A cadeia de suprimentos e a competitividade das empresas do arranjo produtivo local do biscoito de São Tiago-MG

Autores

  • Leandro Eduardo Vieira Barros
  • Antônio Cleber da Silva
  • Paulo Lúcio de Lacerda
  • Maria Clara Ferreira

DOI:

https://doi.org/10.26767/1807

Resumo

O município de São Tiago-MG, por concentrar unidades produtoras de biscoito, foi reconhecido como Arranjo Produtivo Local (APL) pela Secretaria Extraordinária de Desenvolvimento Integrado e Fóruns Regionais, do estado de Minas Gerais. Nesse contexto, o objetivo deste artigo é descrever a cadeia de suprimentos e a relação entre as empresas do arranjo produtivo local do município de São Tiago, de forma a compreender esse APL. Para tal fim, utilizou-se de um questionário para obtenção de dados primários. Para a análise dos dados quantitativos, foi utilizada estatística descritiva e estatística multivariada com aplicação da técnica de análise fatorial. Os resultados apontam que a cadeia principal de suprimentos apresenta condições adequadas para a produção de biscoito, porém a cadeia secundária apresenta limitações sobre alguns aspectos. Detectou-se que as relações entre as empresas do aglomerado são caracterizadas pela competição. Em conclusão, são apresentadas as limitações da pesquisa e sugestões para futuras pesquisas, bem como para o APL e aos órgãos governamentais.

Referências

AMARAL, MARCOS EDUARDO MONTEIRO. Vantagem Competitiva de empresas localizadas em Arranjos Produtivos Locais: um estudo teórico. In: Congresso Nacional de Excelência em Gestão. p. 1-21, 2013.

BALESTRIN, Alsones; VERSCHOORE, Jorge Renato; REYES JUNIOR, Edgar. O campo de estudo sobre redes de cooperação interorganizacional no Brasil. Revista de Administração Contemporânea, v. 14, n. 3, p. 458-477, 2010.

BARNEY, Jay B.; HESTERLY, William. Economia das organizações: entendendo a relação entre as organizações e a análise econômica. HANDBOOK de estudos organizacionais. São Paulo: Atlas, v. 3, p. 131-179, 2004.

BRASIL. Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Secretaria do Desenvolvimento da Produção. Departamento de Micro, Pequenas e Médias Empresas. Departamento de Competitividade e Tecnologia. Manual de Atuação em Arranjos Produtivos Locais, 2011.

BRITTO, Jorge. Cooperação interindustrial e redes de empresas. In: KUPFER, D.; HASENCLEVER, L. (Org.). Economia industrial: fundamentos teóricos e práticas no Brasil. Rio de Janeiro: Campus, p.345-388, 2002.

CHOPRA, Sunil; MEINDL, Peter. Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos: Estratégia, Planejamento e Operação. In: Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos: Estratégia, Planejamento e Operação. 2003.

COLLIS, J.; HUSSEY, R. Pesquisa em administração: um guia prático para alunos de graduação e pós-graduação. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2005.

CORRÊA, Dalila Alves; GASTALDON, Osvaldo. Análise da competitividade de arranjos produtivos locais por meio do modelo diamante: uma revisão teórica. Revista de Ciência & Tecnologia, v. 16, n. 32, p. 85-100, 2009.

CZERNEK, Katarzyna; CZAKON, W. Trust-building processes in tourist coopetition: The case of a Polish region. Tourism Management, v. 52, p. 380-394, 2016.

FLORIAN, Fabiana; LORENZO, Helena Carvalho de. Território e ambiente institucional: o arranjo produtivo local (APL) “Bordados de Ibitinga-SP”. Revista Brasileira de Gestão e Desenvolvimento Regional, v. 4, n. 4, p. 25-53, 2008.

FURTADO, C. Raízes do subdesenvolvimento. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.

HAIR, Joseph F. et al. Análise multivariada de dados. Bookman Editora, 2009.

HANSEN, Peter Bent; OLIVEIRA, Leonardo Rocha de. Proposta de Modelo para Avaliação Sistêmica do Desempenho Competitivo de Arranjos Produtivos–O Caso do Arranjo Coureiro-Calçadista do Vale dos Sinos (RS-Brasil). Produto & Produção, v. 10, n. 3, p. 61-75, 2009.

