Igualdade de gênero nas linguagens do cinema de animação
Resumo
O trabalho investiga representações de gênero numa produção cinematográfica animada. Indaga se ocorre a desconstrução de estereótipos femininos com o objetivo de alcançar a equidade dos gêneros. Utilizou-se como metodologia um estudo de caso, com revisão bibliográfica e um exame qualitativo apoiado numa análise fílmica de conteúdo. O objeto de estudo analisado foi o filme Moana - um mar de aventuras, produzido pela Walt Disney Animation Studios. Concluiu-se que o comportamento e as características empregadas para os personagens femininos e masculinos fogem dos modelos tradicionais do cinema sugerindo uma reflexão dos papéis de gênero na sociedade.Referências
ANCINE. Anuário Estatístico do Cinema Brasileiro 2016. Rio de Janeiro: Ancine, 2017a. Disponível em: <https://oca.ancine.gov.br/sites/default/files/cinema/pdf/anuario_2016.pdf>. Acesso em 10 out. 2017.
_______. Resultados Semanais do Cinema Brasileiro – Semana 13 (30 de março a 5 de abril de 2017). Rio de Janeiro: Ancine, 2017b. Disponível em: <http://oca.ancine.gov.br/sites/default/files/informe_semanal_-_semana_13_0.pdf>. Acesso em: 21 abr. 2017.
BARBOSA JÚNIOR, Alberto Lucena. Arte da animação. Técnica e estética através da história. 2. ed. São Paulo: Senac, 2005.
BEAUVOIR, Simone de. O segundo sexo – A experiência vivida. São Paulo: Difusão Européia do Livro, 1967.
BORDWELL, David. O cinema clássico hollywoodiano: normas e princípios narrativos. In: RAMOS, Fernão P. (Org.). Teoria contemporânea do cinema: documentário e narratividade ficcional. São Paulo: Senac, 2005. p. 277-302. v. 2.
BOURDIEU, Pierre. A dominação masculina. 11. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2012.
CHAVES JUNIOR, Cassimiro Carvalho. Arte, técnica e estética. 2009. (Dissertação Mestrado). Universidade Estadual de Campinas. Campinas. Disponível em: <http://repositorio.unicamp.br/jspui/handle/REPOSIP/283995>. Acesso em: 30 mar. 2017.
CHMIELEWSKI, Dawn C.; ELLER, Claudia. Disney restyles 'Rapunzel' to appeal to boys. Los Angeles Times, 2010. Disponível em: <http://articles.latimes.com/2010/mar/ 09/business/la-fi-ct-disney9-2010mar09>. Acesso em: 19 maio 2017.
DISNEY MOVIES. Moana. Disponível em: <http://movies.disney.sg/moana> Acesso em: 23 mai. 2017.
DISNEY PRINCESS. Dream Big, Princess. Disponível em: <http://princess.en.disneyme.com/>. Acesso em: 04 mai. 2017.
ENGELS, Friedrich. A Origem da Família, da Propriedade Privada e do Estado. 9. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1984.
FERNANDES, Wânia Ribeiro; SIQUEIRA, Vera Helena Ferraz de. O cinema como pedagogia cultural: significações por mulheres idosas. Rev. Estud. Fem., Florianópolis, v.18, n.1, p.101-120, 2010. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_ arttext&pid=S0104- 026X2010000100006&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 21 out. 2017.
GALEANO, Marina. Moana é a mais interessante das Princesas da Disney. Folha de São Paulo, São Paulo, 5 jan. 2017. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2017/01/1846990-moana-e-a-mais-interessante-das- princesas-da-disney.shtml>. Acesso em: 12 out. 2017.
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
GUBERNIKOFF, Giselle. A imagem: representação da mulher no cinema. Conexão – Comunicação e Cultura, UCS, Caxias do Sul, v. 8, n. 15, jan. /jun. 2009. Disponível em: <http://www.ucs.br/etc/revistas/index.php/conexao/article/view/113>. Acesso em: 17 out. 2017.
INSTITUDO PATRÍCIA GALVÃO. Dossiê Violência Contra As Mulheres. Disponível em: <http://www.agenciapatriciagalvao.org.br/dossie/>. Acesso em: 26 maio 2017.
KAMITA, Rosana Cássia. Relações de gênero no cinema: contestação e resistência.Rev. Estud. Fem., Florianópolis, v.25, n. 3, p. 1393-1404, set./dez. 2017 . Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-026X2017000301393&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 21 out. 2017
LOURO, Guacira Lopes. Gênero e sexualidade: pedagogias contemporâneas. Pro-Posições, Campinas, v. 19, n. 2, p. 17-23, mai./ago. 2008. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103- 73072008000200003&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 29 abr. 2017.
LOURO, Guacira Lopes. Gênero, sexualidade e educação: Uma perspectiva pós- estruturalista. Petrópolis, RJ: Vozes, 2003.
