POLÍTICA NACIONAL DE INCLUSÃO DIGITAL: (RE)PENSANDO A GLOBALIZAÇÃO NA FORMAÇÃO DE CIDADÃOS DIGITAIS
Resumo
O presente artigo pretende discutir a Política Nacional de Inclusão Digital, (re)pensando a globalização na formação de cidadãos digitais. Para tanto, inicia-se a análise a partir da base legal, contida no Decreto nº 6.991/2009 que instituiu a Política Nacional de apoio à inclusão Digital nas Comunidades Telecentros.BR. Atualmente, em fase de projeto, apresenta-se a denominada Política Nacional de Inclusão Digital, cuja finalidade primordial é a promoção da cidadania, em especial dos infoexcluídos (ou marginalizados digitalmente/analfabetos funcionais). Nesse artigo, portanto, o objetivo é examinar tal política pública, partindo-se da análise da obra “Por uma outra Globalização” de autoria de Milton Santos. A justificativa para a escolha de tal análise refere-se à necessidade de (re)pensar a globalização na formação da cidadania digital, como elemento propulsor ou apenas coadjuvante, tendo em vista a intensa mobilização digital de programas educacionais, judiciais e demais meios sociais. A metodologia adotada é a dedutiva, norteada pela análise bibliográfica e pelo exame dos elementos estatísticos extraídos do IBGE e do Ministério das Comunicações. Estruturalmente o artigo divide-se em duas partes. Na primeira apresenta-se a Política Nacional de Inclusão Digital, bem como o exame dos Telecentros.BR instalados, ao passo que segunda parte discorre-se sobre a globalização, a partir da análise de Milton Santos. Como resultado obtido, não obstante a presença de algumas ferramentas objetivando a inclusão digital, tem-se que os dados representam um número ínfimo de sujeitos que se encontram inserido à sociedade de informação e a sociedade em rede, sendo, portanto, cogente enriquecer, política e socialmente, o projeto da Política Nacional de Inclusão Digital, a fim de possibilitar o alcance da cidadania digital, de forma ampla, estendendo-se além dos centros urbanos. E, acredita-se que tal tarefa pode iniciar a partir do espaço escolar, fomentando discussões e incentivos à inclusão social, articulados às necessidades básicas de explorar o espaço digital, indo além das redes sociais, possibilitando-se que o aluno-educando consiga discorrer na rede mundial de computadores, viabilizando-se, assim, a formação da cidadania digital.