Análise de aspectos socioeconômicos de estabelecimentos agropecuários familiares sergipanos

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.26767/coloquio.v20i2,%20abr./jun..2611

Palabras clave:

Desenvolvimento Rural; Censo Agropecuário; Agricultura Familiar; Sergipe.

Resumen

O objetivo geral desta pesquisa consiste em analisar aspectos socioeconômicos dos estabelecimentos
agropecuários de Sergipe por meio dos censos agropecuários 2006 e 2017, buscando compreender as mudanças
em curso no meio rural desse estado. A pesquisa é de caráter quantitativo e se fundamenta em análise bibliográfica
e documental, com tratamento e análise de dados secundários, enfocando os dados dos censos agropecuários. No
que se refere à análise dos resultados, os dados quantitativos serão tratados por meio da estatística descritiva
ajustada a cada variável estudada. Como resultado, analisando os dados do censo agropecuário 2006 e 2017,
constata-se que em geral, a população rural de Sergipe está envelhecendo e que a escolaridade média aumentou
no meio rural. Quando analisados dados comparativos da agricultura familiar e não familiar, foi observado que a
agricultura familiar sergipana ainda se mantém persistente no estado, pois, apesar de ter uma redução no número
de estabelecimentos agropecuários e de pessoal ocupado no estado, os indicadores se mantêm maiores do que a
agricultura não familiar. Além disso, infere-se que houve aumento do número de estabelecimentos agropecuários
dirigidos por mulheres, bem como, aumento da diversificação de renda dos estabelecimentos da agricultura
familiar, demonstrando que pluriatividade está sendo uma estratégia de reprodução social.

Biografía del autor/a

Ana Paula Villwock, Universidade Federal de Sergipe (UFS)

Doutorado em Extensão Rural (UFSM). Professora da Universidade Federal de Sergipe (UFS).

 

Gabriel Costa, Universidade Federal de Sergipe (UFS)

Graduado em Agronomia (UFS).

Alessandra Matte, Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).

Doutorado em Desenvolvimento Rural (UFRGS). Professora da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UFTPR).

Citas

ABRAMOVAY, M; ROCICLEIDE da SILVA. As relações de gênero na Confederação Nacional de Trabalhadores Rurais (CONTAG). Trabalho e gênero: mudanças, permanências e desafios 34 (2000): 347-366.

ALVES, L. R.; LIMA, J. F.; PIFFER, M. Dinamismo setorial diferenciado no Oeste e Sudoeste do Paraná. Revista Brasileira de Estudos Regionais e Urbanos, v. 3, p. 128-153, 2009.

BALSAN, Rosane. Impactos decorrentes da modernização da agricultura brasileira. Campo-território: revista de geografia agrária, Uberlândia, v. 1, n. 2, p.123-151, ago. 2006.

CAMARANO, Ana Amélia; ABRAMOVAY, Ricardo. Êxodo rural, envelhecimento e masculinização no Brasil: panorama dos últimos 50 anos. 1999.

CARNEIRO, W. M. A. Pluriatividade na agricultura familiar. Fortaleza: Banco do Nordeste do Brasil, 2008 (Série Documentos do Etene, 22)

CASTRO, Elisa Guaraná de. Entre Ficar e Sair: uma etnografia da construção social da categoria jovem rural. Contra Capa, 2017.

CAZELLA, A. A.; CAPELLESSO, A. J.; MEDEIROS, M.; TECCHIO, A.; SENCEBÉ, Y. BURIGO, F. Políticas Públicas de Desenvolvimento Rural No Brasil: O dilema entre inclusão produtiva e assistência social. Política & Sociedade (Impresso), v. 15, p. 49-79, 2016.

CHRISTEN, R.S., NETTO, F. F. Sucessão, masculinização, envelhecimento e educação na agricultura familiar. qual a influência desses fatores no êxodo rural?. Instituto de Formação do Cooperativismo Solidário-Instituto Infocos, 1-15.

GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2009.

GRISA, C.; SCHNEIDER, S. Três Gerações de Políticas Públicas para a Agricultura Familiar e Formas de Interação entre Sociedade e Estado no Brasil. Revista de Economia e Sociologia Rural (Impresso), v. 52, p. 125-146, 2014.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA – IBGE. Censo Agropecuário 2017. Rio de Janeiro: IBGE, 2019.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA – IBGE. Censo Agropecuário 2006. Rio de Janeiro: IBGE, 2006. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Censo Agropecuário - 201. 2017. Resultados definitivos- Sergipe. Disponível em https://censoagro2017.ibge.gov.br/templates/censo_agro/resultadosagro/pdf/se.pdf, acessado em 17 de março de 2021.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Censo Agropecuário - 2017. 2017a. Coleta. https://censos.ibge.gov.br/agro/2017/coleta-censo-agro2017/estabelecimentos-censo-agro-2017.html/, acessado em 16 de março de 2021.

MAKOSKI-LOMBARDI, Sheila Priscila, et al. Desenvolvimento rural e gênero: a participação das mulheres na organização de um movimento social, o caso da Crabi PR. 2006.