MEDEIROS, Theresa Chistina Barbosa de. O futuro do presente: a mídia audiovisual e a sociedade contemporânea na ficção científica do cinema de animação. 2011. 105 p. Dissertação (Mestrado em Estudos das Mídias) - Pós-Graduação em Estudos da Mídia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2011. Disponível em: <https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/16401>. Acesso em: 01 maio 2017.
MEYER, Dagmar Elisabeth Estermann. Gênero e educação: teoria e política. In: LOURO, Guacira Lopes; NECKEL, Jane Felipe; GOELLNER, Silvana Vilodre. (Org.). Corpo, gênero e sexualidade: um debate contemporâneo na educação. 7. ed. Petropolis: Vozes, 2011, v. 1, p. 9-27.
MOANA – Um mar de aventuras (Moana – The ocean is calling). Direção: John Musker e Ron Clement. Produção: Osnat Shurer. Califórnia: Walt Disney Pictures, 2016. 1 DVD (103MIN), Cor.
MORENO, Montserrat. Como se ensina a ser menina: o sexismo na escola. São Paulo: Moderna, 2003.
MURARO, Rose Marie. A mulher no terceiro milênio: uma história da mulher através dos tempos e suas perspectivas para o futuro. Rio de Janeiro: Record, Rosa dos Tempos, 1992.
NARVAZ, Martha Giudice. Submissão e resistência: explodindo o discurso patriarcal da dominação feminina. 2005. 195 p. Dissertação (Mestrado em Psicologia) - Curso de Pós-graduação em Psicologia do Desenvolvimento, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2005.
NARVAZ, Martha Giudice; KOLLER, Sílvia Helena. Famílias e patriarcado: da prescrição normativa à subversão criativa. Psicologia & Sociedade, Porto Alegre, v.18, n. 1, p. 49-53, jan./abr., 2006a. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/psoc/v18n1/a07v18n1.pdf>. Acesso em: 10 abr. 2017.
NARVAZ, Martha Giudice; KOLLER, Sílvia Helena. Metodologias feministas e estudos de gênero: articulando pesquisa, clínica e política. Psicologia em Estudo, Maringá, v. 11, n. 3, p. 648-650, set./dez., 2006b. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/pe/v11n3/v11n3a20.pdf>. Acesso em: 10 abr. 2017.
PENAFRIA, Manuela. Análise de Filmes - conceitos e metodologia (s). VI Congresso SOPCOM. Lisboa. Anais 2009. Lisboa: Universidade Lusófona, 2009.
PEREIRA, Marcos Emanoel. Psicologia Social dos Estereótipos. São Paulo: E.P.U., 2002. PERROT, Michelle. Minha História das Mulheres. São Paulo: Contexto, 2007.
PETRUCCI, Gabriela; SILVA, Ana Cristina Teodoro da. Como educar meninas. Gênero e subjetividade em filmes dos estúdios Disney. In: INTERCOM – SOCIEDADE BRASILEIRA DE ESTUDOS INTERDISCIPLINARES DA COMUNICAÇÃO. XV Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sul, 15. Palhoça, 8-10 maio 2014.
PRADO, Carol. Moana consolida mudança na Disney com princesa sem príncipe e vestidão. G1. [s.l.]: Globo, 2017. Disponível em: <https://g1.globo.com/pop- arte/cinema/noticia/moana-consolida-mudanca-na-disney-com-princesa-sem-principe-e- vestidao-g1-ja-viu.html>. Acesso em: 12 out. 2017.
PLASSE, Marcel. Moana supera frozen e vira maior bilheteria da história da Disney no Brasil. [s.l.]: Pipoca Moderna, 2017. Disponível em: <http://pipocamoderna.com.br/2017/01/moana-supera-frozen-e-vira-maior-bilheteria-da-historia-da-disney-no-brasil/>. Acesso em: 21 abr. 2017.
RANDAZZO, Sal. A Criação de Mitos na Publicidade: como publicitários usam o poder do mito e do simbolismo para criar marcas de sucesso. Rio de Janeiro: Racco, 1997.
SCOTT, Joan Wallach. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. 3. ed. Recife: SOS Corpo, 1996.
SILVA, Sergio Gomes da. Preconceito e discriminação: as bases da violência contra a mulher. Psicologia: ciência e profissão, Brasília, v. 30, n. 3, p. 556- 571, Set. 2010. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414- 98932010000300009&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 24 maio 2017.
VEIGA, Ana Maria. Gênero e cinema, uma história de teorias e desafios. Rev. Estud. Fem., Florianópolis, v. 25, n. 3, p. 1355-1357, set./dez. 2017. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104- 026X2017000301355&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 21 out. 2017.
WAISELFISZ, Julio. Mapa da Violência 2015: Homicídio de mulheres no Brasil. Brasília: FLACSO, 2015. Disponível em: <http://www.spm.gov.br/assuntos/violencia/pesquisas-e-publicacoes/mapaviolencia_2015_mulheres.pdf>. Acesso em: 21 abr. 2017.