HETEROGENEIDADE OU HOMOGENEIDADE NA ESTRUTURA DE CAPITAIS: UM ESTUDO COMPARATIVO DAS EMPRESAS LISTADAS DA B3

Autores

  • Oderson Panosso
  • Marcio Aparecido Lucio
  • Nelson Hein

Resumo

Almazan e Molina (2005) partem da ideia que fatores relacionados ao setor interferem nas escolhas da estrutura de capital das empresas. O objetivo é investigar a heterogeneidade ou homogeneidade das empresas do mesmo segmento quanto a estrutura de capital ao longo de 5 anos. O método de pesquisa foi analise de Cluster. Este método permite que as análises das empresas homogêneas fossem agrupadas em grupos de acordo com homogeneidade da estrutura de capital. Foram selecionados empresas listadas no Ibovespa e os segmentos que continham um número suficiente para análise, consistindo em 5 segmentos, Bens Industriais, Consumo Cíclico e Não Cíclico, Materiais Básicos e Utilidade Pública. Entre os resultados da pesquisa, cabe destacar que a maioria das empresas do mesmo segmento tem se comportado, em relação a estrutura de capital através de indicadores de endividamento, de maneira homogênea. O resultado corrobora com estudo de Londero e Figari (2017). O setor mais homogêneo foi o segmento de materiais básicos. O setor menos homogêneo foi o setor de utilidade pública.

Referências

ALMAZAN, Andres; MOLINA, Carlos A. Intra‐industry capital structure dispersion. Journal of Economics & Management Strategy, v. 14, n. 2, p. 263-297, 2005.

ALDENDERFER, Mark S.; BLASHFIELD, Roger K. Cluster analysis. Newberry Park. 1984.

AGUIAR, Renato Aparecido; SALES, Roberto Moura; SOUSA, Lucy Aparecida de. A Fuzzy Behavioral Model for analyzing over-reaction and under-reaction in the Brazilian stock market. Revista de administração de empresas, v. 48, n. 3, p. 8-22, 2008.

ALMEIDA, Heitor; CAMPELLO, Murillo. Financial constraints, asset tangibility, and corporate investment. The Review of Financial Studies, v. 20, n. 5, p. 1429-1460, 2007.

BAKER, Malcolm; WURGLER, Jeffrey. Market timing and capital structure. The journal of finance, v. 57, n. 1, p. 1-32, 2002.

BITTENCOURT, Wanderson Rocha; ALBUQUERQUE, Pedro Henrique Melo. Estrutura de capital: uma revisão bibliográfica das publicações de dois jornais nacionais. Revista Contemporânea de Contabilidade , v. 15, n. 34, pág. 94-114, 2018.

BRITO, Giovani Antonio Silva; CORRAR, Luiz J.; BATISTELLA, Flávio Donizete. Fatores determinantes da estrutura de capital das maiores empresas que atuam no Brasil. Revista Contabilidade & Finanças, v. 18, n. 43, p. 9-19, 2007.

BREALEY, R. A. et al. Principles of corporate finance Tata McGraw-Hill Education. 2012.

COLLIS, Jill. HUSSEY, Roger. Pesquisa em administração: um guia prático para alunos de graduação e pós-graduação. Porto Alegre: Bookman, 2005.

COLLA, Paolo; IPPOLITO, Filippo; LI, Kai. Debt specialization. The Journal of Finance, v. 68, n. 5, p. 2117-2141, 2013.

CAMPOS, Anderson Luis Saber; NAKAMURA, Wilson Toshiro. Capital Structure Rebalancing: Industry Leverage and Financial Slack. Revista de Administração Contemporânea, v. 19, n. SPE, p. 20-37, 2015.

COSER, Mario. Análise do endividamento e da rentabilidade das empresas pertencentes à região do basalto do estado do Rio Grande do Sul, período 1994 à 2001. 2002.

DOLNICAR, Sara. A review of unquestioned standards in using cluster analysis for data-driven market segmentation. 2002.

EVERITT, Brian S. Unresolved problems in cluster analysis. Biometrics, p. 169-181, 1979.

FAMA, Eugene F.; FRENCH, Kenneth R. Testing trade-off and pecking order predictions about dividends and debt. The review of financial studies, v. 15, n. 1, p. 1-33, 2002.

FONSECA, Camila Veneo Campos; DA SILVEIRA, Rodrigo Lanna F.; HIRATUKA, Célio. A relação entre a governança corporativa e a estrutura de capital das empresas brasileiras no período 2000-2013. Enfoque: reflexão contábil, v. 35, n. 2, p. 35-52, 2016.

FORMANN, Anton K. Die latent-class-analyse: Einführung in Theorie und Anwendung. Beltz, 1984.

GARRISON, R. H., & NOREEN, E. W. (2001). Contabilidade Gerencial. 9º. Ed. Rio de Janeiro: LTC.

GITMAN, J. L. (2011). Princípios da Administração Financeira. 12 ed., São Paulo: Pearson, 2011

HAIR, Joseph F. et al. Análise multivariada de dados. Bookman editora, 2009.

HASAN, Md Bokhtiar et al. Influence of capital structure on firm performance: Evidence from Bangladesh. International Journal of Business and Management, v. 9, n. 5, p. 184, 2014.

HELFERT, E. A (2000). Técnicas de Análise Financeira. 9 ed., Porto Alegre: Bookman.

IUDÍCIBUS, S. de (1994) . Análise de Balanços. 6 ed., São Paulo: Atlas.

KRAMER, R. (1996). Estruturas de capital: umenfoque sobre a capacidade máxima de utilização de recursos de terceiros das empresas negociadas nas Bolsa de Valores de São Paulo (Doctoral dissertation, Dissertação de Mestrado. Porto Alegre: URGS).

