SABERES DOCENTES: REFLEXÕES SOBRE AS TRANSPOSIÇÕES DIDÁTICAS
Resumo
Este artigo tem por objetivo refletir sobre a relação entre os saberes docentes e sua transposição didática, através da perspectiva teórica proposta por Tardif e Gauthier (2013), os quais discutem o que é pertinente saber para ser ensinado na atualidade. Nessa relação residem os principais desafios postos à prática docente, considerando a relevância do campo curricular como instrumento para a formação de professores. A metodologia utilizada neste trabalho relacionou-se à análise bibliográfica, de forma crítico reflexiva, com vistas à compreensão e a argumentação acerca das teorias curriculares propostas por Silva (2019) e Giroux (2000). Com base nas ideias desses autores, constatou-se a relação entre a sociedade e o conhecimento transmitido nas escolas, o qual, muitas vezes, se dá de forma seletiva, ou seja, ideológica. Concluiu-se, ainda, que o conceito de conhecimento é fruto da relação social, estabelecida entre os sujeitos históricos e os objetos do mundo. Assim, a didática é a “ciência do estudo”, ou seja, é a ciência que trata sobre as formas através das quais o conhecimento se constitui, o faz do didático não uma exclusividade dos processos de ensino aprendizagem. Entretanto, nem toda relação com um objeto constitui um estudo. A teoria da transposição didática proposta por Chevallard (1991) serve como pano de fundo para esta pesquisa, possibilitando a ampliação da compreensão sobre a atuação docente, utilizando-se as concepções curriculares como formas de pensar o ensino/aprendizagem.Downloads
Publicado
2019-12-19
Edição
Seção
Objetos de Aprendizagem