INTERAÇÃO ENTRE PROFESSORES EM GRUPOS DE REDES SOCIAIS: LAZER, TRABALHO OU AUTO FORMAÇÃO COLETIVA?

Autores

  • Januário Neto Pereira Sarmento
  • Daiane Aparecida Ribeiro Sarmento Pereira

Resumo

O crescimento do número de grupos de professores em redes sociais é cada vez mais nítido. Desse modo, o presente trabalho foi idealizado e construído com a finalidade de compreender o que, de fato, está presente nos processos de interação vividos pelos profissionais do magistério em redes sociais, com destaque para alguns grupos de professores da Rede Social Facebook[1]. Justifica-se a relevância desta pesquisa em razão do próprio valor dado, na atualidade, às tecnologias em geral, especialmente no que tange à internet e às redes sociais. Os principais pressupostos teóricos em que este trabalho está fundamentado são os seguintes: Peixoto (2012; 2015); Castells (2000); Freire (1983); Levy (1993); Barcelos (2012). A metodologia adotada para a execução da pesquisa foi a análise documental, sob uma abordagem qualitativa. Para tanto, foram analisadas publicações de professores nos respectivos grupos em que estão associados, sendo extraídas 11 publicações de cada grupo da referida rede social (foram visitados dois grupos do Facebook compostos por docentes). O foco principal do estudo e análise dessas publicações foi a busca de respostas para quatro questionamentos básicos: Quais as principais temáticas das discussões docentes nos grupos de redes sociais? Existem práticas de discussão, num movimento dialético, a respeito das postagens feitas, ou, há somente opiniões soltas e desconexas? As interações docentes nas redes sociais estão voltadas para o lazer ou para o trabalho vivido cotidianamente? Pode-se afirmar que, em meio às postagens, é possível perceber práticas de auto formação coletiva dos docentes? Terminadas as investigações às quais este trabalho de pesquisa se propôs, foi possível notar que, ao utilizarem as redes sociais, os professores o fazem mais no sentido de discutir suas práticas pedagógicas do que com finalidade de lazer. Notou-se, ainda, que os docentes dessas redes sociais, diante das postagens realizadas, fazem muitas discussões, em que o contraditório está presente, em grande parte das publicações. E, mais, há processo de formação continuada, mesmo que inconscientemente, às vezes, diante das discussões que acontecem nos grupos de redes sociais docentes.

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Publicado

2018-11-12