Desafios das incubadoras de empresas de universidades federais

Autores

Resumo

O presente trabalho tem como objetivo analisar os elementos do processo de incubação promovido pela Universidade Federal do ABC. Os elementos analisados na investigação abordam a seleção de projetos, os serviços oferecidos e as dificuldades do programa de incubação. Através de uma abordagem descritiva e exploratória, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com os servidores envolvidos com o programa de incubação e com as empresas atualmente incubadas, além de pesquisa documental. Constatou-se que as propostas são avaliadas mediante os critérios: grau de inovação; viabilidade e maturidade do projeto; capacidade mercadológica; e avaliação da equipe proponente. A modalidade de incubação residente tem se limitado a oferecer apenas infraestrutura às empresas. Entre as dificuldades, foram constatados problemas em professores da instituição participarem da incubação.

Biografia do Autor

Felipe Venancio Silva, Universidade Municipal de São Caetano do Sul.

Doutorando em Administração no Programa de Pós-Graduação em Administração da Universidade Municipal de São Caetano do Sul. Servidor Técnico-Administrativo na Fundação Universidade Federal do ABC.

Celso Machado Júnior, Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS).

Doutorado em Administração (UNINOVE). Pós-doutorado na Universidade de São Paulo (USP). Professor do Programa de Pós-Graduação em Administração da Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS). 

Daielly Melina Nassif Mantovani, Universidade de São Paulo (USP).

Doutorado em Administração (USP). Professora da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP.

Roberto Bazanini, Universidade Paulista (UNIP).

Doutorado em Comunicação e Semiótica (PUC/SP). Pós-Doutorado em Ciências Sociais Aplicadas (UNIP). Professor do Programa de Pós-Graduação em Administração da Universidade Paulista (UNIP).

Referências

ADELOWO , M.; OLAOPA , O.; SIYANBOLA , W. O. Technology Business Incubation as Strategy for SME Development: How Far, How Well in Nigeria? Science and Technology, v. 2, n. 6, p. 182-181, 2012.

ANPROTEC. Mapeamento dos mecanismos de geração de Empreendimentos Inovadores no Brasil. Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores, 2019. Disponível em: <https://informativo.anprotec.org.br/mapeamento-dos-mecanismos-de-geracao-de-empreendimentos-inovadores>. Acesso em 04 jan. 2021.

BAG, S.; GUPTA, S.; TELUKDARIE, A. Importance of Innovation and Flexibility in Configuring Supply Network Sustainability. Benchmarking: An International Journal, v. 25, p. 3951-3985, 2018.

BARDIN, L. Análise de conteúdo. Edições 70: Lisboa, 2016.

BERGEK, A.; NORRMAN, C. Incubator best practice: A framework. Technovation, v. 28, p. 20-28, 2008.

BIZZOTTO, C. E. N. The incubation process. Gene Institute infoDev Incubator Support, p. 1-45, 2003.

CASTRO, P. K. L. B. D.; SILVA, F. M. V. D.; FERREIRA, C. A. Papéis e funções administrativas desempenhados por gestores de incubadoras e de empresas incubadas no estado do Amazonas/Brasil. Revista Eletrônica de Estratégia & Negócios, v. 11, n. 1, p. 102-137, 2018.

COELHO, D. B. et al. Os Desafios da Gestão na Incubação de Empresas: O caso das Incubadoras de Base Tecnológica (IBT) do Estado de São Paulo. In: SEMINÁRIOS EM ADMINISTRACÃO, 17, 2014, São Paulo. Anais [...] São Paulo: USP, 2014, p. 1-17.

CULLEN, M.; CALITZ, A.; CHANDLER, L. Business Incubation in the Eastern Cape: A Case Study. International Journal for Innovation Education and Research, v. 2, n. 5, p. 76-89, 2014.

ETZKOWITZ, H.; LEYDESDORFF, L. The triple helix-university-industry-government relations: a laboratory for knowledge based economic development. EASST Review, v. 14, n. 1, p. 14-19, 1995.

ETZKOWITZ, H.; ZHOU, C. Hélice Tríplice: inovação e empreendedorismo universidade-indústria-governo. Estudos Avançados, v. 31, p. 23-48, 2017.

FUKUGAWA, N. Which Factors do Affect Success of Business Incubators. Journal of Advanced Management Science, v. 1, n. 1, p. 71-74, 2013.

GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 7ª ed. Atlas: São Paulo, 2019.

GRAVIERS, L. L. D. M. D. Análise dos resultados do Programa Empreende Bahia: o caso do apoio às incubadoras de empresas de base tecnológica do Estado da Bahia. 2014. 184f. Dissertação. Universidade Federal da Bahia. Salvador, 2014.

HACKETT, S. M.; DILTS, D. M. A Systematic Review of Business Incubation. Journal of Technology Transfer, v. 29, p. 55-82, 2004.

INOVAUFABC. Edital de Chamada Pública para o Processo de Seleção de Projetos para a Incubadora de Base Tecnológica da Universidade Federal do ABC, 2019. Disponível em: <https://inova.ufabc.edu.br/empreendedorismo/incubadora/processos-seletivos-anteriores>. Acesso em: 28 jul. 2021.

INOVAUFABC. Agência de Inovação da Universidade Federal do ABC. Resolução do Conselho Técnico Científico nº 01, de 04 de agosto de 2020. Institui a incubadora de empresas no âmbito da UFABC, denominada Incubadora de Base Tecnológica da UFABC - ITUFABC, revoga e substitui a Resolução da Agência de Inovação nº 01 de 30 de outubro de 2017. Disponivel em: <https://www.ufabc.edu.br/images/stories/comunicare/boletimdeservico/boletim_servico_ufabc_973.pdf>. Acesso em: 24 ago. 2021.