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. IBGE Cidades. Disponível em: <https://cidades.ibge.gov.br/brasil/mg/sao-tiago/panorama> Acesso: 15/01/2020.

IPIRANGA, Ana Sílvia Rocha; AMORIM, Mônica Alves; FARIA, Maria Vilma Coelho Moreira. Tecnologia social de mobilização para arranjos produtivos locais: uma proposta de aplicabilidade. Cadernos Ebape.BR, v. 5, n. 3, p. 1-23, 2007.

JUSTEN, Gelciomar S.; SOUZA, Mariluce P. de. Estruturas de governança no arranjo produtivo local (APL) da castanha-da-amazônia no estado do Acre. Revista Brasileira de Gestão e Desenvolvimento Regional, v. 13, n. 3, p. 252-275, 2017.

KWASNICKA, Eunice Lacava; ZACCARELLI, Sérgio Baptista. A Competitividade e Racionalidade de um Cluster Industrial. Revista de Administração da UNIMEP, v. 4, n. 2, p. 1-17, 2006.

LACOSTE, Sylvie. “Vertical coopetition”: The key account perspective. Industrial Marketing Management, v. 41, n. 4, p. 649-658, 2012.

LEITE, Caio César Lemes et al. A LOGÍSTICA E A GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS: um estudo de caso em uma empresa da região do sul de Minas Gerais. Revista da Universidade Vale do Rio Verde, v. 15, n. 1, p. 676-688, 2017.

LUCCA, Emerson Juliano; TRENNEPOHL, Dilson. Perspectivas de mercado para as empresas do APL Pós-Colheita Panambi e Condor na ampliação da capacidade de armazenagem. COLÓQUIO - Revista do Desenvolvimento Regional, v. 13, n. 2, p. 65-83, 2016.

MACADAR, Beky Moron de. A inserção do Arranjo Produtivo Local (APL) moveleiro de Bento Gonçalves na cadeia produtiva de madeira e móveis. Ensaios FEE, v. 28, n. 2, 2007.

MACHADO, Santana; COSTA, Francisco Mendes; PÓLVORA, Alana Brito. Arranjo produtivo na produção do chocolate no município de Ilhéus: análise swot relacionada ao desenvolvimento local. Caribeña de Ciencias Sociales, n. noviembre, 2018.

MAGNAVITA, Waldemar. M. M.; BORIN, Elaine. C. P.; TERRA, Mariza. A. B. A mídia no desenvolvimento dos Arranjos Produtivos Locais: APL de moda praia de Cabo Frio. Revista Espacios, vol 32, nº 3, 2011.

MARINI, Marcos Junior; SILVA, Christian Luiz da. A mensuração do potencial interno de desenvolvimento de um Arranjo Produtivo Local: uma proposta de aplicação prática. URBE. Revista Brasileira de Gestão Urbana, v. 6, n. 2, p. 236-248, 2014.

MARÔCO, João Paulo. Análise Estatística - Com Utilização do SPSS. 2ª impr. Lisboa: Edições Silabo Lda, 2010.

MASQUIETTO, Clayton Daniel; SACOMANO NETO, Mário; GIULIANI, Antônio Carlos. Identificação de arranjos produtivos locais: o caso do arranjo produtivo local do álcool de Piracicaba. Gestão & Regionalidade, v. 26, n. 77, p. 75-87, 2010.

MENDONÇA, Fabrício Molica et al. Condicionantes territoriais para formação, desenvolvimento e estruturação de arranjos produtivos locais: Um estudo comparativo em APLs de confecção do Estado de Minas Gerais. RAI Revista de Administração e Inovação, v. 9, n. 3, p. 231-256, 2012.

MTE. Ministério do Trabalho e Emprego. RAIS/CAGED: Perfil municipal. Disponível em: <http://bi.mte.gov.br/bgcaged/caged_perfil_municipio/index.php> Acesso em: 15/01/2020.

