Replicating models of collective impact in developing countries. Does the model work in the context of the Brazilian Amazon?

Autores

Palavras-chave:

Impacto coletivo, Sul Global, Desenvolvimento

Resumo

O modelo de Iniciativa de Impacto Coletivo (CII) foi projetado para abordar questões sociais complexas através de esforços colaborativos e soluções emergentes,  enfatizando a interdependência de problemas e soluções sociais e desencorajando abordagens pré-determinadas. O modelo baseia-se em cinco  componentes: organizações integradoras, agenda comum, sistemas de medição compartilhados, atividades de reforço mútuo entre os participantes e comunicação contínua. Embora a CII tenha ganhado reconhecimento global e crescido em referências acadêmicas nos últimos anos, seu potencial de aplicação em diferentes contextos, como a Amazônia brasileira, permanece incerto devido às muitas configurações sociais e modelos colaborativos tradicionais. As críticas ao modelo destacam sua falta de especificidade, com o sucesso dependendo de relações históricas e diferentes interesses e percepções dos participantes. Autores argumentam ainda que o modelo simplifica demais as opções, resumindo-os, ou a ações de impacto isolado ou de impacto coletivo, ignorando outros tipos de coalizões comunitárias com escopos mais amplos. As CII também são criticadas por terem uma abordagem de cima para baixo, por não priorizarem o engajamento comunitário e não aproveitarem o conhecimento local. Traduzir o modelo de CII do norte para o sul global apresenta desafios, incluindo questões relacionadas à capacidade institucional, marcos legais e dinâmica de governança. Além disso, manter a colaboração a longo prazo e garantir financiamento nos países em desenvolvimento pode ser desafiador. Apesar disso, o potencial do modelo para lidar com problemas sociais complexos permanece promissor, embora requeira cuidado e adaptação quando aplicado em novos contextos, especialmente aqueles com atributos socioeconômicos e culturais únicos.

Biografia do Autor

Alberto Juliê Monteiro de Aragão, Universidade Federal do Oeste do Pará

Doutorando no Programa de Pós-Graduaçao em Sociedade, Natureza e Desenvolvimento da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA).

Diogo Vallim, Copenhagen Business School

Doutorado em Administração (FGV) e Pós-Doutorado na Copenhagen Business School.

Jose Roberto Branco Ramos Filho, Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA).

Doutorado em Ciências da Pesquisa em Gestão do Conhecimento e Inovação para o Desenvolvimento. Professor do Instituto de Engenharia e Geociências da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA).

Celson Pantoja Lima, Federal University of Western Pará

Doutorado em Engenharia Elétrica e de Computação. Professor do Programa de Computação do Instituto de Engenharia e Geociências da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA).

Referências

AMED, S., NAYLOR, P. J., PINKNEY, S., SHEA, S., MÂSSE, L. C., BERG, S., COLLET, J.- P., & HIGGINS, J. W. (2015). Creating a collective impact on childhood obesity: Lessons from the SCOPE initiative. Canada Journal of Public Health, 106(6), 426–433. Retrieved from https://doi.org/10.17269/CJPH.106.5114.

AUSTIN, J. E., & SEITANIDI, M. M. (2012). Collaborative value creation: A review of partnering between nonprofits and businesses: Part I. Value creation spectrum and collaboration stages. Nonprofit and Voluntary Sector Quarterly, 41, 726–758.

BARROS, S. M. Impacto coletivo: uma abordagem etnográfica a partir da experiência da Zona de Inovação Sustentável de Porto Alegre. 2018. Retrieved from http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/7336.

BATIE, S. S. (2008). Wicked problems and applied economics. American Journal of Agricultural Economics, 90, 1176–1191.

BRADLEY, K., CHIBBER, K. S., COZIER, N., MEULEN, P. V., & AYRES-GRIFFIN, C. (2017). Building healthy start grantees’ capacity to achieve collective impact: Lessons from the field. Maternal and Child Health Journal, 21, 32–39. Retrieved from https://doi.org/10.1007/s10995-017-2373-1.

BROWN, F., KANIA, J., & KRAMER, M. (2012). Channeling change: Making collective impact work. Stanford Social Innovation Review, 1–9. Retrieved from https://www.keywestchamber.org/uploads/4/6/5/2/46520599/channeling_change_pdf-ssi-article-2012.pdf.

CABAJ, M., & WEAVER, L. (2016). Collecting Impact 3.0: Uma estrutura em evolução para a mudança da comunidade. Mudança na Comunidade, 1–14. Instituto Tamarack. Retrieved from https://www.collectiveimpactforum.org/sites/default/files/collective%20Impact%203.0.pdf.

CAMARINHA-MATOS, L. M., AFSARMANESH, H. (Eds). Collaborative Networks: reference modeling. New York: Springer, 2008.

CAMARINHA-MATOS, L. M.; AFSARMANESH, H.; OLLUS, M. Ecolead: a Holistic Approach to Creation and Management of Dynamic Virtual Organizations. Collaborative Networks and their Breeding Environments. New York: Springer, 2005.

