VER PARA CRER? RETÓRICA DA IMAGEM BARTHESIANA E LITERACIA VISUAL NA PUBLICIDADE

Autores

  • Paulo M. Barroso

Resumo

Este artigo revisita criticamente a semiologia da publicidade de Roland Barthes, analisando a retórica da imagem e os mecanismos de conotação ideológica na linguagem publicitária contemporânea. Defende-se que a alfabetização visual é uma estratégia essencial para uma consciência crítica na cultura do consumo, examinando ainda o papel da imagem na formação de opiniões e na difusão de ideologias, com estudo de casos de marcas globais. Partindo de uma abordagem teórica no âmbito da semiologia Barthesiana, o objetivo é: a) discutir a relevância e os efeitos socioculturais da retórica visual nas imagens publicitárias, entendendo-as como discursos que moldam modos de ver e agir sobre o público; e b) refletir sobre as repercussões dessa análise numa filosofia da imagem, em um contexto marcado pela cultura visual e pela desinformação digital. A proposta é problematizar o poder persuasivo da imagem, articulando crítica semiológica com os desafios da comunicação visual na era digital.

Referências

ARISTÓTELES. The Art of Rhetoric. Tradução de H. C. Lawson-Tancred. London: Penguin Classics, 2004.

Barthes, Roland. “The photographic message”. In Image, Music, Text, 15-31. Tradução de Stephen Heath. London: Fontana Press, 1977a.

___________. “Rhetoric of the image”. In Image, Music, Text, 32-51. Tradução de Stephen Heath. London: Fontana Press, 1977b.

___________. L’obvie et l’obtus. Paris: Éditions du Seuil, 1982a.

___________. Camera Lucida: Reflections on Photography. Tradução de Richard Howard. London: Hill & Wang, 1982b.

___________. The Semiotic Challenge. Tradução de Richard Howard. Oxford: Basil Blackwell, 1988.

DEBORD, Guy. The Society of the Spectacle. Tradução de Donald Nicholson-Smith. New York: Zone Books, 1995.

DELEUZE, Gilles. Cinema 2: L’Image-Temps. Paris: Les Editions de Minuit, 1985.

ECO, Umberto. La Struttura Assente. Milano: Bompiani. 1968.

___________. Semiotics and the Philosophy of Language. Bloomington: Indiana University Press. 1986.

FLUSSER, Vilem. Towards a Philosophy of Photography. London: Reaktion Books, 2006.

FULCHIGNONI, Enrico. La Civilisation de l’Image. Paris: Payot, 1969.

JOLY, Martine. A Imagem e os Signos. Tradução de José Eduardo Rodil. Lisboa: Edições 70, 2005.

LAUSBERG, Heinrich. Handbook of Literary Rhetoric. Tradução de Matthew Bliss, Annemiek Jansen and David Orton. Leiden: Brill, 1998.

PEIRCE, Charles. Collected Papers. (5 vols.) Cambridge, MA: Harvard University Press, 1978.

PERELMAN, Chaïm. L’Empire Rhétorique. Paris: Vrin, 1977.

PLATO. Phaedrus. Tradução de R. Hackforth. Cambridge: Cambridge University Press, 1997.

___________. Gorgias. Tradução de Walter Hamilton. London: Penguin Classics, 2004.

SARTORI, Giovanni. Homo Videns: Televisione e Post-Pensiero. Roma: Editori Laterza, 2011.

STIEGLER, Bernard. Technics and Time 2: Disorientation. Tradução de Stephen Barker. Stanford: Stanford University Press, 2009.

Downloads

Publicado

2025-12-19

Edição

Seção

Artigos