INOVAUFABC. Edital de Chamada Pública para o Processo de Seleção de Projetos para a Incubadora de Base Tecnológica da Universidade Federal do ABC, 2021. Disponivel em: <https://inova.ufabc.edu.br/empreendedorismo/incubadora/processo-seletivo>. Acesso em: 28 jul. 2021.

KIBAI, M. Key Success for Business Incubation Process in Kenya. 2018. 102f. Dissertação. United States International University-Africa. Nairóbi, 2018.

BRASIL. Lei nº 13.243, de 11 de janeiro de 2016. Dispõe sobre estímulos ao desenvolvimento científico, à pesquisa, à capacitação científica e tecnológica e à inovação [...]. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, Disponivel em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2016/lei/l13243.htm>. Acesso em: 09 jan. 2021.

MARTINS, G. S. et al. A interaçã o universidade/empresa nas Incubadoras de Empresas de Base. In: SIMPÓSIO DE GESTÃO DA INOVAÇÃ O TECNOLÓGICA, 24., 2006, Gramado. Anais [...]. Gramado: ANPAD, 2006. p. 1-14.

MERU, A. B.; STRUWIG, M. An Evaluation of the Entrepreneurs’ Perception of Business-Incubation Services in Kenya. International Journal of Business Administration, v. 2, n. 4, p. 112-121, 2011.

MIAN, A. Assessing value-added contributions of university technology business incubators to tenant firms. Research Policy, v. 25, n. 3, p. 325-335, 1996.

MIZIARA, S.; CARVALHO, M. D. Fatores Críticos de Sucesso em Incubadoras de Empresas de Software. Produção Online, v. 8, n. 3, p. 1-20, 2008.

MRKAJIC, B. Business incubation models and institutionally void environments. Technovation, v. 68, p. 44-55, 2017.

NDEDI, A. A. Entrepreneurship training and job creation in South Africa: Are tertiary institutions filling the gap? Journal of Contemporary Management, v. 6, p. 463-470, 2009. NOWAK, J.; GRANTHAM, E. The virtual incubator: managing human capital in the software industry. Research Policy, v. 29, n. 2, p. 125-134, 2000.

OBAJI, N. O.; OLAOLU, D. Evaluation Study on the Barriers to Success of Technology Business Incubation Programme in Nigeria – The Moderating Role of Government Policy. Journal of Economics and Business, v. 3, n. 1, p. 9-18, 2020.

PANDEY, S. et al. The Appeal of Social Accelerators: What do Social Entrepreneurs Value? Journal of Social Entrepreneurship, v. 8, n.1, p. 88-109, 2017.

INOVAUFABC. Agência de Inovação da Universidade Federal do ABC. Portaria nº 1673 de 27 de abril de 2021. Estabelece as normas e diretrizes para a formalização de contratos e acordos, no âmbito da Lei nº 10.973/04, com empresas que possuam em seu quadro societário pesquisadores da universidade. Disponível em: <https://inova.ufabc.edu.br/images/Incubadora/processoseletivo2019/boletim_servico_ufabc_1044.pdf>. Acesso em: 2 fev. 2022.

PORTER, M. E. The Competitive Advantage of Nations. Macmillan, Londres, 1990.

RAUPP, F. M.; BEUREN, I. M. Perfil do suporte oferecido pelas incubadoras brasileiras às empresas incubadas. Revista eletrônica de administração, v. 17, n. 2, p. 330-359, 2011. SANTOS, P. M.; MORAES FILHO, R. A. D. Empreendedorismo na Incubadora da UFRPE: uma reflexão sobre empresas criadas por iniciativas de alunos e docentes. Revista Organizações em Contexto, v. 10, n. 20, p. 371-406, 2014.

SERRA, B. P. D. C. et al. Fatores fundamentais para o desempenho de incubadoras de base tecnológica. Revista de Administração e Inovação, v. 8, n. 1, p. 221-247, 2011.

Silva, F. V. et al. Incubadoras das Universidades Federais: uma análise dos editais de seleção de empresas. Desenvolvimento em Questão, v. 21, n. 59, p. 1-18, 2023.

SMILOR, R. W. Managing the Incubator System: Critical Success Factors to Accelerate New Company Development. IEEE Transactions on Engineering Management, v. 34, n. 3, p. 146-155, 1987.

SOUSA, C. D. et al. Parques tecnológicos e incubadoras: uma análise do processo de pré-incubação de empresas de base tecnológica. Interciência, v. 42, n. 5, p. 313-319, 2017. VANDERSTRAETEN, J.; MATTHYSSENS, P. Service-based differentiation strategies for business incubators: Exploring external and internal alignment. Technovation, v. 32, n. 12, p. 656-670, 2012.

VAN WEELE, M.; VAN RIJNSOEVER, F. J.; NAUTA, F. You can't always get what you want: How entrepreneur's perceived resource needs affect the incubator's assertiveness. Technovation, v. 59, p. 18-33, 2017.

WONGLIMPIYARAT, J. The Innovation Incubator, University Business Incubator and Technology Transfer. Technology in Society, v. 46, p. 18-27, 2016.

Downloads

Publicado

2023-10-31

Edição

v. 20 n. 4, out./dez. (2023)

Seção

Artigos