Determinantes da mulher chefe de familia brasileira: uma análise rural, urbana e regional

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26767/coloquio.222025.2926

Resumo

Este trabalho investiga as características da mulher chefe de família do Brasil, nas áreas rurais e urbanas das cinco regiões do Brasil, usando como base o ano de 2015 em comparação ao ano de 2005. Os microdados utilizados são oriundos da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios(PNAD), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).Usou-se como metodologia a função de regressão logit. As situações foram analisadas para a variável mulher chefe de família. Os resultados revelam as mudanças ocorridas na estrutura familiar,em que se destaca a mulher como pilar econômico, embora ainda com pouca renda per capita, tornando-se evidente uma nova conjuntura familiar. Foram apontados distintos resultados  dependendo da região do país, mostrando o quão ecléticas podem ser essas mulheres, e como as mudanças socioeconômicas podem alterar as características sociais e econômicas. Em síntese, o trabalho mostra as características socioeconômicas definidoras da mulher enquanto provedora do lar.

Biografia do Autor

José Newton Pires Reis , Universidade Federal do Ceará (UFC).

Doutorado em Economia Agrária (USP). Professor do Programa de Pós-Graduação em Economia Rural da Universidade Federal do Ceará (UFC).

Edward Martins Costa , Universidade Federal do Ceará (UFC).

Professor do Programa de Pós-Graduação em Economia Rural da Universidade Federal do Ceará (UFC) e do Departamento de Economia Agrícola. 

Ivan de Oliveira Holanda Filho , Universidade Federal do Ceará (UFC).

Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Economia Rural da Universidade Federal do Ceará (UFC). 

Marcos Paulo Mesquita da Cruz, Universidade Federal do Ceará (UFC).

Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Economia Rural da Universidade Federal do Ceará (UFC).

Medna N’dami, Universidade Federal do Ceará (UFC).

Graduação em Agronomia na Universidade da Integração Internacional Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB). mednaveira@gmail.com

Referências

ALVES,J.E.D.A mulher na política, despatriarcalização e envelhecimento:o crescente poder das balzaquianas. Revista GÊNERO, Niterói,v.14, n.2,p. 51-66,2014.

ALVES,J.E.D.;CAVENAGHI,S.;CARVALHO, A.A.;SOARES,M.C.S.Meio século de feminismo e o empoderamento das mulheres no contexto das transformações sociodemográficas do Brasil. In:BLAY, E.AVELAR,L.(Orgs.):50 anos de feminismo:Argentina,Brasile Chile. São Paulo:EDUSP/FAPESP, 2017.

ALVES,J.E.D. Crise no mercado de trabalho,bônus demográfico e desempoderamento feminino. In: ITABORAI, N. R.; RICOLDI, A. M. (Org.). Até onde caminhou a revolução de gênero no Brasil? BeloHorizonte: ABEP, 2017.

ARANHA,M.L.Filosofia da educação. 2.ed.SãoPaulo:Moderna,1996.

ÁVILA, Maria Betânia; FERREIRA, Verônica. Trabalho produtivo e reprodutivo nocotidiano das mulheres brasileiras. In: ÁVILA, Maria B.; FERREIRA, Verônica (Org.).Trabalho remunerado e trabalho doméstico no cotidiano das mulheres. SOS CORPOInstitutoFeministaParaa Democracia.Recife:InstituoPatríciaGalvão,2014.

BARROS,R.P.;FOX,L.;MENDONÇA,R.Pobreza e domicílios chefiados por mulheres .In:SEMINÁRIONACIONALPOLÍTICASECONÔMICAS, POBREZAETRABALHO,2.,1994. Anais...Rio deJaneiro:IPEA, 1994. p.79-85.

BARTHOLO, L.; ARAÚJO, L. R. C. Em busca das famílias reconstituídas: mapeamento dos arranjos familiares da população brasileira de baixa renda por meio do Cadastro Único de Programas Sociais.Caxambu:ABEP, 2008.

BARTHOLO, L.; PASSOS, L.; FONTOURA, N. Bolsa Família, autonomia e equidade degênero:o que indica nas pesquisas nacionais? RiodeJaneiro:Ipea,2 017.

