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Heterocentrismo e Ciscentrismo: Crenças de Superioridade sobre Orientação Sexual, Sexo e Gênero

Autores

Resumo

O objetivo deste artigo foi apresentar uma organização de conceitos por meio da qual seria possível identificar diferentes partes do processo de violência contra diversidade sexual e de gênero, no intuito de contribuir para que psicólogas/os examinem suas próprias crenças e atitudes, bem como repensem suas práticas psicológicas frente a esse público. Trata-se de um texto introdutório e didático, baseado em três marcadores sociais da diferença: orientação sexual, sexo e gênero. Entende-se que crenças de superioridade sobre orientação sexual (heterocentrismo) e sobre sexo e gênero (ciscentrismo) fundamentam práticas cotidianas de invisibilização e estigmação de pessoas transgênero (cisgenerismo) e pessoas intersexo (cissexismo), as quais se transformam em violência explícita quando culturalmente dessensibilizadas. Acredita-se que o conhecimento e a consideração de novos conceitos sobre diversidade sexual e de gênero fazem parte da preparação e atualização da/o psicóloga/o para combater o preconceito em suas diversas formas de atuação. Portanto, com este artigo, espera-se contribuir com a produção acadêmico-científica vigente no tema e disseminar conhecimentos fundamentais dessa área de estudos.

Biografia do Autor

Icaro Bonamigo Gaspodini, Universidade do Vale do Rio dos Sinos

Psicólogo pela Faculdade Meridional (IMED, Passo Fundo, 2014) e mestre em Psicologia pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS, São Leopoldo, 2017) com bolsa parcial da CAPES. Atualmente, é doutorando em Psicologia na UNISINOS com bolsa parcial da CAPES e professor do curso de graduação em Psicologia da IMED. Principais temas de pesquisa: preconceito, discriminação, diversidade sexual e de gênero, estresse de minoria e violência entre parceiros íntimos. 

Jaqueline Gomes de Jesus, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro, Campus Belford Roxo

Professora de Psicologia do Instituto Federal do Rio de Janeiro - IFRJ. Doutora em Psicologia Social, do Trabalho e das Organizações pela Universidade de Brasília - UnB. Pós-Doutora pela Escola Superior de Ciências Sociais da Fundação Getúlio Vargas - CPDOC/FGV Rio. Pesquisadora-Líder do ODARA - Grupo Interdisciplinar de Pesquisa em Cultura, Identidade e Diversidade (IFRJ). Pesquisa, leciona e publica nas áreas de saúde do trabalhador, gestão da diversidade, trabalho, identidade social e movimentos sociais, com ênfase em gênero e feminismo, orientação sexual e cor/raça. Assessora Técnica da Presidência da República (2011), atuou no Departamento de Saúde, Previdência e Benefícios do Ministério do Planejamento (2008-2010), ocupou o cargo de Assessora de Diversidade e Apoio aos Cotistas e Coordenadora do Centro de Convivência Negra da UnB (2006-2008). Foi Conselheira do Conselho Regional de Psicologia do Distrito Federal (gestão 2013-2016). É investigadora da Rede de Antropologia Dos e Desde os Corpos, membro da Associação Brasileira de Psicologia Social - ABRAPSO, da Associação Brasileira de Pesquisadores Negros - ABPN e da Associação Brasileira de Psicologia Política - ABPP. Agraciada com o Prêmio Rio Sem Homofobia (2016) e com a Medalha Chiquinha Gonzaga (2017).

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Publicado

2020-08-06

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Seção

Revisão Teórica