. 2018.