BERQUÓ, E.; CAVENAGHI, S.M. Oportunidades e fatalidades: um estudo demográficodas pessoas que moram sozinhas. In: ENCONTRO NACIONAL DE ESTUDOSPOPULACIONAIS,6.,1998,Olinda/PE.Anais...,Olinda/PE:ABEP,1988.

BERQUÓ,E.;OLIVEIRA, M.C. Família no Brasil: análise demográfica e tendências recentes.Ciências Sociais Hoje.São Paulo:Vértice/ANPOCS, 1990.p.30-64.

BILAC, E. D. Gênero, vulnerabilidade das famílias e capital social: algumas reflexões. In:CUNHA, J. M. P. (Org.). Novas metrópoles paulistas. População, vulnerabilidade esegregação.Campinas:UNICAMP/Nepo,2006. p. 51-65

BRITO, F. A transição demográfica no Brasil: as possibilidades e os desafios para a economia e a sociedade.MinasGerais:Cedeplar, 2007.

CAMARANO, A. A.; FERNANDES, D. Mudanças nos arranjos familiares e seu impacto nas condições de vida:1980 e 2010. SãoPaulo, 2017.

CAMARANO, A. A. (Org.). Novo regime demográfico: uma nova relação entrepopulaçãoedesenvolvimento?Rio de Janeiro:Ipea,2014.

CARDOZO,M.M.;PERETTI,R.M.P.Odesenvolvimento da família e anova condição da mulher na sociedade capitalista.Londrina, 2010.

CARVALHO, R. E. Educação Inclusiva: com os pingos nos “is”. Porto Alegre:Mediação, 2004.

CARVALHO,R.E.Temasemeducaçãoespecial.Riode Janeiro:WVA,1998.

CAVENAGHI, S. M.; ALVES, J. E. D. Domicilios y familias en la experiencia censal delBrasil: cambios y propuesta para identificar arreglos familiares. Santiago de Chile, Notas de Población, 92, 2011. p. 15-45.

CAVENAGHI,S.ALVES,J.E.D.Mulheres chefes d efamília no Brasil:avanços e desafios.Rio de Janeiro :ENS-CPES, 2018. 20p. (EstudossobreSeguro,nº32).

DUFLO,E.;GREENSTONE,M.;PANDE,R.;RYAN,N.O que a reputação compra? Diferenciação em um mercado para auditores externos. American economicreview.v.103, n. 3, p. 314-319. 2013.

FARIAS, C. C.; ROSENVALD, N. Curso de Direito Civil: direito das famílias. 4. ed.Salvador:EditoraJusPODIVM. 2012.

FEITOSA, L.C. Gênero e sexualidade no mundo romano: a Antiguidade em nossos dias.História.Questões&Debates,Curitiba,n.48-49,p.119-135,2008.

GREENE,W.H.Econometric Analysis.7.ed.NovaYork:Pearson,p.1238.2012.

HAIR. Jr.; J. F. et al. Multivariate data analysis with readings. Nova Jérsei: EnglewoodCliffs,Prentice-Hall. 1998.

HOSMER, D. W. Jr.; LEMESHOW, S. Applied logistic regression. New York: Wiley,1989. 382p.

INSTITUTOBRASILEIRODEGEOGRAFIAEESTATÍSTICA(IBGE).Pesquisa Nacional por Amostra em Domicílio–PNAD2015.RiodeJaneiro:IBGE,2016.Disponível em:.Acessoem:20de setembrode 2019.

INSTITUTOBRASILEIRODEGEOGRAFIAEESTATÍSTICA(IBGE).Pesquisa Nacional por Amostra emDomicílio–PNAD2005.Rio de Janeiro:IBGE,2008.Disponível em:.Acessoem:20de setembrode2019.

LONG,J.S.; FREESE,J.;Regression models for categorical dependent variable susingstata. 2. ed. StataPress, 2006.

LOURO, G. L. Um corpo estranho: Ensaios sobre sexualidade e teoria queer. Belo Horizonte:Autêntica, 2004.

LOURO,G.L.Gênero, sexualidade e educação: uma perspectiva pós- estruturalista. Petrópolis,RJ:Vozes,2008.

MARIANO,S. A.;CARLOTO,C. M. Gênero e combate à pobreza:ProgramaBolsaFamília.EstudosFeministas,v.7, n.3, p.901-908, 2009.

