Assentamentos informais e a espacialização dos riscos à saúde: um estudo da Região Metropolitana de Porto Alegre

Autores

  • Tamires Lenhart Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
  • Andriele Panosso Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
  • Luciana Miron Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
  • Vanessa Gregoviski Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos).
  • Josiane Scotton Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

DOI:

https://doi.org/10.26767/coloquio.v21i4,%20out./dez..3587

Palavras-chave:

Fatores de risco, Assentamentos informais urbanos, Doenças infecciosas e parasitárias, Cartografia da Saúde, Planejamento Urbano e Regional

Resumo

A pandemia de covid-19 expôs de forma brutal a relação entre saúde, habitação e ambiente urbano no Brasil. Milhões de famílias não puderam aderir às recomendações da OMS devido à grave falta de acesso à infraestrutura urbana e à crescente instabilidade no emprego e renda, evidenciando o aprofundamento das desigualdades socioespaciais durante a crise sanitária. Todos os municípios brasileiros, apesar de suas particularidades, enfrentam desafios urgentes associados ao ambiente urbano, como a persistente falta de acesso ao saneamento básico e à moradias adequadas. Essas condições precárias podem dramaticamente ampliar a transmissão de doenças infecciosas e parasitárias. Identificar essas vulnerabilidades em comunidades é crucial para ajudar na compreensão dos fatores que aumentam o risco de doenças. Este estudo espacializa os fatores de risco relacionados à carência de infraestrutura urbana e à exposição às doenças na Região Metropolitana de Porto Alegre, RS, (RMPA) lançando luz sobre a desigualdade socioespacial presente nos assentamentos informais urbanos. A Cartografia da Saúde foi utilizada como método revelador para mapear os riscos. As contribuições da pesquisa incluem o diagnóstico das características espaciais da RMPA que configuram risco para doenças infecciosas e parasitárias, a alarmante identificação da desigualdade socioespacial refletida nas taxas de letalidade em áreas com muitos assentamentos informais, e o uso original da Cartografia da Saúde para mapear os riscos no território metropolitano. O trabalho demonstra como a Cartografia da Saúde pode ser uma ferramenta essencial na identificação de áreas com maior risco de doenças, além de servir como base sólida para discussão de políticas interfederadas, à luz do Estatuto da Metrópole.

Biografia do Autor

Tamires Lenhart, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Planejamento Urbano e Regional da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (PPGPUR-UFRGS). 

Andriele Panosso, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Planejamento Urbano e Regional da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (PPGPUR-UFRGS). 

Luciana Miron, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Doutorado em Engenharia Civil. Professora do Departamento de Arquitetura da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Vanessa Gregoviski, Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos).

Doutoranda em Psicologia Clínica pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos).

Josiane Scotton, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Planejamento Urbano e Regional da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (PPGPUR-UFRGS). 

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2025-01-15

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Artigos