Preservação dos conhecimentos tradicionais associados à biodiversidade no Brasil diante do avanço das inteligências artificiais.
Palavras-chave:
conhecimentos tradicionais, preservação, inteligências artificiais, protocolos comunitários;, direitos culturaisResumo
Este trabalho examina a preservação dos conhecimentos tradicionais no Brasil diante do avanço das inteligências artificiais, destacando a importância dos protocolos comunitários como ferramentas de empoderamento para agricultores, indígenas, quilombolas e outras comunidades tradicionais. O estudo enfatiza a necessidade de respeitar a diversidade cultural e os direitos dos povos, além de abordar a interseção entre tecnologia, direito e ética. A metodologia utilizada adota uma abordagem dedutiva, utilizando fontes de documentação indireta e pesquisa bibliográfica que abrangem a temática em questão. A análise realizada conclui que o respeito aos conhecimentos tradicionais é fundamental para a construção de um futuro sustentável. Essa perspectiva une justiça social à preservação da biodiversidade, reforçando que o reconhecimento e a valorização dos saberes locais devem prevalecer no diálogo com as tecnologias emergentes. Os resultados deste estudo sugerem que a implementação efetiva de protocolos comunitários pode fortalecer as comunidades tradicionais, garantindo que suas vozes sejam ouvidas e seus direitos respeitados. Conclui-se que a interseção entre direitos culturais e inovações tecnológicas deve ser cuidadosamente mediada para promover um desenvolvimento que respeite tanto a cultura quanto a biodiversidade.
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