METODOLOGIAS ATIVAS: NECESSIDADE OU “MODISMO”
Resumen
As metodologias ativas são ferramentas importantes no processo de ensino e aprendizagem que, se bem planejadas, são condizentes com as demandas do século XXI e com esta geração de jovens nativos digitais. Podemos considerar que as metodologias ativas são estratégias pedagógicas para criar oportunidades de ensino nas quais os discentes passam a apresentar um comportamento ativo, envolvendo-se de modo que sejam mais engajados, realizando tarefas ou atividades que possam estabelecer relações com o contexto vivencial e auxiliem no processo de construção do conhecimento. Os objetivos deste trabalho são realizar uma reflexão da real necessidade de implementar o uso das metodologias ativas no dia a dia de sala de aula e descartar o seu rótulo de apenas um “modismo” da atualidade educacional. Para tanto, este artigo caracteriza-se por ser um relato de experiência de estudos teóricos e práticos com as metodologias ativas nos últimos três anos, em sala de aula, no ensino superior. Os estudos demonstram que falar em metodologias ativas não é uma preocupação da atualidade. São inúmeros os autores que nos chamam a atenção para este novo olhar e renovação das nossas práticas pedagógicas, desde Piaget, Vigotsky, Dale, Freire, Ausubel a autores contemporâneos como, Moran, Bacich, Behrens, Mattar, Nóvoa...e outros tantos que se preocupam com o desenvolvimento do cenário educacional. Não há necessidade de fazermos grandes mudanças nos processos pedagógicos, apenas adaptá-los ao mercado de trabalho, de modo que nossos alunos desenvolvam habilidades e competências não apenas cognitivas, mas também sociais, culturais, éticas e morais. Precisamos investir em uma educação integral, que estimule a autonomia e o protagonismo, pois de acordo com a Lei das diretrizes e bases curriculares, os processos de ensino e aprendizagem precisam desenvolver um cidadão crítico, reflexivo e responsável. As metodologias ativas utilizadas que suscitaram a elaboração deste trabalho foram: resolução de problemas, estudo de casos, tempestade cerebral, mapas conceituais, produção de jogos, produção de infográficos, produção de portfólios, estudo dirigido, o uso da rede social You Tube e o uso de grupos na rede social Facebook. Os resultados obtidos foram realmente um processo de muita aprendizagem, construção e formatos variados de apropriação do conhecimento, os quais foram concomitantes com as dificuldades e resistências encontradas, principalmente às relacionadas à saída da zona de conforto, tanto do docente, como do discente em aceitar as mudanças, de um processo transmissor para um construtor e de um aluno passivo para um autônomo e protagonista.Descargas
Publicado
2018-11-12
Número
Sección
Artigos (temáticas livres)