Justificativas docentes para a prática interdisciplinar

exemplos e concepções

Autores

Resumo

Este estudo analisa como professores dos anos finais do Ensino Fundamental justificam e exemplificam a abordagem interdisciplinar. Buscou-se fundamentar na abordagem interdisciplinar para analisar as justificativas docentes. A pesquisa é qualitativa, tem como método a Análise Textual Discursiva para as respostas de docentes de um município do sul da Bahia, identificando três categorias: (i) contextualização do ensino, (ii) relação entre disciplinas e (iii) discussão genérica. Essas categorias convergiram para uma categoria final chamada: interdisciplinaridade como ponte de sentidos. A análise mostrou que os professores compreendem a interdisciplinaridade como estratégia de contextualização e integração disciplinar. Contudo, aspectos essenciais como colaboração entre pares, protagonismo estudantil e relevância social não foram identificados. O estudo conclui destacando a necessidade de processos formativos que ampliem a compreensão dos componentes da interdisciplinaridade, condições institucionais que favoreçam o trabalho colaborativo e estratégias para superar a fragmentação disciplinar. A pesquisa contribui para o campo da Educação Matemática ao compreender as justificativas dos docentes sobre o uso da interdisciplinaridade, apontando caminhos para sua prática pedagógica.

Palavras-chave: Educação matemática; Interdisciplinaridade; Prática docente; Formação de professores; Análise textual discursiva.

Biografia do Autor

Douglas Alves Pimentel, Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC)

Mestrando no Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Matemática na Universidade Estadual de Santa Cruz (PPGECM/UESC). Membro do Grupo de Pesquisa em Educação Matemática, Estatística e Ciências (GPEMEC) e da Rede Educação Matemática Nordeste (REM/NE).

José Erliton Santos Santana, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB)

Doutorando no Programa de Pós-Graduação em Educação Científica e Formação de Professores da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB). Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Matemática da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC). Professor efetivo da Rede Estadual de Ensino da Bahia, atuando no Ensino Médio no Colégio Estadual Jorge Amado em Santa Luzia/BA. Membro do Grupo de Pesquisa em Educação Matemática, Estatística e em Ciências (GPEMEC) e da Rede de Educação Matemática do Nordeste (REM-NE). Também é professor-supervisor do Programa Mais Estudos do Governo do Estado da Bahia.

Eurivalda Ribeiro dos Santos Santana, Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC)

Pós-Doutora em Didática da Matemática pela Universidade de Lisboa. Doutora em Educação Matemática pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).Professora Plena da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC). Também é Professora Permanente do Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Matemática (PPGECM/UESC)  e professora Permanente do Programa de Pós-Graduação em Educação Científica e Formação de Professores da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (PPGECFP/UESB). Líder do Grupo de Pesquisa em Educação Matemática, Estatística e em Ciências (GPEMEC) e Coordenadora Geral da Rede Educação Matemática Nordeste (REM/NE). Atualmente é orientadora do Subprojeto de Matemática do Programa PIBID na UESC.

Referências

ARROYO, Ml. Ofício de mestre: imagens e auto-imagens. 9. Ed. Petrópolis: Vozes, 2009..

BEHRENS, M. A. O professor como mediador da aprendizagem. Curitiba: Champagnat, 2000.

D’AMBROSIO, U. Educação matemática: da teoria à prática. 4. ed. campinas: papirus, 2002

FAZENDA, I. C. A. Integração e interdisciplinaridade no ensino brasileiro: Efetividade ou ideologia? 4. ed. São Paulo: Loyola, 1996.

FAZENDA, I. (Org.). O que é interdisciplinaridade? São Paulo: Cortez, 2008.

FAZENDA, I. C. A. Interdisciplinaridade: história, teoria e pesquisa. 16. ed. Campinas: Papirus, 2011.

FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.

GADOTTI, M.; ROMÃO, J. E. Escola cidadã: a hora da sociedade. In: GADOTTI, M.; ROMÃO, J. Autonomia da escola: princípios e propostas. São Paulo: Cortez/Instituto Paulo Freire, 2004.

JAPIASSU, H. Interdisciplinaridade e patologia do saber. Rio de Janeiro: Imago, 1976.

MORAN, J. A educação que desejamos: novos desafios e como chegar lá. Campinas: Papirus Editora, 2013.

MORAES, R.; GALIAZZI, M. C. Análise textual discursiva. 3. ed. Ijuí: Editora Unijuí, 2016.

PERRENOUD, P. A formação de professores: uma abordagem interdisciplinar. Porto Alegre: Artmed, 2000.

POMBO, Olga. Interdisciplinaridade, ambições e limites. Relógio D'Água Editores, 2004.

SANTANA, E. Interdisciplinaridade em ações na sala de aula. Ilhéus, p. 1-6, set. 2024. Disponível em: https://gpemec.com.br/wp content/uploads/2024/09/INTERDISCIPLINARIDADE-EM-ACOES-NA-SALA-DE AULA.pdf.

TOMAZ, V. S.; DAVID, M. M. M. S. Os temas transversais e o fazer pedagógico. In: TOMAZ, V. S.; DAVID, M. M. M. S. Interdisciplinaridade e aprendizagem matemática em sala de aula. Belo Horizonte: Autêntica Editora, Coleção Tendências em Educação Matemática, 2008.

TOMAZ, V. S.; DAVID, M. M. Interdisciplinaridade e aprendizagem da matemática em sala de aula. 4. ed. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2021.

Downloads

Publicado

2025-12-05

Como Citar

Araújo Martins, A., Alves Pimentel, D., Erliton Santos Santana, J., & Ribeiro dos Santos Santana, E. (2025). Justificativas docentes para a prática interdisciplinar: exemplos e concepções. Redin - Revista Educacional Interdisciplinar, 14(1), 470–484. Recuperado de https://seer.faccat.br/index.php/redin/article/view/4031

Edição

Seção

Artigos (temáticas livres)