ALIANÇAS ESTRATÉGICAS

UMA REVISÃO SISTEMÁTICA DA LITERATURA ENTRE 2011 E 2020

Autores

  • Antônio Eduardo Viana Miranda
  • Lyvia Renata Rodrigues
  • Mariana Gabriela de Oliveira
  • Lilian Bambirra Assis Lilian Bambirra Assis
  • Uajará Pessoa Araújo

Resumo

O estudo tem por objetivo analisar como as alianças estratégicas têm sido abordadas na literatura no período de 2011 a 2020, dada sua relevância para o contexto organizacional. As teorias organizacionais apresentadas neste estudo longitudinal foram selecionadas a partir do critério de recorrência, pois as mesmas encontram-se fortemente presentes no referencial teórico da literatura relacionada à temática. Para a compreensão do estado da arte e como as alianças estratégicas têm sido abordadas nos artigos empíricos da literatura científica internacional nos últimos 10 anos, a técnica de meta-análise crítica foi utilizada, onde foi possível verificar que boa parte dos estudos analisam mais de uma atividade econômica e mais de um país em suas pesquisas. A importância da confiança, experiência, conhecimentos; as alianças estratégicas como meio de mitigar riscos ou aumentar resultados são temas recorrentes nos estudos que analisam as alianças sob diferentes perspectivas teóricas. Constatou-se que a teoria mais referenciada é a Visão Baseada em Recursos e que as atividades econômicas mais estudadas são intensivas em capital intelectual e tecnológico, o que pode indicar que as alianças estratégicas são mais comuns em empresas intensivas nestes recursos ou que a academia tem mais interesse por esses setores

Referências

ARAÚJO, U. P.; MENDES, M. L.; GOMES, P. A.; COELHO, S. C. P.; VINÍCIUS, W.; BRITO, M. J. Trajetória e estado corrente da sociometria brasileira. Redes. Revista hispana para el análisis de redes sociales, v. 28, n. 2, p. 97-128, 2017.

ARGYRIS, C.; SCHÖN, D.A. Organizational Learning II: theory, method and practice. Reading Addison-Wesley, pp. 305. 1996

BARNEY, J. B.; HESTERLY, W. Economia das organizações: entendendo a relação entre as organizações e a análise econômica. In: Handbook de Estudos Organizacionais. São Paulo: Atlas, 2004. p. 131–179.

BARNEY, J. Firm Resources and Sustained Competitive Advantage. Journal of Management, v. 17, n. 1, p. 99–120, 1991.

BAUM, J. A. C. Ecologia Organizacional. In: CLEGG, S.; HARDY, C; NORD, D. (Orgs.) Handbook de estudos organizacionais. São Paulo: Atlas, 1998. V. 1, p. 137-195

BEUREN, I. M.; FIORENTIN, M. Influência de Fatores Contingenciais nos Atributos do Sistema de Contabilidade Gerencial: um estudo em empresas têxteis do Estado do Rio Grande do Sul. Revista de Ciências da Administração, 2014.

BULGACOV, S.; BULGACOV, Y. L. M. A construção do significado nas organizações. Revista de Administração FACES Journal, v. 6, n. 3, p. 81-89, 2007.

CAMACHO, Reinaldo Rodrigues. Fatores condicionantes da gestão de custos Interorganizacionais na cadeia de valor de hospitais privados no Brasil: Uma abordagem a Luz da Teoria da Contingência. 2010. 216 f. Tese (Doutorado) - Curso de Ciências Contábeis, Programa de Pós Graduação em Ciências Contábeis - São Paulo, 2010. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12136/tde-22012011-164307/pt-br.php. Acesso em: 17 set. 2020.

CAVES, R. Industrial Organization, Corporate Strategy and Structure. Journal of Economic Literature, v. 18, p. 64–92, 1980.

CHAKRAVARTHY, B. A new strategy framework for coping with turbulence. Sloan Management Review: 1997.

DA SILVA, M. R.; HAYASHI, C. R. M.; HAYASHI, M. C. P. I. Análise bibliométrica e cientométrica: desafios para especialistas que atuam no campo. InCID: Revista de Ciência da Informação e Documentação, [S. l.], v. 2, n. 1, p. 110-129, 2011. DOI: 10.11606/issn.2178-2075.v2i1p110-129. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/incid/article/view/42337. Acesso em: 17 set. 2021.

DEBORTOLI, J. V. C. et al. Meta-estudo crítico das pesquisas de arranjos produtivos locais. Revista Eletrônica de Administração, Porto Alegre, RS, v. 26, n. 3, p. 709-738, dez. 2020. ISSN 1413-2311. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/read/article/view/98171. Acesso em: 17 set. 2021.

DIMAGGIO, P. J.; POWELL, W. W. A gaiola de ferro revisitada: isomorfismo institucional e racionalidade coletiva nos campos organizacionais. RAE, v. 45, n. 2, p. 74–89, 2005.

DONALDSON, L. The Contingency Theory of Organizations. Sage Publications, Inc., New York, 2001.

EISENHARDT, K. M.; SCHOONHOVEN, C. B. Resource-Based View of Strategic Alliance Formation: Strategic and Social Effects in Entrepreneurial Firms. Organization Science, v. 7, n. 2, p. 136–150, 1996.

FELLS, R. Effective negotiation: From research to results. Melbourne: Cambridge University Press, 2010.

FISHER, R., URY, W., PATTON, B. Getting to yes: negotiating agreement without giving in. 3. ed. New York: Penguin Books, 2011.