CHITUC, C-M.; AZEVEDO, A. L. Multi-Perspective Challenges on Collaborative Networks Business Environment. Collaborative Networks and their Breeding Environments. New York: Springer, 2005.

CHRISTENS, B.D.; INZEO, P.T. (2015). Widening the view: Situating collective impact among frameworks for community-led change. Community Development, 46(4), 420–435. Retrieved from http://dx.doi.org/10.1080/15575330.2015.1061680.

COSLOVSKY, S. O que falta para a Amazônia dominar o mercado internacional de produtos da floresta? Coluna Opinião. Plenamata. 2022. Retrieved from https://plenamata.eco/tag/conservacao/.

DOH, J., TASHMAN, P.; BENISCHKE, M. H. (2019). Adapting to grand environmental challenges through collective entrepreneurship. Academy of Management Perspectives, 33, 450–468.

DUBOW, W.; HUG, S.; SERAFINI, B.; LITZLER, E. (2018). Expanding our understanding of backbone organizations in collective impact initiatives. Community Development, 49(3), 256–273. Retrieved from https://doi.org/10.1080/15575330.2018.1458744.

ENNIS, G.; & TOFA, M. (2019): Collective Impact: A Review of the Peer-reviewed Research, Australian Social Work. Retrieved from https://doi.org/10.1080/0312407X.2019.1602662.

ENRIQUÉZ, M. A. R. S.; FERNANDES, F. R. C.; ALAMINO, R. C. J. A mineração das grandes minas e as dimensões da sustentabilidade. Recursos minerais e sustentabilidade territorial. v. 1, Grandes minas. Rio de Janeiro: CETEM/MCTI, 2011.

FARIAS, C. E. G.; COELHO, J. M. Mineração e meio ambiente no Brasil. Relatório CGEE/PNUD. 2002. Retrieved from www.cgee.org.br.

FINCH, F. E. (1977 July). Collaborative leadership in work settings. Journal of Applied Behavioral Science 13 (3), 292-302. Retrieved from https://doi.org/10.1177/002188637701300305.

HANLEYBROWN, F.; KANIA, J.; KRAMER, M. (2012). Channeling Change: Making Collective Impact Work. Stanford Social Innovation Review, 1–9. Retrieved from https://www.keywestchamber.org/uploads/4/6/5/2/46520599/channeling_change_pdf-ssi-article-2012.pdf.

HIMMELMAN, A. T., BERKOWITZ, B. D., CHRISTENS, B., BUTTERFOSS, F., LEE, K. S., MINKLER, M. (2017). Collaborating for equity and justice: Moving beyond collective impact. Nonprofit Quarterly. Retrieved from nonprofitquarterly.org/2017/01/09/collaborating-equity-justice-moving-beyond-collective-impact/.

HOLLAND, T. Collective Impact. Camping Magazine. January/February 2016.

IRBY, M.; BOYLE, P. Aligning Collective Impact initiatives. Stanford Social Innovation Review, v. 12, p 15-16, 2014.

KANIA, J.; HANLEYBROWN, F.; SPLANSKY JUSTER, J. Essential mindset shifts for collective impact. Stanford Social Innovation Review, v. 12, p 2-5, 2014.

KANIA, J.; KRAMER, M. (2011). Collective Impact. Stanford Social Innovation Review. DOI: 10.48558/5900-kn19.

KANIA, J.; KRAMER, M. (2015). The equity imperative in collective impact. Stanford Social Innovation Review, October. Retrieved from https://ssir.org/articles/entry/the_equity_imperative_in_collective_impact.

KARP, M.; LUNDY-WAGNER, V. Theory versus Reality: Corridors of College Success Series. CCRC Research Brief. N. 61, 2016.

KOCH, P. (2013). Bringing power back in Collective and distributive forms of power in public participation. Urban Studies, 50(14), 2976–2992. Retrieved from https://doi.org/10.1177/0042098013482511.

LEFF, E. Saber Ambiental: Sustentabilidade, racionalidade, complexidade, poder. Petrópolis: Vozes. 1999.

MALHOTRA, N.; ARRILLAGA-ANDREESSEN, L.; STARKEY, K.; MEEHAN, B.; BREST, P. & HONIGSBERG, C.; CLAVIER, B.; BANNICK, M.; DAVIS, S.; LEE, L.; COULSON, S.; URSTEIN, R.; SINGER, S.; MEMET, S.; KOTHARI, S.; BLOOM, G.; COMELLO, S. D.; REICHELSTEIN, J. e REICHELSTEIN S. J. Frontiers in Social Innovation: The essential handbook for creating, deploying, and sustaining creative solutions to systemic problems. Harvard Business Press Chapters. 2022.

MENDIS, R.; DECKER, S. Acceptance of the Collective Impact Initiative Model in Rural Communities: Case Study Example - Gros Morne, NL. Journal of Rural and Community Development, 17, 1 (2022) 131–152.

