As percepções e limitações acerca do conceito de sustentabilidade: um estudo com agricultores familiares

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26767/coloquio.v19iesp1.2429

Palavras-chave:

Sustentabilidade, Agricultura Familiar, Agricultura Convencional, Percepção.

Resumo

Para alcançarmos a proposta de desenvolvimento sustentável é necessário que a sociedade considere a reformulação dos valores e percepções de forma a orientar as práticas ambientais, sociais e econômicas. Nessa busca por novos valores, também se torna imperativo a inclusão social participativa dos indivíduos, gerando discussões e reflexões acerca da construção da sustentabilidade. Nesse sentido, o presente trabalho teve como objetivo compreender qual a percepção dos agricultores familiares do município de Vitorino Paraná, sobre o conceito de sustentabilidade e práticas produtivas sustentáveis, contrapondo as práticas convencionais. Para alcançar o objetivo proposto foram realizadas entrevistas com os agricultores familiares do município. Como resultados, foi observado que a temática sobre a sustentabilidade não é de domínio dos agricultores familiares, pois muitos desconhecem o significado e a existência de práticas mais ecologicamente corretas, reproduzindo assim a agricultura convencional. Contudo, vê-se a necessidade de uma nova abordagem, onde sejam valorizados os saberes locais, indo contra o sistema de desenvolvimento homogêneo para a consolidação de um modelo que seja mais sustentável.

Biografia do Autor

Rebeca Ribeiro Traça, Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional da Universidade Tecnológica Federal do Paraná.

Mestrado em Desenvolvimento Regional (UTFPR). 

Cristiane Maria Tonetto Godoy, Bolsista Pós-doc do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional (UTFPR). 

Doutorado em Extensão Rural (UFSM). 

José Ricardo da Rocha Campos, Professor do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). 

Doutorado em Ciências, área de concentração Solos e Nutrição Mineral de Plantas (ESALQ/USP). 

Paulo Henrique de Oliveira, Professor do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).  

Doutorado em Fitotecnia (UFRGS). 

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Publicado

2022-03-15