ALUNOS CONECTADOS, PROFESSORES EM CONEXÃO: O USO DAS REDES SOCIAIS COMO INSTRUMENTO DE CONVERGÊNCIA NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM
Resumen
Alunos conectados, professores em conexão. Trata-se de uma provocação ao debate, de uma leitura de cenário e de um diagnóstico do espaço de construção do conhecimento, onde alunos estão em um ritmo acelerado, apropriando-se das mais diversas formas de comunicação informacional: convergentes, interconectadas e móveis. O objetivo deste estudo é ressignificar a ótica de aplicação da tecnologia no campo educacional, mais precisamente das redes sociais, em suas especificidades e do possível diálogo com o processo de aprendizagem. A sala de aula, atualmente, é um dos grandes observatórios dessa (co) dependência dos alunos com as formas midiáticas existentes no campo informacional e, nesse sentido, partindo dos pilares epistemológicos da complexidade nos modos de ser e de viver é que a proposta deste estudo se integra a construção de um debate perante a realidade e o “ocultismo” digital ainda presente no espaço escolar e na relação professor x aluno x sociedade. Na composição teórica-metodológica perpassamos por Santaella (2007, p.21) que caracteriza os “novos jovens”, Castells (2000, p. 188), quando afirma que as relações humanas, cada vez mais, se darão em um ambiente multimídia, Recuero (2006) que formaliza um estudo científico sobre a organização das redes sociais e Carvalho (2009) que interliga a relação das redes com as possibilidades de construção do saber. Os rumos da sociedade atual nos têm pressionado a (re) pensar o que se tem feito até então pelo progresso dos indivíduos e, num discurso ainda mais ético-moral, o que se tem feito pela vida. Os intensos efeitos da globalização e os novos arranjos sociais estabelecem entre si uma comunicabilidade e uma interdependência, se considerarmos os ditames do mundo sobre ele próprio e sobre os indivíduos. A presença diária da tecnologia na vida das pessoas vem ocasionando mudanças comportamentais, culturais e principalmente em seus hábitos. Os movimentos da atopia, ausência do lugar, e acronia, ausência do tempo, tornaram-se naturais nos processos internos que organizam a sociedade, à medida que a virtualidade se tornou parte integrante do processo de construção de um conhecimento que necessita ser ressignificado para uma sociedade que se relaciona em rede.