MATTE, A. et al. Co-production of knowledge among rural women: paths to female recognition in rural areas. Sustentabilidade Em Debate, v. 12, p. 254-267, 2021. DOI: https://doi.org/10.18472/SustDeb.v12n2.2021.37700 MATTE, A.;

MACHADO, J. A. D. Tomada de decisão e a sucessão na agricultura familiar no sul do Brasil. Revista De Estudos Sociais, v. 18, n. 37, p. 130-151, 2017. DOI: 10.19093/res.v18i37.3981

MATTE, A.; SPANEVELLO, R. M.; ANDREATTA, T. Perspectivas de sucessão em propriedades de pecuária familiar no município de Dom Pedrito - RS. Holos (Natal), v. 1, p. 144-159, 2015. DOI: https://doi.org/10.15628/holos.2015.1964

NAVARRO, Zander Soares. Desenvolvimento rural no Brasil: os limites do passado e os caminhos do futuro", Revista Estudos Avançados, volume 15, 2001. PANNO, Fernando; MACHADO, João Armando Dessimon. Influências na decisão do jovem trabalhador rural partir ou ficar no campo. Desenvolvimento em Questão, 2014, 12.27: 264- 297.

PLOEG, J. D. Camponeses e a arte da agricultura. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2016.

PLOEG, J. D. van der; Sete teses sobre a agricultura camponesa. In: PETERSEN, P. (Org.). Agricultura familiar camponesa na construção do futuro. Rio de Janeiro: ASPTA, 2009. P 17-31.

SAVIAN, Moisés. Sucessão geracional:-se renda continuar agricultura familiar?. Revista Espaço Acadêmico , 2014, 14.159: 97-106. SCHMOELLER, S.; MATTE, A. PRONAF Mulher: uma forma de independência financeira e empoderamento da mulher. In: X Encontro Nacional da Anppas, 2021, Campinas, SP. Anais... Campinas, SP: ANPPAS, 2021. v. 1. DOI: http://dx.doi.org/10.29327/156421.1-24

SCHNEIDER, S., CONTERATO, M. A., SOUZA, M., ESCHER, F., SCARTON, L. M. e RUCKERT, L. Pluriatividade e plurirrendimentos nos estabelecimentos agropecuários do Brasil e das regiões Sul e Nordeste: uma análise a partir do Censo Agropecuário 2006. Brasília: IPEA, 2013. (Relatório de Pesquisa).

SCHNEIDER, Sérgio. Situando o desenvolvimento rural no Brasil: o contexto e as questões em debate. Revista de Economia Política, vol. 30, nº 3 (119), pp. 511-531, julhosetembro/2010.

SILVA, M. R. et al. Mulheres do Sertão: avaliação dos impactos do Pronaf Mulher para a autonomia feminina do semiárido cearense. In: CHACON, S. S.; NASCIMENTO, V. S.; LIMA JÚNIOR; J. F. (Org.). Participação, Protagonismo Feminino e Convivência com o Semiárido. Rio de Janeiro: Garamond, IABS, 2015. p. 11-34, 2015

SPANEVELLO, R. M. A (2008). A situação na transmissão do patrimônio na agricultura familiar. Em Fazendo Gênero 8, Corpo, violência e poder. Anais. UFSC: Florianópolis.

SPANEVELLO, R. M. et al. Perspectivas em relação ao destino do patrimônio entre agricultores familiares sem sucessores. In: Agronomia: jornadas científicas. Guarujá, SP: Editora Científica Digital, 2020, v. 2, p. 149-157.

SPANEVELLO, R. M.; MATTE, A.; BOSCARDIN, M. Crédito rural na perspectiva das mulheres trabalhadoras rurais da agricultura familiar: uma análise do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF). Polis (Santiago), v. 44, p. 1-15, 2016. DOI: http://dx.doi.org/10.4067/S0718-65682016000200018

SPANEVELLO, R.M. et al. Caracterização socioprodutiva de mulheres rurais no Noroeste do RS. Revista Grifos, v. 31, n. 57, set. 2022. DOI: https://doi.org/10.22295/grifos.v31i57.6695 TEIXEIRA, Gerson. O Censo Agropecuário 2017. Revista NECAT-Revista do Núcleo de Estudos de Economia Catarinense, 2019, 8.16: 8-39.

TEIXEIRA, Jodenir Calixto. Modernização da agricultura no Brasil: impactos econômicos, sociais e ambientais. Revista Eletrônica da Associação dos Geógrafos Brasileiros Seção Três Lagoas, 2005, 21-42.

VILLWOCK, Ana Paula Schervinski. As Estratégias de Renda dos Agricultores Familiares de Itapejara d’Oeste nos anos 2005 e 2010. Tese. (Doutorado em Extensão Rural). Programa de Pós Graduação em Extensão Rural. Universidade Federal de Santa Maria. Santa Maria. 2018.

WANDERLEY, Maria de Nazareth Baudel. O mundo rural como um espaço de vida: reflexões sobre a propriedade da terra, agricultura familiar e ruralidade. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2009.

WILKINSON, J. Os mercados não vêm mais do “Mercado”. In: MARQUES, F. C. et al. Construção de mercados e Agricultura familiar: desafios para o desenvolvimento rural. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2016.p. 53-73.

Publicado

2023-05-31

Número

Sección

Artigos