Divertidamente: explorando a química das emoções por meio do lúdico
Resumen
Esse trabalho objetivou analisar os impactos do lúdico na formação acadêmica de estudantes do ensino médio, decorrentes da aplicação de uma oficina pedagógica e de um Escape Room com o tema “Divertidamente: a Química das emoções”. A proposta visou explorar com os estudantes do Ensino Médio os conceitos de química orgânica, contextualizando-os com emoções humanas, abordadas por meio do filme Divertidamente. A metodologia adotada foi quali-quantitativa, exploratória, baseada em um estudo de caso com duas turmas do 3º ano do Ensino Médio de uma escola pública de Curitiba/PR. A intervenção pedagógica ocorreu em dois momentos: uma oficina pedagógica estruturada em estações e um Escape Room digital e foram avaliadas por meio de questionários e observações. Os resultados indicaram que as metodologias lúdicas promoveram maior engajamento e viabilizaram a compreensão dos conceitos químicos. A oficina pedagógica destacou-se por contextualizar os temas e estimular a interação prática. Já o Escape Room demonstrou ser uma atividade preferida dos estudantes, por aliar competição, trabalho em equipe e resolução de problemas de forma dinâmica. Ambas as estratégias evidenciaram a importância de vincular o conteúdo teórico ao cotidiano dos estudantes, e favorecer o aprendizado ativo. O estudo concluiu que metodologias lúdicas são ferramentas significativas para o ensino de Química, promovendo não apenas a aprendizagem dos conteúdos, mas também o desenvolvimento de habilidades interpessoais e emocionais, essenciais para a formação acadêmica e cidadã.
Palavras-chave: Oficina pedagógica; Ensino Lúdico; Metodologia Ativa.
Citas
ALMEIDA, C. M. M.; GREIN, L. de F.; BEDIN, E. Metodologias ativas, tecnologias digitas e ferramentas metacognitivas: um curso de formação continuada. Redin-Revista Educacional Interdisciplinar, v. 13, n. 1, p. 42-62, 2024.
ARAÚJO, I.; CARVALHO, A. M. Capacitar professores para o uso da gamificação. 2017.
BACICH, L.; NETO, A. T.; TREVISANI, F. de M. Ensino híbrido: personalização e tecnologia na educação. Penso editora, 2015.
BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70; LDA, 2016.
BARIN, C. S. et al. Gamificação na educação profissional e tecnológica: uma análise cienciométrica. Redin-Revista Educacional Interdisciplinar, v. 12, n. 2, p. 309-327, 2023.
BEDIN, E.; CLEOPHAS, M. das G. Storytelling como ferramenta educativa eficaz no ensino de história da química. Alexandria: Revista de Educação em Ciência e Tecnologia, v. 16, n. 2, p. 355-382, 2023.
BRASIL. MEC. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros curriculares nacionais: ensino médio. Brasília, 1999. 394p.
CLEOPHAS, M. das G.; BEDIN, E. PROFESSORES, VAMOS ESCAPAR DA SALA? usando o escape room como ferramenta didática no ensino de química. Revista Exitus, n. 13, p. 23, 2023.
DAMIANI, M. F. et al. Discutindo pesquisas do tipo intervenção pedagógica. Cadernos de educação, n. 45, p. 57-67, 2013.
DELIZOICOV, D. Ensino de Física e a concepção freiriana de educação. Revista de Ensino de Física, v. 5, n. 2, p. 85-98, 1983.
FIELD, A. Descobrindo a estatística usando o SPSS. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2009.
GOLEMAN, D. Inteligência Emocional: A teoria revolucionária que redefine o que é inteligente. Editora Objetiva, 2011.
GOLEMAN, D. Inteligência emocional: A teoria revolucionária. Rio de Janeiro: Editora Objetiva, 1995.
GOUVEA, L. R.; MACHADO, A. H. Trilhando Caminhos para Compreender a Contextualização no ensino de Química. 2005. Monografia (Graduação em Química Licenciatura)-Faculdade de Educação, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2005.