MELO, H. P.; SABBATO, A. Mulheres rurais: invisíveis e mal remuneradas. In: Ministériodo Desenvolvimento Agrário. Gênero, agricultura familiar e reforma agrária noMercosul.Brasília:MDA/Nead, 2006. p.47-87.

MELO, H. P.; SABBATO, A. O feminino no mundo rural: um olhar pela PNAD/IBGE.CONGRESSO BRASILEIRO DE ECONOMIA E SOCIOLOGIA RURAL, 38, e WORLD CONGRESSOF RURAL SOCIOLOGY,10.Anais. Riode Janeiro:SOBER,2000.

MENDES, E. G. Perspectivas para a construção da escola inclusiva no Brasil. In:PALHARES, M. S.; MARINS, S. C. Escola inclusiva. São Carlos: EdUFSCar, 2002. p.61-85.

MENDES, M. A. Mulheres chefes de família: a complexidade e ambiguidade da questão.In:ENCONTRO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ESTUDOS POPULACIONAIS, 13.Anais...OuroPreto,MG,2002.Disponívelem:<http://www.abep.nepo.unicamp.r/docs/anais/pdf/2002/GT_Gen_ST38_Mendes_texto.pdf>.Consultado em:20 set.2019.

MEDEIROS, M.; OSÓRIO, R. Arranjos domiciliares e arranjos nucleares no Brasil:classificação e evolução de 1977 a 1998. Brasília: IPEA, 2001. (Texto para Discussãon. 788.).

MONTALI, L. Família, trabalho e desigualdades no início do século XXI. Revista Brasileira de Sociologia. v.2. n. 4,p.109-134. 2014.

OLIVEIRA,I.B.O Currículo como criação cotidiana.Petrópolis,RJ:DPetAlli,2012.

PACHECO, L. P. B. Mulheres pobres e chefes de família. 2005. Tese (Doutorado emPsicossociologia de Comunidades e Ecologia Social) – Universidade Federal do Rio deJaneiro, Rio deJaneiro, 2005.

PINTO,R.M.F.etal. Condição feminina de mulheres chefes de família em situação e vulnerabilidade social.Serviço Social & Sociedade, n.105,p.167-179,2011.

RIBEIRO, D. A. M.; MARIANO, N. A.; LOPES, S. O. B. Família monoparental feminina:um olhar sobre as mulheres chefe de família referenciadas no cras de um município de pequeno porte.Revista Saber acadêmico, v.17, n.1/2,jan./dez. 2014.

SARTI, C. A. A família como espelho: um estudo sobre a moral dos pobres. 7 ed. SãoPaulo:Cortez, 2011.

SANTOS, A. T. Famílias chefiadas por mulheres: permanências e rupturas com astradicionais concepções de gênero. In: SEMINÁRIO INTERNACIONAL FAZENDOGÊNERO 8 –CORPO, VIOLÊNCIA E PODER. Anais... Florianópolis, Santa Catarina,2008. Disponível em: <http://www.fazendogenero.ufsc.br/8/sts/ST34/Aline_Tosta_dos_Santos_34.pdf>.Acessoem:252019.

SANTOS,F.A.S. A. Monoparentalidade e resiliência:um estudo com mulheres chefes de família em situação de baixa renda. In: ENCONTRO NACIONAL DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PSICOLOGIA SOCIAL (ABRAPSO),16.Anais...Recife,2011.

Disponívelem:https://www.encontro2011.abrapso.org.br/trabalho/view?q=YToyOntzOjY6InBhcmFtcyI7czozNjoiYToxOntzOjExOiJJRF9UUkFCQUxITyI7czo0OiIxNzIwIjt9IjtzOjE6ImgiO3M6MzI6ImQzZTI2NTAwYTFiYmM1MjQ2OTNkNzMwNTExNGIzZjJhIjt9.Acessoem:28set.2019.

SORJ, B. Trabalho remunerado e trabalho não remunerado. In: VENTURI, Gustavo;RECAMÁN,Marisol;OLIVEIRA,Suelyde.(Org.).A mulher brasileira nos espaços público e privado.São Paulo:EditoraFundação PerseuAbramo, 2004.

Downloads

Publicado

2025-06-30

Edição

Seção

Artigos