MICHAELIS. Dicionário online. 2022. Available in <https://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/busca/portugues-brasileiro.

MILLESEN, J. (2015). Understanding collective impact in a rural funding collaborative: Collective grantmaking in Appalachian Ohio. Foundation Review, 7(4), 128–154. Retrieved from https://doi:10.9707/194456601271.

MINTZBERG, H. Crafting Strategy. Harvard Business Review, 1987.

MIRANDA, N. B. G. Instrumentos para participação comunitária. In: WWF-BRASIL; IPÊ – Instituto de Pesquisas Ecológicas. Gestão de unidades de conservação: compartilhando uma experiência de capacitação. Brasília: WWF-Brasil, p. 239-250, 2012. Available in https://d3nehc6yl9qzo4.cloudfront.net/downloads/gestao_de_unidades_de_conservacao.pdf.

MOORE, T., MCDONALD, M., MCHUGH-DILLON, H., & WEST, S. (2016). Community engagement: A key strategy for improving outcomes for Australian families. Melbourne: Child Family Community Exchange, Australian Institute of Family Studies. Retrieved from https://aifs.gov.au/resources/practice-guides/collective-impact-evidence-and-implications-practice.

MULGAN, G.; TUCKER, S.; ALI, R.; SANDERS, B. (2007). Social innovation: what it is, why it matters and how it can be accelerated. London: The Young Foundation. Retrieved from http://www.youngfoundation.org/files/images/03_07_What_it_is__SAID_.pdf.

MURRAY, R.; CAULIER-GRICE, J.; MULGAN, G. (2010); The Open Book of Social Innovation. London, NESTA/The Young Foundation. Retrieved from www.nesta.org.uk/publications/assets/features/the_open_book_of_social_innovation.

NORRIS, T. Healthy Communities at Twenty-Five. Participatory Democracy and the Prospect for American Renewal. National Civic Review. 2013.

OCDE. Transforming innovation to address social challenges. OECD Headquarters, Paris. OECD/CFE/LEED. 2009. Retrieved from https://www.oecd.org/sti/inno/44076387.pdf.

PEDERSEN, E. R. G., LÜDEKE-FREUND, F., HENRIQUES, I., SEITANIDI, M. M. Toward Collaborative Cross-Sector Business Models for Sustainability. 2020. Business & Society 1–20 Retrieved from https://doi.org/10.1177/0007650320959027.

PRANGE, K.; ALLEN, J. A.; REITER-PALMON, R. Collective Impact versus Collaboration. Sides of the same coin or different phenomenon? Metropolitan University, v.27, n.1, p. 86-96, 2016.

PURDY, J.M. (2012). A framework for assessing power in collaborative governance processes. Public Administration Review, 72, 409–417. Retrieved from http://dx.doi.org/10.1111/j.1540-6210.2011.02525.

RITTEL, H. W. J., & WEBBER, M. M. (1973). Dilemmas in a general theory of planning. Policy Sciences, 4, 155–169.

SEITANIDI, M. M., & CRANE, A. Implementing CSR through partnerships: Understanding the selection, design and institutionalization of nonprofit-business partnerships. 2009. Journal of Business Ethics, 85, 413–429.

SENGE, P.; HAMILTON, H.; KANIA, J. The dawn of system leadership. Stanford Social Innovation Review. 2015. Retrieved from https://www.ssireview.org.

SHARFMAN, M. P.; GRAY, B.; YAN, A. (1991 June). The context of inter-organizational collaboration in the garment industry: An institutional perspective. Journal of Applied Behavioral Science 27 (2), 181- 208. Retrieved from https://doi.org/10.1177/0021886391272003.

TENÓRIO, F. G. (Re)Visitando o conceito de gestão social. In: Silva Jr, Jeová; Mâsih, Rogerio (Orgs.). Gestão social: práticas em debate, teorias em construção. Fortaleza: Imprensa Universitária, 2008.

TURNER, S.; MERCHANT, K.; KANIA, J.; MARTIN, E. (2012). Understanding the Value of Backbone Organizations in Collective Impact. Stanford Social Innovation Review. Retrieved from https://www.ssireview.org.

WESTLEY, F.; ANTADZE, N. (2010). Making a difference: Strategies for scaling social innovation for greater impact. The Innovation Journal: The Public Sector Innovation Journal, 15(2), 1–19.

WOLFF, T. (2010). The power of collaborative solutions: Six principles and effective tools for building healthy communities. San Francisco: Jossey-Bass.

WOLFF, T. (2013). Ten places where collective impact gets it wrong. Global Journal of Community Psychology Practice, 7(1), pages 1-11.

WOOD, D. J.; GRAY, B. (1991). Toward a comprehensive theory of collaboration. Journal of Applied Behavioral Science 27: 139-162. Retrieved from https://doi.org/10.1177/0021886391272001.

Downloads

Publicado

2025-01-15

Edição

Seção

Artigos