GARRETTE, B.; DUSSAUGE, P. Anticipating the Evolutions and Outcomes of Strategic Alliances between Rival Firms. International Studies of Management & Organization, v. 27, n. 4, p. 104–126, 1997.

GARVIN, D. A. Manufacturing strategic planning. California Management Review, v. 35, n. 4, p. 85-106, 1993.

GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5. ed. 7 reimpressão. São Paulo: Atlas, 2006.

globalização.. São Paulo: Makron Books, 1997.

GUERREIRO, R.; MOLINARI, S. K. R. Teoria da contingência e contabilidade gerencial: um estudo de caso sobre o processo de mudança na controladoria do Banco do Brasil. Anais.. São Paulo: EAC/FEA/USP, 2004.

HANNAH, M.; FREEMAN, J. The population ecology of organizations. In: MEYER, Marshall W. Environments and organizations: theoretical and empirical perspectives. San Francisco: Jossey-Bass, 1978. p. 131-171. (The Jossey-Bass Social and Behavioral Science Series).

HEIDE, J. B. Interorganizational Governance in Marketing Channels. Journal of Marketing, v. 58, n. 1, p. 71, jan. 1994.

HIRSCH, P. M. Organizational Effectiveness and the Institutional Environment. Administrative Science Quarterly, v. 20, n. 3, p. 327–344, set. 1975.

KLOTZLE, M. C. Alianças estratégicas: conceito e teoria. Revista de Administração Contemporânea, v. 6, n. 1, p. 85-104, 11.

LAI, K.H., CHENG,T.C.E., YEUNG,A.C.L. Relationship stability and supplier commitment to quality. International Journal of Production Economics, 2005.

LEWICKI, R. J.; SAUNDERS, D. M.; BARRY, B. Fundamentos de negociação. 5. ed. Porto Alegre: AMGH, 2014.

LEWIS, J. D. Alianças estratégicas: estruturando e administrando parcerias para o aumento da lucratividade. Tradução de Nivaldo Montigelli Jr. São Paulo: Pioneira, 1992.

LOVATTO, P. A., LEHNEN C R, ANDRETTA I, CARVALHO A D, & HAUSCHILD L. Meta-análise em pesquisas científicas - enfoque em metodologias (2007). Zootec., v.36, suplemento especial. 285–294. Disponível em: www.sbz.org.br. Acesso em 17 set. 2021

MARTINELLI, D. P. Negociação empresarial: enfoque sistêmico e visão estratégica. São Paulo: Manole, 2002.

MORGAN, G. Imagens da Organização. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2002.

MORIN, E. Introdução ao pensamento complexo. Lisboa: Instituto Piaget, 1990.

NEVES, J. L. Pesquisa qualitativa: características, usos e possibilidades. Caderno de Pesquisas em Administração, São Paulo, v. 1, n. 3, 2º sem., 1996.

NOLAN R.L; CROSON, D.C.; SEGER, K.N. The stages theory: a framework for it adoption and Organizational learning. Havard Business Review, Vol 71 n.2 1993.

PRIGOGINE, L., Order out of Chaos. Random House, New York, NY, 1984.

PRUITT, D. G.; CARNEVALE, P. J. Negotiation in social conflict. Thomson Brooks/Cole Publishing Co., 1993.

PUGH, D. S.; HICKSON, D. J. Os teóricos das organizações. 1. ed. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2004.

SIMPSON, D. Use of supply relationships to recycle secondary materials. Journal of Production Research, v. 48, n. 1, p. 227–249, jan. 2010.

SIMPSON, D.; POWER, D.; SAMSON, D. Greening the automotive supply chain: a relationship perspective. International Journal of Operations & Production Management, v. 27, n. 1, p. 28–48, 2007.

STEINER, P. A sociologia econômica. São Paulo: Atlas, 2006.

TEECE, D. J. Competition, cooperation, and innovation: Organizational arrangements for regimes of rapid technological progress. Journal of Economic Behavior & Organization, v. 18, n. 1, p. 1–25, 1992.

ULRICH, D., BARNEY, J. B. Perspectives in organizations: resource dependence, efficiency, and population. The Academy of Management Review, v. 9, p. 471–481, 1984.

VIEIRA, V. A. As tipologias, variações e características da pesquisa de marketing. Revista FAE. Curitiba, v.5, p.65, jan/abr 2002.

WALDROP, M. M. Complexity. New York: Touchstone Book, 1992.

WASSERMAN, S.; FAUST, K. Social Network Analysis: Methods and Applications. Disponível em: https://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=CAm2DpIqRUIC&oi=fnd&pg=PR21&dq=Wasserman+e+Faust+(1994)&ots=HxHtweYIOd&sig=0KItyybVvyMttJo8wtfRMHHOC0M#v=onepage&q=Wasserman%20e%20Faust%20(1994)&f=false. Acesso em: 7 ago. 2021.

WERNERFELT, B. A resource-based view of the firm. Strategic Management Journal, v. 5, n. 2, p. 171–180, 1 abr. 1984.

WILLIAMSON, O. E. The economics of organization: the transaction cost approach. American Journal of Sociology: 1981.

WUYTS, S. et al. Vertical Marketing Systems for Complex Products: A Triadic Perspective. Journal of Marketing Research, v. 41, p. 479–487, 10 out. 2004.

YOSHINO, M.Y.; RANGAN, U.S. Alianças estratégicas: uma abordagem empresarial à globalização.. São Paulo: Makron Books, 1997.

Downloads

Publicado

2025-07-29