“Na contramão da sustentabilidade”: a pauta da governança ambiental no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.26767/2026Resumo
Na teoria, a legislação ambiental brasileira é considerada uma das mais completas e avançadas do mundo, tendo em vista que o país possui vários instrumentos governamentais para resolver as suas complexas questões ambientais, são ferramentas construídas para fiscalizar, monitorar, penalizar e planejar ações para solucionar os sérios problemas relacionados ao meio ambiente, que começaram a se tornar cada vez mais explícitos. Como o aumento crescente do efeito estufa, o desatamento das florestas, a contaminação das águas e dos solos, o aquecimento global, os desastres socioambientais causados pelas barragens e o uso descontrolado de agrotóxicos na agricultura. Sem a pretensão de esgotar o assunto, o qual é bastante abrangente, a discussão proposta aqui tem por objetivo compreender os principais conflitos e impactos ambientais que estão ocorrendo no Brasil na atualidade e se os instrumentos de governança ambiental têm sido aplicados de forma adequada para corrigir os mesmos. Em termos metodológicos, para compor este trabalho, foi realizada uma análise e reflexão tendo em vista as referências bibliográficas publicadas sobre o tema. Os resultados apontam que, na pratica, o país necessita de uma estrutura de governança ambiental mais eficaz e menos fragmentada, é preciso apoiar, capacitar e melhor estruturar órgãos ambientais nos níveis estadual e municipal, para que estejam em conexão com as políticas federais, para que se seja encurtado o caminho entre teoria e prática.
Referências
ABRAMOVAY, R. A Amazônia precisa de uma economia do conhecimento da natureza. USP. São Paulo, 2019. Disponível em: <http://www.oamanhaehoje.com.br/assets/pdf/Relatorio_a_Amaz%C3%B4nia_precisa_de_uma_economia.pdf>. Acesso: 18 de jun.2020.
ACSERALD, H. Conflitos ambientais no Brasil. Rio de Janeiro: Fundação Heinrich Böll, 2004. Disponível em: <https://docero.com.br/doc/5v1s>. Acesso: 18 de jun.2020.
BORGES, L.A.C.; REZENDE, J.L.P.; PEREIRA, J.A.A. Evolução da Legislação Ambiental no Brasil. In: Revista em Agronegócios e Meio Ambiente, v.2, n.3, p. 447-466, set./dez. 2019. Disponível em: . Acesso: 18 de jun.2020.
FLEURY, L. C. Disputas cosmopolíticas e conflito ambiental na Amazônia brasileira, a partir da construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte. In: Anais da Reunião de Antropologia da Ciência e Tecnologia, 2014. Disponível em: <https://ocs.ige.unicamp.br/ojs/react/article/view/1192/646>. Acesso: 20 de jul. 2020.
GANEM, R. S. (Org.). Legislação brasileira sobre meio ambiente. Brasília: 2013.
GRÜTZMACHER, D. D. et al. Monitoramento de agrotóxicos em dois mananciais hídricos no sul do Brasil. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, Campina Grande, v. 12, n. 6, p. 632-637, mai. 2008. Disponível em: <https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S141543662008000600010&lang=en>. Acesso: 20 de jul. 2020.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA–IBGE. Censo Agropecuário 2017. Disponível em: <https://biblioteca.ibge.gov.br/ index.php/biblioteca-catalogo?view=detalhes&id=73096>. Acesso: 20 de jul. 2020.
INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAIS - INPE. Monitoramento do Território: Florestas. Disponível em: <http://www.inpe.br/faq/index.php?pai=6>. 2019.
LEITE, K.C.; TORRES, M.B.R.; O uso de agrotóxicos pelos trabalhadores rurais do Assentamento Catingueira Baraúna-RN. In: Revista Verde, Mossoró – RN, v.3, n.4, p. 06-28 de out/dez. 2008. Disponível em: https://www.gvaa.com.br/revista/index.php/RVADS/article/view/121. Acesso: 22 de jul. 2020.
LOPES, C. V.; ALBUQUERQUE, G. S. C. Agrotóxicos e seus impactos na saúde humana e ambiental: uma revisão sistemática. In: Saúde em Debate: 2018, vol.42, n.117, pp.518-534. Disponível em: <https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-11042018000200518&script=sci_abstract&tlng=pt>. Acesso: 15 de jun. 2020.
MARTINEZ-ALIER, J. Existe um movimento global de justiça ambiental, 2016. Disponível em: https://www.cartacapital.com.br/opiniao/o-movimento-global-de-justica-ambiental-e-o-ejatlas. Acesso: 30 de jun. 2020.
MOURA, A. M. M. Governança ambiental no Brasil: instituições, atores e políticas públicas. Brasília: Ipea, 2016.
PERES, F; MOREIRA, J. C. Saúde e ambiente e sua relação com o consumo de agrotóxicos em um polo agrícola do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. In: Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 23, n. 4, 2007. Disponível em: . Acesso: 12 de jul. 2020.
PIGNATI, W.A.; MACHADO, J.M.H.; CABRAL, J.F. Acidente rural ampliado: o caso das “chuvas” de agrotóxicos sobre a cidade de Lucas do Rio Verde – MT. In: Ciência e Saúde Coletiva. Rio de Janeiro, v. 12 n. 1, p. 105-114, jan./mar. 2007. Disponível em:
. Acesso: 12 de jul. 2020.
PINHEIRO, F. A.; ADISSI, P. J. Impactos socioambientais de segurança do alimento na gestão da produção integrada de uvas finas de mesa. In: Sistema & gestão, v. 2, n. 2, p. 119-140, ago. 2007.
SCHEEFFER, F. Desenvolvimento sustentável e modernidade: uma incompatibilidade anunciada. In: Encontro de Economia Catarinense: Inovação e Desenvolvimento, 6, 2012. Disponível em: <http://www.apec.unesc.net/VIEEC/sessoestematicas/Tema1Desenvolvimento%20Meio% 20Ambiente/Artigo-3-Autoria. pdf>. Acesso em: 30 jul. 2020.
SOUTO, R.A. et al. Análise da viabilidade ambiental de práticas agroecológicas adotadas por agricultores familiares do município de Lagoa Seca, Paraíba. In: Engenharia Ambiental, Espírito Santo do Pinhal, v.8, n.3, p. 099-115, jul./set. 2011. Disponível: . Acesso: 22 de jun. 2020.
SOUZA, A. C. A. A evolução da política ambiental no Brasil do Século XX. In: Revista de Ciência Política, n. 26, n. p., 2008. Disponível em: . Acesso em: 30 jul. 2020.