A cidade como lugar de formação docente pela ótica da escola clássica de atenas

Resumo

A Escola de Atenas é representada num afresco localizado na sala da Assinatura, no Vaticano. Essa obra, mundialmente conhecida, apresenta inúmeros herdeiros do legado de Platão e Aristóteles, presentes no centro da épica pintura de Rafael Sanzio. Logo, este artigo apresenta reflexões a respeito da formação do professor sobre a ótica dessa escola e busca levantar os seguintes questionamentos: na atual conjuntura formativa docente onde o termo “crítico” se faz presente quase como um jargão, como seria a formação do professor, por meio das orientações dos velhos gregos que buscavam a formação integral humana, cujo fim era o bem comum da polis? Platão e Aristóteles poderiam ser a raiz epistemológica, pensando na qualidade formativa docente, em contrapartida ao atual contexto educacional contemporâneo? Na busca por respostas, este estudo se fundamenta na revisitação dos clássicos gregos, vislumbrando a formação integral humana, sendo o fim a vida virtuosa na cidade que se autoeduca, além de uma análise da configuração da atual educação brasileira, a qual prioriza a formação crítica, e pouco ou nada a formação integral docente, como reza a Paideia: A formação do homem grego, de Jaeger (2013); A República (1997), de Platão; e Ética a Nicômaco (2014), de Aristóteles; com vistas a levantar discussões sobre um tema pouco abordado no meio acadêmico, contribuindo, assim, para um estudo epistemológico expressivo.