EXPERIÊNCIAS POÉTICO-EDUCATIVAS ENTRE O RIO DE JANEIRO E PELOTAS NAS DÉCADAS DE 1960 E 1970

Autores

  • Guilherme Susin Sirtoli
  • Giulianna Picolo Bertinetti

Resumo

Este artigo discute experiências em arte e educação em espaços urbanos abertos, aproximando cidadãos e cidade por meio de práticas desenvolvidas no período contracultural brasileiro. Para isso, analisam-se as seguintes proposições: a obra coletiva Divisor (1968), da artista brasileira Lygia Pape, a ação Apocalipopótese (1968) e os Domingos da Criação (1971), ocorridos nos jardins do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro em 1971, e o Dia da Criatividade, ação extensionista poético-educativa realizada em espaços urbanos abertos por discentes e docentes do Instituto de Letras e Artes da Universidade Federal de Pelotas, no sul do país. Compreendendo a arte como potencializadora de experiências formativas humanas, através da participação coletiva na construção de novas relações, capazes de ampliar a vivência urbana por meio da criação artística, reafirmando a inseparabilidade entre arte e vida.

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Publicado

2024-12-11