JUNGES, V. de. C. et al. Sala de aula invertida e gamificação como ferramentas para a melhoria da aprendizagem matemática. Redin-Revista Educacional Interdisciplinar, v. 12, n. 2, p. 54-73, 2023.
KURZ, D. L.; STOCKMANNS, B.; BEDIN, E. Metodología y Contextualización Dicumba en la Enseñanza de la Química. Góndola, Enseñanza y Aprendizaje de las Ciencias: Góndola, Ens Aprend Cienc, v. 17, n. 2, p. 1-16, 2022.
LISO, M. R. J.; GUADIX, M. A. S.; TORRES, E. de M. Química cotidiana para la alfabetización científica:¿ realidad o utopía?. Educación Química, v. 13, n. 4, p. 259-266, 2002.
LUCKESI, C. Ludicidade e formação do educador. Revista Entreideias: educação, cultura e sociedade, v. 3, n. 2, p. 13-23, 2014.
MARCONDES, M. E. R. Proposições metodológicas para o ensino de química: oficinas temáticas para a aprendizagem da ciência e o desenvolvimento da cidadania. Revista Em Extensão, Uberlândia, v. 7, p. 67-77, 2008.
MARQUES, D. A. O jogo no desenvolvimento da criança disléxica. Tese de Doutorado. 2014
MEZACASA, B. K.; KURZ, D. L.; BEDIN, E. O Uso da sequência didática no ensino de Química: um caso específico no estágio supervisionado. Revista Debates em Ensino de Química, v. 6, n. 2, p. 270-290, 2020.
MOURA, A. SANTOS, I. L. Escape room Educativo: reinventar ambientes de aprendizagem. In: Aplicações para dispositivos móveis e estratégias inovadoras na educação. Brasil: Ministério da Educação |DGE, p.107-115, 2020.
MORTIMER, E. F.; MACHADO, A. H.; ROMANELI, L. I. A proposta curricular de química do estado de Minas Gerais: fundamentos e pressupostos. Química Nova, v. 23, n. 2, p. 273-283, 2000.
PSCHEIDT, C. F. D. M.; CLEOPHAS, M. G. ESCAPE ROOM Pedagógico como uma estratégia de aprendizagem para o desenvolvimento das competências educacionais e desencadeamento do flow. Revista Eletrônica Ludus Scientiae, Foz do Iguaçu, v. 5, p. 259-282, jan./dez., 2021.
SANTOS, W. L. P. dos; MORTIMER, E. F. Concepções de professores sobre contextualização social do ensino de química e ciências. Reunião anual da sociedade brasileira de química, v. 22, 1999.
SILVA, D. S. F. da. O uso do cinema na escola: a construção de aprendizagens a partir de filmes. 2019.
SILVA, C. S.; BEDIN, E. A metodologia cooperativa no ensino de química: o aluno como construtor de sua aprendizagem. Revista de Educação, Ciências e Matemática, v. 9, n. 2, 2019.
SILVA, L. O.; FERRAZ, V. G.; BEDIN, E. Mangá Dr. Stone como Estratégia de Atividade Lúdica para o Ensino de Química. Revista Debates Em Ensino De Química, 9(1), 40–55. 2023.
SILVA, M. A. A. da; FERREIRA, L. G.; SILVA, J. G. da. ludicidade e/ou lúdico no ensino de Química: uma investigação nos trabalhos apresentados no Eneq. Revista de Ensino de Ciências e Matemática, v. 11, n. 4, p. 39–57, 22 jul. 2020.
VEIGA, I. P. A. Técnicas de ensino: novos tempos, novas configurações. Papirus Editora, 2006.
VIEIRA, E.; VOLQUIND, L. Oficinas de ensino? O quê? Por quê? Como?. 4. ed. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2002.
ZABALA, A. A função social do ensino e a concepção sobre os processos de aprendizagem: instrumentos de análise. In: ZABALA, A. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre, RS: Artmed, 1998. p. 27-52.