MYTELKA, Lynn.; FARINELLI, Fulvia. De aglomerados locais a sistemas de inovação. In: LASTRES, H.M.M.; CASSIOLATO, J.E.; ARROIO, A. (Org.) Conhecimento, sistemas de inovação e desenvolvimento. Rio de Janeiro. UFRJ/Contraponto, 2005.

NALEBUFF, B.; BRANDENBURGER, A.; MAULANA, A. Co-opetition. London: HarperCollinsBusiness. 1996.

OLIVEIRA, Gilson. B. de. Uma discussão sobre o conceito de desenvolvimento. Revista da FAE, Curitiba, v. 5, n. 2, p. 37-48, 2002.

PESÄMAA, Ossi; HAIR JR, Joseph F. Cooperative strategies for improving the tourism industry in remote geographic regions: An addition to trust and commitment theory with one key mediating construct. Scandinavian Journal of Hospitality and Tourism, v. 8, n. 1, p. 48-61, 2008.

PORTER, M. A vantagem competitiva das nações. In: PORTER, M. Competição: estratégias competitivas essenciais. Rio de Janeiro: Campus, p. 167-208, 1999.

PORTER, M. Como as forças competitivas moldam a estratégia. In: MONTGOMERY, C. A.; PORTER, M. Estratégia: a busca da vantagem competitiva. Rio de Janeiro: Campus, p.11-27, 1998. p.

PRIETO, Evandro; LAURINDO, Fernando José Barbin; DE CARVALHO, Marly Monteiro. Alinhamento entre a estratégia do negócio e a gestão do relacionamento com o cliente: caso de uma empresa de telefonia. Revista Produção Online, v. 7, n. 2, p. 30-42, 2007.

Project Management Institute, editor. Um guia do conhecimento em Gerenciamento de Projetos (Guia PMBOK). Project Management Institute, 2017.

RESENDE, Paula C; SOARES, Suelem C; DIAS, Gabriella M; SILVA, Gustavo M. Proposição de um sistema de medição de desempenho para fábricas de biscoitos tradicionais em São Tiago (MG). Anais. XXXII Encontro Nacional de Engenharia de Produção. Bento Gonçalves, 2012.

RODRIGUEZ, Thais Helena P. T. Troca de conhecimento e ações conjuntas em um arranjo produtivo local (APL) de eventos da região do ABC. Dissertação (Mestrado em Administração) – Universidade Municipal de São Caetano do Sul. São Caetano do Sul. 2014.

PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO TIAGO. São Tiago conquista certificado de Arranjo Produtivo Local. 2018. Disponível em: <http://saotiago.mg.gov.br/noticia/12188#inicio_noticia> Acesso em 12/10/2018.

SAMPAIO, Gustavo Cristiano; MARINI, Marcos Junior; SANTOS, Gilson Ditzel. Capital Social e Ações Conjuntas: um estudo de caso no Arranjo Produtivo de vinhos de altitude catarinense. Revista de Economia e Sociologia Rural, v. 56, n. 4, p. 605-622, 2018.

SANTOS, Luciano. D. Concorrência e cooperação em arranjos produtivos locais: o caso do polo de informática de Ilhéus/BA. Dissertação (Mestrado em Economia) - Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2005.

SCHMITZ, Hubert; NADVI, Khalid. Industrial clusters in developing countries-clustering and industrialization: Introduction. World Development, v. 27, n. 9, p. 1503-1514, 1999.

SEBRAE. Serviço Brasileiro de apoio à Micro e Pequena Empresa. Termo de referência para atuação do SEBRAE em APLs. Brasília, 2003.

TAKEDA, Yoshiyuki et al. An analysis of geographical agglomeration and modularized industrial networks in a regional cluster: A case study at Yamagata prefecture in Japan. Technovation, v. 28, n. 8, p. 531-539, 2008.

VIEIRA, Ariana Martins. Proposta de diretrizes para desenvolvimento coletivo de melhoria contínua em micro, pequenas e médias empresas de arranjos produtivos locais. 2011.

VIEIRA, Paulo Gonçalves Lins et al. Barreira à entrada regulatória e o cooperativismo de crédito no Brasil. 2016.

Downloads

Publicado

2020-10-01

Edição

Seção

Artigos