Dinâmicas ocupacionais dos jovens rurais de um assentamento de reforma agrária na Amazônia Legal brasileira

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26767/coloquio.v21i3,%20jul./set..3190

Resumo

O artigo objetiva compreender as dinâmicas ocupacionais dos jovens rurais do assentamento de reforma agrária Carajás Tamboril, no município de Marabá-PA, Amazônia Legal brasileira, a fim de refletir sobre a sucessão geracional e a migração como estratégias de autonomia individual e reprodução coletiva no contexto regional. Os dados foram coletados por meio de 45 entrevistas com jovens rurais vinculados ao assentamento e, complementarmente, por meio de 16 entrevistas com informantes-chave. As famílias do assentamento experienciam dificuldades de subsistência por meio da produção agrícola, sendo recorrente a estratégia de pluriatividade e a dependência de previdência social e de programas de transferência de renda. Nesse contexto, os jovens configuram 4 dinâmicas ocupacionais: 1) os que projetam permanecer no assentamento e atuar como agricultores; 2) os que projetam sair do assentamento e exercer outras profissões; 3) os que residem e trabalham na vila anexa ao assentamento; e 4) os que migraram para áreas urbanas e exercem outras profissões. Apenas a minoria dos jovens rurais (6,67%) apresenta projetos de vida que perpassam pela sucessão geracional como estratégia de autonomia individual e reprodução coletiva. Dadas as precariedades experienciadas pelos jovens rurais na Amazônia Legal brasileira no intento de criar condições de vida e trabalho satisfatórias e de viabilizar a transição para a vida adulta no contexto dos assentamentos de reforma agrária, este estudo reclama atenção dos agentes e instituições de desenvolvimento regional para a elaboração/implementação de ações específicas para os jovens rurais com vistas à construção de possibilidades de permanência no campo.

Biografia do Autor

Laila Mayara Drebes, Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (UNIFESSPA).

Doutorado em Extensão Rural (UFSM). Professora do Programa de Pós-Graduação em Dinâmicas Territoriais e Sociedade na Amazônia (PDTSA), da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (UNIFESSPA) e da Faculdade de Educação do Campo (Fecampo).

Tâmara Karime Lima dos Santos, Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (UNIFESSPA).

Mestrado em Dinâmicas Territoriais e Sociedade na Amazônia (PDTSA) da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (UNIFESSPA).

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2024-09-25

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Artigos