O que pensam, o que dizem, o que sentem, as estudantes do programa Jovem Aprendiz? Um discurso sobre gênero
Resumo
O estudo apresenta como objetivo geral, analisar as percepções, comportamentos e vivências das estudantes participantes do programa jovem aprendiz, referente as aprendizagens e inserção no mercado de trabalho, em uma instituição privada de educação profissional. Os teóricos norteadores do estudo foram: Louro (2000), Butler (2019), Scott (1995), entre outros que auxiliaram na compreensão das análises de gênero e de temas afins. Trata-se de um estudo metodológico qualitativo, com estudo de caso. Os instrumentos utilizados para a coleta de dados foram: entrevista semiestruturada aplicada com 03 alunas inscritas no programa jovem aprendiz, com idades entre 14 e 24 anos. Os resultados foram analisados com base na análise de conteúdo proposta por Bardin (2016). A partir dos resultados observou-se, nas falas das alunas, suas perspectivas em relação a sua inserção no mercado de trabalho, seus sonhos e desafios. Evidenciou-se a falta de políticas públicas que favoreçam melhores oportunidades aos jovens.
Referências
ABRAMO, L. A inserção da mulher no mercado de trabalho: uma força de trabalho secundária? Tese (Doutorado). Programa de Pós-graduação em Sociologia - Universidade de São Paulo (USP). 2007.
ABRAMO, L. Trabalho decente e juventude no Brasil: a construção de uma agenda. Instituto de Pesquisa Econômica Aplicadan (IPEA): Boletim Mercado de Trabalho, n. 55, ago/2013.
ABRAMOVAY M.; CASTRO, M. Ser jovem no brasil hoje: políticas e perfis da juventude brasileira. Cadernos Adenauer XVI, [S.l.] n.1, v.1, 2015
ANDRADE, C.; ARAÚJO, J. A dupla desvantagem da mulher com deficiência no mercado de trabalho. Revista Âmbito Jurídico. [S.l.], n. 141, v. 19, out., 2015.
BARDIN. L. Análise de Conteúdo. São Paulo: Edições 70, 2016.
BRUSCHINI. C. Trabalho da mulher; igualdade ou proteção? Caderno de Pesquisas. [S.l.], v.61, mai., 1981.
BURIN. M. Género y salud mental: construcción de la subjetividad femenina y masculina. (Online). 2010. Disponível em: <http://dspace.uces.edu.ar:8180/xmlui/handle/123456789/1529>. Acesso em: 17 set. 2021.
BRASIL. Lei nº 13.146 de julho 2015. dispões sobre: Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm>. Acesso em: 04 de Jul 2021.
BUTLER. J. Problemas de gênero: Feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2019.
CAPPELLE. M. et al. Uma Análise da Dinâmica do Poder e das Relações de Gênero no Espaço Organizacional. RAE-eletrônica, v. 3, n. 2, jul./dez. 2004.
CAVALHEIRO, F. Produção científica sobre teto de vidro: análise bibliométrica na base de dados do google acadêmico entre os anos 2010 a 2018. Monografia (Trabalho de Conclusão de curso). Universidade Federal da Fronteira Sul, Cerro Largo, 2019.
COELHO, D. Ascensão profissional de homens e mulheres nas grandes empresas brasileiras. (Online). 2014. Disponível em: <https://www.researchgate.net/publication/260400727>. Acesso em: 14 jul. 2021.
DAVIS, A. Mulheres, raça e classe. São Paulo: Boitempo. 2016.
FERNANDEZ, B. Teto de vidro, piso pegajoso e desigualdade de gênero no mercado de trabalho brasileiro à luz da economia feminista: por que as iniquidades persistem? Cadernos de Campo: Revista de Ciências Sociais. Araraquara, v.26, Movimentos sociais econômicos na contemporaneidade: teoria e experiências, p.79-103, jan/jun., 2019.
FOUCAULT, M. Herculine Barbin: o diário de uma hermafrodita. Rio de Janeiro: F. Alves, 1982.
GUTIERREZ, Felipe. Desigualdades de salários entre homens e mulheres mais que dobra em 12 anos. Folha de São Paulo. (Online). 2005. Disponível em: <http://classificados.folha.uol.com.br/empregos/2015/05/1632713-diferenca-de-salario-de-admissao-de-homens-e-mulheres-aumenta.shtml/>. Acesso em: 13 jul. 2021.
