COMPOSTAGEM COM PAPEL COMO RECURSO PEDAGÓGICO PARA ESTUDANTES COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

Resumen

O emprego da compostagem como alternativa para a minimização da produção de rejeitos orgânicos em instituições escolares com fins didático pedagógicos tem sido amplamente empregado e difundido por professores e pesquisadores de ensino. Devido a grande utilização de papel em escolas, a introdução de alguns tipos de papel como fonte alternativa de Carbono em compostagem, consiste em uma estratégia viável, sobretudo em locais onde os resíduos não são separados em recicláveis e não recicláveis e há pouca disponibilidade de palhada. Visto isso, optou-se por empregar o papel que seria descartado pela APAE-CAESP em São Francisco do Sul/SC na compostagem que vem sendo mantida há anos na instituição e, cujo composto, tem sido utilizado para a fertilização dos canteiros na horta orgânica. O papel foi introduzido no processo em conjunto com os demais resíduos orgânicos provenientes da cozinha da instituição e juntamente com cascas de ovos (Cálcio) e borras de café (Carbono) trazidas por estudantes e professores. A atividade de manutenção e acompanhamento do processo de decomposição da compostagem tem servido como um excelente recurso pedagógico para os estudantes com Deficiência Intelectual e Múltipla, exercitando habilidades cognitivas, manuais, intelectuais e interpessoais. Objetivando otimizar o a visualização das camadas e etapas da decomposição e corroborar para a compreensão do processo, optou-se pela confecção de um protótipo didático que replicaria, em menor escala, a compostagem, onde seriam empregados os mesmos materiais. O protótipo foi desenvolvido com duas garrafas de água sobrepostas com uma pequena torneira acoplada na garrafa inferior para a coleta do chorume e uma abertura na garrafa superior para inserção dos materiais. Todo o processo de confecção e manutenção da compostagem e do protótipo foi desenvolvido pelos estudantes e mediado pelos professores e seria inviabilizado sem a cooperação e envolvimento dos agentes escolares. Atividades como a confecção de compostagens institucionais exigem o envolvimento de professores, alunos e serventes precisam estar sensibilizados e engajados para o desenvolvimento da atividade.