KAYO, E. K.; FAMA, R. Agency cost and the Brazilian bankruptcy law: assumptions on the reduction of conflicts of interest. Journal of Emerging Markets, v. 2, p. 73-86, 1997.

LONDERO, Paola Richter; FIGARI, Anelise Krauspenhar Pinto. Uma análise do Desempenho econômico e financeiro das Cooperativas Agropecuárias Brasileiras. In: VI Congresso Nacional de Administração e Contabilidade-AdCont 2015. 2015.

LEMMON, Michael L.; ROBERTS, Michael R.; ZENDER, Jaime F. Back to the beginning: persistence and the cross‐section of corporate capital structure. The journal of finance, v. 63, n. 4, p. 1575-1608, 2008.

MACKAY, Peter; PHILLIPS, Gordon M. How does industry affect firm financial structure?. The Review of Financial Studies, v. 18, n. 4, p. 1433-1466, 2005.

MYERS, Stewart C.; MAJLUF, Nicholas S. Corporate financing and investment decisions when firms have information that investors do not have. Journal of financial economics, v. 13, n. 2, p. 187-221, 1984.

MODIGLIANI, Franco; MILLER, Merton H. . The cost of capital, corporation finance, and the theory of investment: Reply. The American Economic Review, 49(4), 655-669, 1958.

__________. The cost of capital, corporation finance, and the theory of investment: reply. American Economic Review, v.49, n.4, p.655-669, Sep., 1959.

___________. Corporate income taxes and the cost of capital: a correction. American Economic Review, v.53, n.3, p.433- 443, June, 1963.

MCCAFFERY, E.; SLEMROD, J. Toward an Agenda for Behavioral Public Finance, University of Southern California Law School Law and Economics. Working Paper Series, 2004.

MACEDO JUNIOR, Jurandir Sell et al. Teoria do prospecto: uma investigação utilizando simulação de investimentos. 2003.

OLIVEIRA, Rossimar Laura. Estudos sobre o relacionamento entre estrutura de capital e setor. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo.

POMPIAN, Michael M.; LONGO, John M. A new paradigm for practical application of behavioral finance: creating investment programs based on personality type and gender to produce better investment outcomes. The Journal of Wealth Management, v. 7, n. 2, p. 9-15, 2004.

POHLMANN, M. C. Análise Multivariada para os Cursos de Administração, Ciências Contábeis e Economia. São Paulo: Atlas, 2007.

PEROBELLI, Fernanda Finotti Cordeiro; FAMÁ, Rubens. Determinantes da estrutura de capital: aplicação a empresas de capital aberto brasileiras. Revista de Administração da Universidade de São Paulo, v. 37, n. 3, p. 33-46, 2002.

PEROBELLI, Fernanda Finotti Cordeiro; FAMÁ, Rubens. Fatores determinantes da estrutura de capital para empresas latino-americanas. Revista de Administração Contemporânea, v. 7, n. 1, p. 9-35, 2003.

ROSS, Stephen A. et al. Administração financeira. AMGH Editora, 2015.

SARDO, Filipe; SERRASQUEIRO, Zelia. Does dynamic trade-off theory explain Portuguese SME capital structure decisions?. Journal of Small Business and Enterprise Development, 2017.

SILVA, Julio Orestes da; CARDOSO, Rodrigo dos Santos; TOLEDO FILHO, Jorge Ribeiro de. Impacto da crise do subprime no endividamento das maiores empresas brasileiras. Pensar Contábil, v. 12, n. 47, 2010.

SCHNORRENBERGER, Adalberto et al. DECISÕES DE ENDIVIDAMENTO NA CADEIA PRODUTIVA AGRO-ALIMENTAR: ESTUDO COMPARADO ENTRE COOPERATIVA DO VALE DO TAQUARI E AS COMPANHIAS DO SETOR NA BOVESPA–BOLSA DE VALORES DE SÃO PAULO. Revista Estudo & Debate, v. 17, n. 1, 2010.

SILVA, ANDERSON SOARES; CORDEIRO FILHO, ANTONIO. Contabilidade-Fábrica de métricas e sistematizadora das informações. Revista Brasileira de Previdência, v. 6, n. 1, p. 15-48, 2015.

TEIXEIRA, Evimael Alves; NOSSA, Valcemiro; FUNCHAL, Bruno. The corporate sustainability index (CSI) and the impacts on indebtedness and risk perception. Revista Contabilidade & Finanças, v. 22, n. 55, p. 29-44, 2011.

TÉLES, C. C. (2019). Análise dos Demonstrativos Contábeis:Índices de Endividamento. 2003. Disponível em: <http://www.peritocontador.com.br /artigos/colaboradores/Artigo-Indices Endividamento.pdf> acesso em: 15 de Julho de 2019.

TERRA, Paulo Renato Soares. Estrutura de capital e fatores macroeconômicos na América Latina. Revista de Administração, v. 42, n. 2, p. 192-204, 2007.

TOY, Norman et al. A comparative international study of growth, profitability, and risk as determinants of corporate debt ratios in the manufacturing sector. Journal of financial and quantitative analysis, p. 875-886, 1974.

VO, Xuan Vinh. Determinants of capital structure in emerging markets: Evidence from Vietnam. Research in International Business and Finance, v. 40, p. 105-113, 2017.

ZYSMAN, John; GOVERNMENTS, Markets. Growth: Financial Systems and the Politics of Industrial Change. 1983.

WOOD, Ryan; ZAICHKOWSKY, Judith Lynne. Attitudes and trading behavior of stock market investors: A segmentation approach. The Journal of Behavioral Finance, v. 5, n. 3, p. 170-179, 2004.

Downloads

Publicado

2022-04-25

Edição

Seção

Artigos