IBGE. Estatísticas de gênero: responsabilidade por afazeres afeta inserção das mulheres no mercado de trabalho. Disponível em: <https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/20232-estatisticas-de-genero-responsabilidade-por-afazeres-afeta-insercao-das-mulheres-no-mercado-de-trabalho>. Acesso em: 10 out. 2021.
KILOMBA. G. Memórias da plantação: episódios de racismo cotidiano. Rio de Janeiro: Cobogó, 2019
LOPES, E.; TEIXEIRA, A.; FILHO, L.; VEIGA, C. 500 anos de educação no Brasil. Belo Horizonte: Autêntica, 2000.
LATTANZIO, F.; RIBEIRO, P. Nascimento e primeiros desenvolvimentos do conceito de gênero. Psic. Clin, Rio de Janeiro, v. 30, n.3, p. 409-425, set./dez., 2018.
LOURO, G.L. O corpo educado pedagogias da sexualidade. Belo Horizonte: Autêntica, 2000.
LOURO, G.L. Gênero, sexualidade e educação: uma perspectiva pós-estruturalista. Petrópolis: Vozes, 1997
LOURO, G.L. Um corpo estranho: ensaios sobre a sexualidade e teoria queer. Belo Horizonte: Autêntica, 2008.
LUGONES, M. Rumo a um feminismo descolonial. Estudos Feministas, Florianópolis, v.22, n.3, set./dez., 2014.
NORONHA, A.; RUEDA, F.; BARROS, M.; RAAD, A. Estudo transversal com estudantes de psicologia sobre conceitos de avaliação psicológica. Psicologia Argumento, v.27, n.56, p. 77-86, 2009.
OIT – Organização Internacional do Trabalho. ABC dos direitos das mulheres trabalhadoras e igualdade de género, 2007.
OIT - Organização Internacional do Trabalho. Transições da escola para o mercado de trabalho de mulheres e homens jovens no Brasil. Work4Youth Série de publicações, n. 25, 2014.
OIT – Organização Internacional do Trabalho. Igualdade de gênero e raça no trabalho: avanços e desafios, 2010.
OLIVEIRA, T. A empregabilidade da mulher com deficiência. In: XXII ENANGRAD, São Paulo, 2011. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/273693949. Acesso em: 04 Jul 2021.
PENA. M. Revolução de 30, a família e o trabalho feminino. Caderno de Pesquisas, v.37, mai., 1981.
SANTOS, C.; TANURE, B; NETO, A. Mulheres executivas brasileiras: o teto de vidro em questão. Revista Administração em Diálogo. São Paulo: RAD, v.16, n. 3, Set//Dez., 2014, p. 56-75.
SANTOS, V. Trabalho (do) menor: os sentidos do trabalho para o aprendiz. Dissertação (Mestrado). Belo Horizonte, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC/MG), 2019.
SCOTT, J. Gênero: uma categoria útil para análise histórica. Educação & Realidade. Porto Alegre, v. 20, n. 2, p. 71-99, jul./dez., 1995.
SEGATO. R. Série antropologia 236 os percursos do gênero na antropologia e para além dela. (Online). 1998. Disponível em: <http://www.clam.org.br/bibliotecadigital/uploads/publicacoes/1083_588_SEGATO-Rita-Laura-Os-percursos-do-genero-na.pdf>. Acesso em: 26 abr. 2021.
SILVA, J.M. Geografias subversivas: discurso sobre espaço, gênero e sexualidade. Ponta Grossa: Todapalavra, 2009.
SILVA. K.; SILVA, D.R. Que país é este. Contextualizando a história sobre o papel da mulher na sociedade: um discurso sobre gênero. In: SEFIC 2020. Universidade LA Salle. Disponível em: <https://anais.unilasalle.edu.br/index.php/sefic2020/article/view/2109/2173/>. Acesso em 27 ago. 2021.
UNESCO. Juventude no Brasil. (Online). 2021. Disponível em: <https://pt.unesco.org/fieldoffice/brasilia/expertise/youth-brasil>. Acesso em: 08 de mai. 2021.
VAZ, D. O teto de vidro nas organizações públicas: evidências para o Brasil. Economia e Sociedade, Campinas, v.22, n.3, p.765-790, 2013.